Não basta um time estar bem preparado nos quesitos táticos, técnicos e físicos. É preciso que a cabeça esteja no lugar, com o ¨psicológico¨ acertado na hora da decisão. Cabeça boa, pé bom…

O Santos de Muricy Ramalho tem tudo isso e algo mais: um discurso respeitoso com o adversário, ao contrário do Cruzeiro, que embalado pelo clima de ¨já levou¨, foi eliminado em Minas Gerais.

Respeito é bom e conserva os dentes mas Muricy não mudará a forma agressiva do Santos em campo. ¨Não mudamos nossa forma de jogar. Nós temos que jogar futebol. Ter cabeça e inteligência para jogar. Favoritismo não existe, principalmente, na Libertadores, uma competição diferente, em que nem sempre o melhor vence¨, receitou o técnico do peixe.

O Santos é favorito sim, mas deve ter cuidado para não ¨ganhar¨ na véspera, já que a Copa Libertadores tem sido equilibrada e vai passando pelas mãos de muitos clubes nos últimos dez anos, exceção feita ao Boca Juniors. O Internacional venceu em 2010, Estudiantes (2009), LDU (2008), Boca Jrs (2007), Internacional (2006), São Paulo (2005), Once Caldas (2004), Boca Jrs (2003), Olimpia (2002), Boca Jrs (2001 e 2000).

A decisão de Juvenal Juvêncio de voltar atrás na demissão de Paulo César Carpegiani terá desdobramentos. JJ está equivocado, totalmente.

Falta de respeito com o profissional e com o homem, na minha visão. Como fica o poder do treinador com os jogadores agora, de demitido ao posto de quebra-galho até que outro seja contratado?

Juvenal deu um tiro no pé dele e no pé do comandante do tricolor. As hierarquias foram maculadas. Hierarquias do técnico e da presidência do clube. O presidente não soube qual decisão tomar. A dúvida gerou incertezas entre os jogadores. Já o treinador perdeu a moral com todos.

Juvenal Juvêncio ou qualquer presidente, de clube ou qualquer instituição, não pode nunca titubear. O presidente manda e ponto final. Ele decide se o técnico serve ou não, mas nunca voltando atrás.

A permanência de Carpegiani tem dois motivos: o ‘não’ de Cuca e a negativa de Dorival Jr.

Ridículo!

Justo o resultado final do Paulistão 2011. Venceu o melhor. Levou a taça aquele que jogou mais futebol.

Nas duas partidas, no Pacaembu e na Vila, o peixe foi superior ao Corinthians. Superior na técnica e na tática. Tradução: inúmeras chances de gols criadas e desperdiçadas e, ao mesmo tempo, poucos espaços dados ao adversário.

A sólida defesa santista, a cobertura dos volantes, a agilidade dos laterais e meiocampistas e o talento de Neymar explicam o sucesso desta conquista. Durval e Edu Dracena jogam sério, Arouca foi um ¨monstro¨ na missão de marcar e decidir e Neymar deu ao rival o trabalho de sempre. Muricy em pouco tempo arrumou a casa bagunçada.

O título ratifica a força do Santos agora em outra competição: a Libertadores. O Santos é favorito. Ao que perece novas festas virão por aí…

Corinthians O futebol burocrático tem ligação com a queda de rendimento de alguns atletas. Dentinho, Jorge Henrique e Bruno César foram figuras apagadas. Tite não tem culpa nesta derrota. Os erros de passes me impressionaram. As poucas chances de marcar gols também.

O Corinthians foi apático, um time sem alma e sem sangue.

Eu conversei com o presidente dos Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, sobre temas de enorme interesse da massa santista. Ganso, Neymar, Zé Roberto e Mundial de clubes foram abordados pelo dirigente com este blogueiro.

Paulo Henrique Ganso: ¨Nós oferecemos ao Ganso as mesmas condições básicas dadas ao Neymar. A diferença é que Neymar tem ao lado dele o pai, uma pessoa de sensibilidade que tem interesse de ver o filho crescer e se desenvolver. Já o Ganso está sendo aconselhado por gente que só quer o lucro imediato. Eu acredito ter capacidade para mostrar para o Ganso, um projeto de carreira, para ele ganhar muito dinheiro¨.

Assédio do Corinthians sobre Ganso: ¨O Andrés (Andrés Sanches, presidente do Corinthians) me garantiu que jamais fará um esforço para tirar Ganso do Santos. Até hoje não apareceram propostas pelo jogador. É pura especulação para desestabilizar o elenco do peixe¨.

Neymar: ¨Um jogador excepcional, menino do bem, que não tem máscara. Estamos ajudando a desenvolver a carreira de Neymar. Se ele ficar até o fim do contrato, em 2015, ao final do vínculo será dono de 100% dos direitos econômicos. E vai ganhar uma remuneração extraordinária neste período, além de ter a chance de ser o melhor jogador do Brasil¨.

Zé Roberto: ¨O contrato dele termina em junho com o Hamburgo. Zé Roberto não vai renovar, quer voltar ao Brasil e a prioridade é o Santos. Eu tive um bom papo com ele, fiquei impressionado com o caráter, a seriedade e o profissionalismo dele¨.

Sonho: ¨Imagine um meio campo com Arouca, Zé Roberto, Elano e Ganso… não é para assustar o Barcelona? O forte do Barcelona, que é o meio campo, vai finalmente encontrar um grande rival. Quem sabe a gente se encontre na final do mundial de clubes com este quarteto¨.

PFP significa Pobre Futebol Paulista.

Pobre futebol paulista que parou no Tolima, Coritiba e Avaí. Corinthians, Palmeiras e São Paulo decepcionaram até aqui.

O Corinthians, rídiculo e tosco, foi eliminado pelo Tolima. Quem? Tolima. Uma vergonha alvinegra contra um adversário sem tradição. Com Ronaldo e Roberto Carlos em campo, o timão caiu na Colômbia e fracassou na tentativa de avançar na Libertadores.

Bem, o Palmeiras é melhor nem falar. Os sonoros 6 a 0 para o Coritiba ficarão guardados nas mais tristes páginas da Sociedade Esportiva Palmeiras. Um vexame histórico para um dos gigantes do futebol mundial.

E, por último, a queda do tricolor em Floripa. Avaí na semi e o São Paulo com sina de não ganhar a Copa do Brasil.

O Santos na Libertadores, sem bairrismos tolos, é o único que pode salvar o primeiro semestre do futebol mais rico do Brasil. Rico em dinheiro, investimentos, planejamento, publicidade, salários, craques, técnicos, mídia… Mas pobre quando a bola rola em campo. 

Vai, Santos!!! Agora quem dá a bola é o peixe…

A prioridade do Palmeiras é trazer quatro reforços para a disputa do Brasileirão. As posições: dois laterais, um zagueiro e um meia de armação.

O nome para a zaga já é conhecido da torcida do verdão: Henrique que pertence ao Barcelona. A negociação não sairá se o Barça insistir em vender o atleta e não apenas emprestá-lo como deseja o Palmeiras. Se o negócio não sair, o clube procura outro jogador para o setor.

O meia-atacante Maikon Leite, já acertado com o clube, não entra nesta lista de quatro reforços pretendidos. Maikon virá do Santos.

O `impossível´ não foi possível

Um milagre apenas produziria a reviravolta esperada pelos palestrinos, depois da pancada sofrida em Curitiba. O placar (2 x 0) construído pelo Palmeiras, no jogo da volta aqui em São Paulo, não foi suficiente para o time avançar na Copa do Brasil. O verdão ficou em débito com a torcida.

É difícil acreditar que um time consiga reverter uma desvantagem de seis gols contra, mesmo que seja um esquadrão, com craques que desequilibram. Não é bem o caso do Palmeiras de Felipão, uma equipe com o psicológico estraçalhado, auto-estima abalada e sem rumo.

Só mesmo o mais fanático torcedor palestrino – ou talvez nem este – imagina uma virada histórica, no Pacaembu. E como seria histórica. Mamma mia!

A missão do verdão é impossível. Bem, se não é impossível, diria que é pouco provável.

Em outras passagens, o Palmeiras tinha ¨academias¨ que podiam batalhar para reverter um resultado adverso deste tamanho. Hoje, o Palestra Itália não tem um Ademir para ¨guiar¨ os colegas de equipe e dar esperança ao torcedor. Nem mesmo Evair, Djalminha, Leivinha, o maluco César ou o animal Edmundo.

Nem sei se com eles seria possível. Talvez fosse menos sofrido e suado.

Se o Palmeiras conquistar o placar que precisa, o dia 11 de maio, entrará para a página especial dos resultados ¨impossíveis¨ do futebol. Agora é deixar a bola rolar.

Eu deixei o Pacaembu com a sensação de não ter visto a disputa de um jogo decisivo. O clima dentro de campo não lembrou em nada o de uma final de campeonato. Não, mesmo. Parece que o Datena passou pelo estádio e ¨congelou¨ todo mundo.

Os dois times apostaram na marcação mais firme, sem complicações defensivas e, consequentemente, criaram poucas emoções no ataque. Três bolas na trave, alguém vai retrucar, mas é daí?! Como diz a canção, bola na trave não altera o placar.

Se taticamente o jogo foi interessante, técnica e plasticamente me decepcionou.

Esperava mais dos dois times, de PH Ganso, Bruno César e Liédson. Dentinho e Jorge Henrique estiveram longe dos bons momentos. Neymar foi o melhor mas não fez o suficiente para mudar a história do confronto.

Esperemos o segundo e decisivo encontro no próximo domingo. Que a Vila inspire os times e técnicos. Corinthians e Santos ficaram em débito com o bom futebol.

O desejo do presidente palmeirense é mudar a forma de gerenciar o futebol do Palmeiras, hoje centralizado na figura de Felipão.

Arnaldo Tirone discute, com homens de confiança, a adoção do modelo de rivais como Corinthians e São Paulo. No timão, Andrés Sanchez tem Roberto Andrade e Duílio Monteiro Alves com ele no dia-a-dia. No tricolor, Juvenal Juvêncio trabalha com os escudeiros Leco e Jesus Lopes. Eles servem de porta-vozes e também de para-raios nas posições do futebol.

Atualmente no Palmeiras, apenas Roberto Frizzo toca a pasta. Aí está, exatamente, o ponto nevrálgico. Frizzo e Felipão não falam a mesma língua, algo que atrapalha a condução do trabalho. O vice de futebol já disse, publicamente, que se fosse hoje não contrataria o treinador. Felipão, ao centralizar quase tudo, não se dedica a montagem da equipe.

A distância para descentralizar o comando do futebol é longa. Tirone precisa buscar gente competente, com know how, experiente e vivida neste complicado mundo do futebol.

Mas esta é apenas uma parte das mudanças. Outra fundamental é a contratação de reforços para o time ficar mais competitivo e voltar ao caminho das vitórias.

A frase será, veementemente, contestada por todos os anti-santistas, depois da eliminação em massa dos times brasileiros no torneio sul-americano. Mas é fato: o Santos é o único representante do Brasil na Libertadores e como tal deve ter o apoio de todos para conquistar o título.

As eliminações de Inter, Grêmio, Cruzeiro e Fluminense mostram o despreparo destes clubes contra adversários que não são exatamente grandes times e nem favoritos ao título.

A noite dos horrores do futebol nacional começou com o tropeço do Inter de Falcão, em pleno Beira-Rio. Uma vergonha colorada diante do Peñarol.

Outro gaúcho já havia feito besteira em casa e no jogo da volta no Chile repetiu a dose. O Grêmio está eliminado. O duelo esperado entre os rivais do Rio Grande do Sul, na Libertadores, fica para uma próxima.

Em Assunção, o Fluminense conseguiu a ¨proeza¨ de levar três gols do Libertad. Impressionante derrota dos cariocas que tinham uma boa vantagem.

Os mineiros também não escaparam do fracasso nesta quarta. Em Minas Gerais, o Cruzeiro tinha a faca e o queijo na mão, mas caiu no duelo com o Once Caldas, da Colômbia.

Ah! O Corinthians foi o primeiro brasileiro eliminado, ainda na fase de classificação da Libertadores, quando perdeu para o colombiano Tolima, em Ibagué.

Dos seis brasileiros, restou apenas um. Agora quem dá a bola na Libertadores é o Santos de Muricy, PH Ganso e Neymar. Sorte ao peixe!