Blog do Quesada

Arquivo : fevereiro 2013

Riquelme se oferece ao Boca Jrs.
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Leandro Quesada

O mundo do futebol dá voltas e em alguns caso, como o de Riquelme, para no mesmo lugar: La Bombonera.

Riquelme deixou o Boca depois da final da Libertadores. Mesmo com contrato, ele foi liberado para acertar com outro clube. O Palmeiras foi aquele que mais chegou perto da contratação mas o presidente eleito Paulo Nobre não ratificou o acerto verbal feito pelo antecessor Arnaldo Tirone.

Eis que o astro argentino resolveu discutir a volta aos gramados para defender o Tigre, equipe que torcia quando era criança. A derrota do Boca para o River Plate, no entanto, no clássico do último sábado, fez Riquelme ligar para o comandante Carlos Bianchi. “Lo veo sufrir, Carlos. Y si hay que sufrir, suframos juntos”, disse o jogador, por telefone, ao técnico, segundo o jornal Clarín, da Argentina.

Bianchi aprova o retorno de Riquelme. Com a palavra final está o presidente do Boca Jrs., Daniel Angelici.

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Perfeccionista, Muricy não se entusiasma
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Leandro Quesada

Muricy Ramalho, técnico do Santos, bem ao estilo ‘aqui é trabalho meu filho’ e ‘nada cai do céu’, evitou elogios exagerados depois da vitória no clássico: “Tem muita coisa pra corrigir ainda. Não vamos nos entusiasmar”.

O Santos foi melhor na Vila Belmiro. Neymar e Miralles brilharam na vitória por 3 x 1. O São Paulo fez um gol legítimo com Luis Fabiano, anulado pela arbitragem. Ganso teve atuação discreta contra o ex-clube. No final, a vitória foi justa pelo Paulistão.

Neymar participou, efetivamente, dos três gols santistas. Fez um de pênalti depois de sofrer falta na área e deu dois passes para Miralles marcar duas vezes.

Neymar e Arouca estarão em Londres nesta quarta, no amistoso da seleção brasileira contra a Inglaterra. Já Montillo defenderá a Argentina diante da Suécia, em encontro amigável. Os três não enfrentam o time do Linense, em Lins, pelo Paulistão, no mesmo dia.

No domingo, eles voltam. Muricy também prepara as escalações de Marcos Assunção (recém-contratado), Léo e Edu Dracena que estão em fase final de recuperação. “Depende dos treinos da semana. A minha ideia é colocá-los em campo no domingo”, revela o treinador.

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Ronaldo também deveria se preocupar…
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Leandro Quesada

Leio atentamente na imprensa que Ronaldo está incomodado com as críticas que a organização da Copa do mundo de 2014 vem sofrendo nos últimos meses. O fenômeno, hoje empresário/dono da 9ine e membro do COL (comitê organizador local) considera que os órgãos de comunicação insistem em enxergar as “notícias ruins” sobre o grande evento que o Brasil receberá em breve.

É bom separar as coisas. Ser a favor da realização da Copa no Brasil não significa fechar os olhos para as possíveis malversações do dinheiro público. Do nosso dinheiro, do meu dinheiro e do seu dinheiro, Ronaldo.

Eu sou a favor da Copa, da Olimpíada, dos torneios de tênis, vôlei e basquete. Sou a favor dos shows de música, congressos médicos e outros encontros internacionais aqui no País. Sou a favor da construção de novas escolas, hospitais, creches, aeroportos, estradas e por aí vai. Ponto. No entanto, no meu caso, primeiro como cidadão e, depois, como jornalista, devo ficar atento com as movimentações financeiras destas obras.

Quando ouço de alguns que “vão roubar muito” para fazer a Copa, lembro que a acusação pesa também quando falamos da construção de hospitais, escolas e estradas. Nós, brasileiros, somos desde a chegada dos portugueses aqui em terra Brasilis, vítimas de más administrações e desvios de dinheiro público. Assim, é óbvio que ficamos com a sensação de que a astronômica cifra investida na organização do maior evento esportivo do planeta será maior que a necessária.

Veja o caso do Maracanã. O “maior” do mundo é o estádio mais inacabado do futebol. Na Copa de 50, nem estava pronto e mesmo assim recebeu a competição. Nos anos 60, ele foi concluído no projeto original. Décadas depois, o Maraca passou por inúmeras e incontáveis obras e reformas e seguiu inacabado. A atual obra custará quase R$ 1 bilhão, mamma mia!

A pergunta fica: quantos Maracanãs já foram construídos? Se tivesse sido construído direito lá atrás e com a manutenção bem executada, certamente, o governo do Rio não teria gasto tanto com a mesma arena.

Não podemos, simplesmente, deixar “pra lá” e fazer de conta que não é com a gente. Durante quase três décadas de ditadura no Brasil, a maioria das pessoas deixou de se expressar, reclamar, protestar e desafiar o autoritário governo militar. Atrofiamos ideias, opiniões e criatividades. Esse tempo já passou mas ainda vivenciados o ranço de não conseguir afastar ou acabar de vez com aquilo que não nos faz bem. Exemplo: a eleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado, mesmo denunciado pelo procurador-geral da República ao STF por peculato, falsidade ideológica e desvio de dinheiro público. Desvio de dinheiro público! Entenderam onde eu queria chegar?

A Ronaldo, ídolo do futebol mundial, gente boa, cara honesto, bom pai e bom filho, sugiro que tome cuidado ao agregar o famoso nome e o CPF limpo ao processo de organização da Copa no Brasil. E que tenha cuidado também com as pessoas ligadas à Fifa que estão envolvidas em acusações de fraudes nas escolhas das sedes das Copas na Rússia e no Catar.

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Inacreditáveis R$ 93 mi por Willian
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Leandro Quesada

Inacreditáveis para mim e talvez para você que lê este texto agora. Não para o dono do Anzhi, o bilionário russo Suleiman Kerimov, dono de uma fortuna de quase 8 bilhões de dólares, rei do potássio e playboy apaixonado por carros como a Ferrari.

O ex-atacante do Corinthians trocou a Ucrânia pela Rússia na mais cara transação da janela de transferência na Europa.

Astronômicos 93 milhões de reais (35 milhões de euros) foram investidos pelo Anzhi do Daguestão, que disputa o campeonato russo.

Aos 24 anos, o jogador do Shakhtar Donetsk estava na mira de Chelsea e Tottenham da Inglaterra. Na Rússia, ele receberá salários milionários (cerca de 2,5 milhões de euros por ano), mas não terá a mesma projeção se tivesse optado por um centro de futebol mais famoso.

No Anzhi, Willian terá as companhias do camaronês Samuel Eto’o em campo e de Roberto Carlos na direção de futebol.

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O estiloso Willian jogará no Anzhi

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O bilionário Kerimov, rei do potássio


Pato começa no banco mas estreia domingo
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Leandro Quesada

A contratação mais comentada do futebol brasileiro na atualidade será vista pela primeira vez em ação com a camisa do Corinthians.

Domingo, 17 horas, Pacaembu, no jogo Corinthians e Oeste, Alexandre Pato estreará pelo Timão.

O técnico Tite decidiu no final da tarde de hoje que o atacante fica no banco e entrará no decorrer do segundo tempo do duelo pelo Paulistão.

Tite explica que Pato pode “atuar mais centralizado ou pela lateral do campo”. Assim, Pato pode jogar ao lado de Emerson ou fazer dupla com Guerrero. Ele pode também atuar com Romarinho.

Dependendo da performance de domingo, Pato deve ser titular contra o Botafogo, quarta que vem, em Ribeirao Preto, já que Guerrero defenderá o Peru em amistoso.

A expectativa de estreia do jovem de 23 anos é enorme. Pato custou 15 milhões de euros e assinou contrato por quatro temporadas.

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Rosemberg é convidado para marketing da CBF
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Leandro Quesada

O vice-presidente do Corinthians não aceitou o convite para assumir sozinho o departamento de marketing da entidade mas não descarta dividir funções. A ideia do presidente da CBF, José Maria Marin, é criar um grupo de consultores, com três ou quatro especialistas no ramo, dentre eles, o corinthiano. Se for assim, Rosemberg faria parte deste conselho de “marqueteiros”.

Luis Paulo Rosemberg consultou Andrés Sanchez que esteve na CBF como diretor de seleções, antes de responder “não, obrigado”. Eles fazem parte do mesmo grupo no Pq. São Jorge e seria no mínimo curioso entrar na entidade que vê, hoje, Andrés Sanchez como grande desafeto.

Rosemberg, vice-presidente do Corinthians, deixou as funções na pasta de marketing do Timão, logo após a conquista do Mundial de clubes da Fifa no Japão. Ele sofria muitas pressões dentro do clube por algumas declarações como chamar o time de medíocre, de se colocar na pele de principal responsável pelas ações de impacto (por exemplo, a vinda de Ronaldo) e também por tocar com plenos poderes o projeto do novo estádio do Corinthians em Itaquera.

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No entrosamento, Timão bate Mogi
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Leandro Quesada

Se faltou ritmo de jogo, como era previsto, o Corinthians apelou para o entrosamento do elenco campeão da Libertadores e do Mundial do ano passado. A rotação dos comandados por Tite esteve mais lenta neste duelo. Natural para os jogadores que tiveram pouco tempo de descanso e de preparação para a nova temporada da bola.

Na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, voltaram ao time nove dos titulares que iniciaram a partida final contra o Chelsea, em Yokohama, na finalíssima da Copa do mundo de clubes da Fifa 2012. No segundo tempo, Douglas e Romarinho também entraram na partida.

O Corinthians jogou para o “gasto” e de virada bateu o Mogi Mirim por 2 a 1. A diferença técnica entre os dois times é enorme e mesmo longe de uma atuação de arrancar suspiros, a equipe de Tite não teve muitas dificuldades para levar os três pontos em casa.

O entrosamento de um time é como andar de bicicleta. Quem aprende não esquece mas se deixar de andar por um tempo, alguns tombos depois serão comuns. O gol de Jorge Henrique após o cruzamento de Emerson é a prova de que estes atletas se conhecem muito bem. E na base do entrosamento, sem ritmo ainda, o Corinthians “original”, campeão do mundo, ficou com a vitória.

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De pênalti, Fábio Santos virou o placar 20130131-020620.jpg
Após jogada de Emerson, Jorge Henrique empatou


Quem ainda acredita em Adriano?
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Leandro Quesada

Quando leio as notícias dos interesses de Santos e Guarani pelo imperador, fico sem entender nada, absolutamente nada.

Se sou dirigente ou técnico não correria o risco de trazê-lo para o meu time. E baseado, claro, nos fatos que cercam a carreira de Adriano nos últimos dois anos.

As cenas de falta de comprometimento de Adriano foram repetidas, sucessivamente, na Roma, no Corinthians e no Flamengo. Antes na Inter de Milão e no São Paulo, embora tenha feito gols, sempre ficou a dúvida sobre o real interesse dele de seguir como profissional de futebol. As obrigações foram um peso nas costas do atacante.

Quando “jogava” no Corinthians, Adriano fugia toda hora para a cidade maravilhosa. Já no Flamengo, ele frequentava a terra da garoa. A fuga se explica: Adriano queria ficar distante das responsabilidades de atleta, das rotinas de treinos e das concentrações.

Mudaram as cidades (Milão, São Paulo, Roma e Rio), os clubes e os colegas de profissão mas o comportamento do atacante seguiu complicado.

Quando todos pensavam que no time romano ele se redimiria, outra vez falhou. O Corinthians, então, surgia como o recomeço e novo fracasso. No Flamengo, clube de coração, a última chance e ele jogou tudo fora.

Quem arriscaria contratar um jogador como Adriano?

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Brunoro: “Gosto de desafios”
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Leandro Quesada

O novo homem forte do futebol do Palmeiras tem uma dura missão no Verdão. Trazer o time de volta ao sucesso não será uma tarefa simples. Trabalho longo, cheio de espinhos e com outros tropeços.

Brunoro sabe que mesmo sem tanto dinheiro é preciso reforçar a equipe e o elenco. O dilema é investir muita grana em um grande jogador ou trazer três ou quatro atletas de porte menor.

“Parece que a gente perdeu a Copa do Mundo. Peço calma. Não sei se a torcida terá com o time e comigo”, ao comentar a formação de uma equipe mais forte e competitiva.

As vaias e as cobranças da torcida não ajudam em nada neste instante, segundo o diretor executivo: “A torcida vive do passado. Aquilo que aconteceu no ano passado já acabou. O Palmeiras não vai continuar assim. A torcida precisa se unir. Os jogadores estão lutando, não estão encostados”.

Na primeira passagem pelo Palestra Itália, nos anos 90, a parceria com a Parmalat montou vários timaços, campeões paulistas, brasileiros e da Libertadores. Sobravam craques: Evair, Rivaldo, Roberto Carlos, Djalminha, Cafu, Rincon, Muller, Edmundo, Edilson, Antônio Carlos, Luizão e cia.

Hoje a realidade é bem diferente, sem o grande investidor e cofres cheios. “Gosto de desafios”, diz Brunoro.

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Nos anos 90, Brunoro veste a camisa do Palmeiras na era Parmalat


Corações palmeirenses divididos
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Leandro Quesada

A inusitada cena de torcedores trocando insultos nas arquibancadas do Pacaembu é a prova mais clara da falta da sintonia desta Sociedade Esportiva que atende pelo nome de Palmeiras.

Com a derrota iminente para o Penapolense, a ira da torcida aumentou no estádio municipal. Luan e Valdivia foram os alvos prediletos. Xingados por uns e defendidos por outros, eles sentiram na pele mais uma vez a enorme insatisfação dos fanáticos palmeirenses com as quedas constantes do time. Os torcedores também se xingaram.

Em campo nada dá certo. Jogadores cabisbaixos, sem autoestima, desesperados, nervosos e com o peso nas costas de não poder cometer nenhum erro. Assim fica difícil qualquer tentativa de recuperação. Até aqueles que não estiveram na queda do ano passado, como Fernando Prass, Ayrton e Wendell, sentem a pressão.

Pedir calma ao palmeirense neste momento incomoda muita gente. O fato é que o novo presidente nem completou uma semana de clube e um tempo deve ser dado para arrumar a casa.

“Queremos a mobilização da torcida. O apoio é necessário e não a divisão. Devemos canalizar estas forças para ajudar o time”, defende o técnico Gilson Kleina.

A consciência geral deveria ser a de que o caminho é longo e árduo até chegar aos dias melhores.

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A ira palmeirense nas arquibancadas

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Torcedor exaltado é repreendido pela PM