Felipão ou Frizzo, eis a questão!
Leandro Quesada
A água do copo já transbordou na relação entre técnico e vice. E faz muito tempo!
Felipão e Frizzo se evitam a todo instante. O desgaste chega ao ponto de ninguém no clube ter a coragem de chamá-los para sentar à mesma mesa, para um almoço ou um simples café.
Na conversa com o presidente Arnaldo Tirone na Academia de futebol, recentemente, o técnico não quis a participação de Frizzo. O vice palmeirense, por sua vez, tentou a reconciliação mas Felipāo acenou com a separação.
Sem a influência pretendida para tocar o futebol, o pentacampeão perdeu espaço no clube para Frizzo, que assumiu decisões sem consultar o treinador.
Frizzo chegou a declarar que se Felipão estivesse insatisfeito, bastaria pagar a multa de rescisão.
Tirone demorou muito para resolver a imbróglio, segundo amigos das duas partes. Não é bom negócio para o futuro do Palmeiras manter os dois juntos. ''É ele ou eu'', como o próprio Felipão pensa. Diante da apatia presidencial, Felipão solta o verbo, critica a ineficiência dos cartolas e a sonolência de alguns atletas.
O treinador colocou o cargo à disposição, ideia, prontamente, rejeitada pelo mandatário do verdão.
A propósito, os jogadores perceberam o desmando e tomaram conta do pedaço, sem respeito algum aos cargos hierárquicos.
O Palmeiras precisa de um divã, urgente. A ajuda de um profissional, psicólogo, talvez psiquiatra, amenizaria as rusgas e diferenças na comissão técnica, na direção de futebol e no grupo de jogadores.
É certo que o fogo cruzado faz duas vítimas: o time do Palmeiras, distante dos títulos e a sofrida torcida, sem motivos para vibrar.