Brasil e Itália foi aperitivo apenas
Leandro Quesada
Na rica, cara e diplomática Genebra, os maiores campeões das Copas do mundo fizeram um duelo equilibrado. O empate foi justo. Sem mais.
É óbvio que sem a importância dos confrontos históricos da final de 70, no México, quando o Brasil triturou a Itália por 4 a 1 ou na final de 94, nos EUA, quando venceu nos penaltis. Sem falar nas Copas de 38 na França e 82 na Espanha, onde os ‘carcamanos’ eliminaram os brasileiros.
Brasil e Itália é sempre Brasil e Itália, interessante, nervoso e disputado.
No encontro em terras suíças, a seleção de Felipão insistiu na presença de três atacantes. Fred fez o dele (gol), Neymar participou dos dois gols e Hulk, nervoso, destoou.
Faltou Kaká ao lado de Oscar. A propósito, o ex-são-paulino entrou na vaga do ex-são-paulino no segundo tempo. Com Kaká no lugar de Hulk, a criatividade seria maior e a dupla Fred-Neymar teria mais oportunidades. Oscar se movimenta, se apresenta e a vai pra cima dos adversários.
Felipão elogiou a zaga mesmo com David Luiz e Dante sem o entrosamento ideal.
O goleiro Júlio César parece inseguro às vezes. Ele oscila entre defesas difíceis e lances como o segundo gol italiano marcado por Balotelli, quando estava adiantado.
O volante Fernando fez o arroz com feijão nos desarmes. Ele corrigiu um pouco o buraco do meio-campo no jogo anterior contra a Inglaterra, com Ramires e Paulinho.
Hernandes é talentoso mas pode produzir bem mais.
Nas laterais, os pontos fracos. Daniel Alves, tímido, nem lembrou o Daniel Alves do Barcelona. Filipe Luís esteve inseguro o tempo todo em que ficou em campo.
Brasil 2 x 2 Itália, em Genebra, é apenas o aperitivo do encontro em Salvador, no dia 22 de maio. Nesta data, os rivais realizarão partida pela Copa das Confederações na nova arena Fonte Nova. Aí sim poderemos cobrar Felipão e “sua” nova família.