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Viva a COPA das MANIFESTAÇÕES!
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Leandro Quesada

A Fifa deveria se curvar ao momento histórico vivido nas ruas das mais importantes cidades do Brasil e mudar o nome da Copa das Confederações para COPA das MANIFESTAÇÕES. Mas as pessoas não deveriam culpar o futebol pelos problemas sociais do país. A seleção brasileira não tem culpa e a Copa das Confederações também não pelos problemas sociais do Brasil. Não devemos ter raiva de Felipão, Parreira, Neymar e cia. Eles são brasileiros como todos nós. As seleções da Espanha, Itália, Uruguai, Taiti, México, Japão e Nigéria não merecem ser tratadas com raiva. Não nos esqueçamos que milhares de brasileiros vivem no exterior, por favor.

É compreensível que o futebol chame tanto a atenção da mídia e usá-lo pelos manifestantes, no melhor sentido da palavra, como o canal mais amplo para atingir os objetivos das manifestações populares é o ideal. As tevês, rádios, jornais e portais de internet ainda seguem como veículos de comunicação fundamentais para a propagação das notícias. O facebook, me desculpem, não atinge com o mesmo poder da dita ''imprensa clássica''.

A 'imprensa' ainda é e será por muito tempo o quarto poder. E feita também por gente como a gente, que anda de ônibus, paga impostos, toma pileque e por aí vai.

A Fifa é dona do 'negócio futebol' mas deve entender que o esporte mais popular do mundo faz parte do nosso dia a dia. Portanto, ele está inserido no nosso contexto cultural e histórico. Como leva milhares de pessoas aos estádios e coloca milhões em frente aos televisores ou com os radinhos de pilha colados aos ouvidos, o futebol é também um canal para reivindicações.

Nós brasileiros devemos entender que o Brasil se candidatou ao posto de sede da Copa do Mundo de 2014. O processo, ao que consta, foi lícito, no entanto, devemos discutir os custos desta festa. As autoridades têm a obrigação de dar explicações sobre os quase 28 bilhões de reais de dinheiro público gastos nas obras dos estádios. Aproveitemos para cobrar também o superfaturamento nas construções de escolas, hospitais, estradas, pontes e aeroportos, para citar alguns. Outros aspectos como alto custo de vida, criminalidade e vandalismo que assustam os brasileiros merecem uma solução imediata.

Voltemos ao futebol. O futebol na Suíça, terra do presidente da Fifa, talvez tenha outro contexto, mas aqui em terras Brasilis a conversa é outra. Blatter precisa entender que o fair play nem sempre é possível aplicar dentro de campo e fora dele, nas arquibancadas e nas ruas, também.

A Copa das Confederações no Brasil já entrou para a história do esporte mundial. Nas próximas décadas, as escolas do mundo todo, contarão que o povo do país do futebol vestiu as chuteiras da pátria, foi às ruas, gritou, levou cartazes e questionou as coisas erradas do Brasil. E vão dizer também que não somos mais tão bobos como antes.

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O temor da Fifa é com a chegada das seleções aos estádios
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Leandro Quesada

Executivos do COL, gente do Governo e funcionários da Fifa já temem que as seleções não cheguem aos estádios nos dias dos jogos da Copa das Confederações.

No dia 30 de junho está marcada a final no Maracanã, no Rio, uma das cidades que recebem protestos populares. O temor é de que os manifestantes fechem as principais vias de acesso ao estádio, impedindo que as delegações cheguem ao local. Mesmo com todo aparato de segurança, batedores da polícia e apoio logístico, seria impossível passar pela manifestação.

Assim, se uma das seleções não conseguir alcançar o estádio, a decisão, obviamente, não seria disputada. Imagine o cenário e depois a repercussão mundial: ''A seleção da Espanha não consegue entrar no Maracanã e final é cancelada''.

Hoje já está difícil para torcedores, jornalistas e funcionários da Fifa entrarem nas arenas que recebem os jogos da Copa das Confederações. Só falta agora, os times passarem pela mesma dificuldade.

A estratégia é aumentar o raio de segurança dos estádios. Isso ampliaria as opções de vias para chegar ao local das partidas mas obrigaria também os Governos locais a aumentar o número de policiais e controladores do trânsito.

Amanhã, aqui em Salvador, milhares de pessoas estarão se manifestando perto da nova Fonte Nova. Mais um dia de complicações para andar pela capital baiana.

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Bom de turismo, Taiti não acrescenta nada ao futebol
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Leandro Quesada

Praias lindas, areia branquinha, águas cristalinas, clima agradável e florestas tropicais formam o Taiti, pequena porção de terra na Polinésia francesa, no meio do oceano Pacífico. Um lugar paradisíaco, espetáculo da mãe natureza. Não nos esqueçamos do povo, muito bacana também.

Quando o assunto é futebol, no entanto, que me desculpem os que defendem direitos iguais. Assim como na Copa do Mundo, a Copa das Confederações deveria ter uma repescagem. Seria muito mais importante para o futebol ter a Alemanha ou a Alemanha no torneio.

A Fifa perde a oportunidade de incrementar a competição com o que existe de melhor no esporte mais popular do planeta e fica fazendo média em busca de votos destas Confederações para que acrescentam pouco ao futebol. Certo fez a Austrália, que se mandou para a Ásia, para ganhar competitividade, mesmo tendo mais rivais na tentativa de pegar a vaga na Copa.

O Taiti não tem futebol, desculpe. O negócio dos taitianos é o turismo. E já está bom.

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Parreira vê seleção como ‘vitrine’ para movimentos populares
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Leandro Quesada

Os movimentos populares que ganham as ruas da principais capitais do Brasil, também cercam a seleção brasileira de futebol e a Copa das Confederações.

Como em toda manifestação, a mídia é importante para fortalecer as reclamações e insatisfações contra o status quo. Os veículos de comunicação são imprescindíveis para contar o que está acontecendo.

E não há melhor momento para a divulgação destas manifestações do que este, com a presença da mídia do mundo todo na cobertura do evento esportivo no país.

Antes da abertura do torneio em brasileira, manifestantes protestaram contra os altos gastos na construção do novo estádio Mané Garrincha. Houve confronto com os policiais. Os torcedores tiveram dificuldades para entrar no local. No Rio, antes de Itália e México, também aconteceram protestos. Amanhã, aqui Fortaleza, novos encontros estão marcados para a porta do Castelão, antes de Brasil x México.

''O Brasil passa por momento econômico complicado. Os números estão aí para não deixar mentir. As bolsas caem todos os dias, quem acompanha sabe. Isso é reflexo da economia. Nós estamos 'ganhando' mais um grau de rebaixamento, não vamos entrar neste detalhe. As manifestações são válidas mas eles se aproveitam da seleção brasileira pois a visibilidade é maior para pegar carona, sem dúvida'', comentou Parreira, coordenador da seleção brasileira de futebol.


A vaias democráticas das arquibancadas, dona Dilma
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Leandro Quesada

Não queria estar na pele da presidente Dilma. Não mesmo! A anfitriã da festa tomou uma sonora vaia de causar constrangimento até naqueles que a vaiaram. O semblante dela, sem graça e sem saber onde enfiar a cara, ganhou as manchetes dos principais jornais do mundo.

Ela é a chefe de Estado, excelentíssima presidente da República federativa do Brasil, cargo mais importante da nação, mas não está imune ao comportamento irado do povo. Ao contrário, os ouvidos estão bem preparados para as reclamações constantes.

Dilma, que lutou contra a ditadura, época em que as pessoas aplaudiam presidentes-generais por obrigação, sabe que agora é diferente. Democracia, liberdade de expressão, direito de reclamar e se posicionar, de contestar sem ser levado aos porões ou ao pau de arara, são as manifestações de um povo que viveu anos duros do autoritarismo.

No país em que se vaia ''até minuto de silêncio'', diria Nelson Rodrigues, seria óbvio tal postura em um evento nacional, em que todos os olhos estavam voltados. O futebol mais uma vez serviu aos aspectos políticos. Foi a chance das pessoas mostrarem ao mandatário do país que estão insatisfeitas com a onda de violência, o desemprego, o custo de vida caro, os meios de transportes deficientes, a falta de escolas, moradias e hospitais decentes.

A Presidente Dilma, torturada nos tempos de AI-5, deveria levar para o lado positivo. As vaias das arquibancadas do Mané são o termômetro perfeito das insatisfações das pessoas com os rumos incertos do nosso Brasil.

Ps.: Ao senhor Joseph Blatter, uma cutucada: aqui não é a Suíça, meu querido! Os suíços não sabem como a vida está difícil do lado de baixo do Equador. Hilário é ouvir do presidente da Fifa que o público deveria ter 'Fair Play'. Vá passear no lago de Lucerna, Joseph!

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Seleção com a cara de Felipão
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Leandro Quesada

O nível ideal ainda não foi atingido e nem poderia com menos de três semanas de preparação, mas o que foi apresentado na estreia da Copa das Confederações já é uma mostra de que a seleção começa a ter uma cara, a cara de Felipão.

Equilíbrio foi um dos termos mais usados pelo técnico antes da competição começar. Equilíbrio dos setores e das funções de cada jogador foram alcançadas diante dos japoneses.

Tão importante quanto a goleada – sempre boa para o aspecto autoestima – foi a boa apresentação no estádio Mané Garrincha. O time de Felipão foi seguro, rápido e brigador bem do jeito que ele gosta.

Zaga firme com David Luiz e Thiago Silva que não brincam em serviço.

Luiz Gustavo e Paulinho foram, taticamente, perfeitos na proteção e na desenvoltura do jogo. O corinthiano ainda fez um gol.

Daniel Alves e Marcelo cumpriram bem o papel dos alas modernos, que marcam e atacam.

Neymar, além de fazer o gol que abriu o placar, se movimentou, buscou espaços e tentou dribles. Deixou o campo sentindo dores no corpo depois de tanto.

Oscar esteve ligado o tempo todo, tanto que deixou Jô na cara do gol no fim da partida.

A seleção evoluiu no quesito passes certos, em relação aos erros sucessivos do amistoso contra a França. A posse de bola foi de 63% durante a partida contra o Japão. Os chutes a gol foram nove, três deles fulminantes nas redes nipônicas de Kawashima.

A seleção deixou uma ótima impressão na abertura da Copa das Confederações. Méritos do senhor Luiz Felipe.

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Felipão muda time apenas se alguém tiver ‘dor de barriga’
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Leandro Quesada

Esqueçam David Luiz como volante, Hernanes ao lado de Paulinho desde o início ou Lucas como titular. A escalação da seleção está pronta para a estreia na Copa das Confederações:

Júlio César, Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Fred e Neymar são os onze titulares contra o Japão.

''Já confirmei… É o time que jogou com a França. Agora se alguém tiver algum problema psicológico, físico, dor de barriga (risos), eu mudo'', respondeu, com bom humor, Felipão.

A repetição da equipe que atuou em Porto Alegre já havia sido antecipada pelo treinador. Sem mistério, contrariando, inclusive algumas das divulgações das escalações das equipes que dirige.

A utilização do zagueiro David Luiz como volante é uma das variações de Felipão para o segundo tempo. ''Tem agradado nos treinos mas é diferente do que usei na Copa de 2002'', explica. No Mundial do Japão, Edmílson, Lúcio e Roque Jr. formaram a zaga brasileira. ''Roque ficava mais fixo'', conclui.

''Com David Luiz eu ganho em altura e força'', indica o pentacampeão.


Marin diz que Felipão tem ‘carta branca’ para blindar seleção; Cafu discorda
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Leandro Quesada

Indagado por mim, se é contraditório a seleção buscar apoio do público e ao mesmo tempo se ''isolar'' dos torcedores, o presidente da CBF, disse que a decisão é do técnico Felipão.

''Quando eu o contratei, deixei claro que ele teria total liberdade para fazer o que quisesse. Eu não interfiro no trabalho do técnico'', afirmou Marin.

Neymar, a estrela da cia., não concedeu nenhuma entrevista coletiva até aqui. A superproteção ao astro do Barcelona tem sido criticada por jornalistas que acompanham a seleção.

Um dos maiores jogadores da seleção brasileira em todos os tempos, Cafu pede ''o meio-termo na relação entre jornalistas e jogadores''.

''Não há problema nenhum… as conversas no saguão do hotel. Um bate-papo com cafezinho, uma 'brahminha'. Isso faz bem pra todos'', disse a capitão do penta.

A opinião de Cafu tem peso: quatro Copas do Mundo disputadas, dois título mundiais e 150 jogos pelo Brasil – recorde nacional.

Em 2010, na África do Sul, Dunga fechou a seleção acreditando que a atitude ajudaria a ganhar a Copa. Ledo engano. Os jogadores se isolaram, perderam contato com o mundo externo e nem sabiam que estavam na terra de Mandela, líder da humanidade.

Enquanto isso, as equipes da Espanha e Holanda davam liberdade aos atletas e decidiram o título. Já o Brasil foi eliminado nas quartas.

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“Um ano de Europa” deixa jovens prontos para a Copa, diz Ronaldo
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Leandro Quesada

O maior artilheiro das Copas quer a nova geração seguindo o mesmo caminho que ele trilhou no futebol do velho continente. ''Eu fui muito cedo pra lá. De dezesseis para dezessete anos, eu fui para a Holanda, para o PSV. Me deu muita experiência para encarar novos desafios''.

''Um ano de Europa já muda a mentalidade do jogador. Os jogadores brasileiros que estão indo pra lá vão evoluir com uma certa dificuldade no início mas depois acaba melhorando muito'', considera Ronaldo.

Quem ganha com isto é o time de Felipão: ''É importante pois são jogadores que atuam na seleção brasileira''.

Oscar e Lucas já têm experiências em clubes da Europa, ao contrário do colega Neymar, que ainda estreará no Barcelona. Oscar joga no Chelsea desde a metade do ano passado e Lucas atua no Paris desde janeiro. ''O Neymar vai ganhar mais (experiência), algo que Lucas, por exemplo, já tem por estar lá'', acredita o Fenômeno.

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Gols ‘mascaram’ passes errados e poucas finalizações certas
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Leandro Quesada

Mais de quarenta passes errados e menos de dez finalizações certas talvez pudessem 'desmentir' o placar de 3 x 0 construído pelo Brasil contra a França.

Os números são irrefutáveis, diria o poeta da bola, mas precisam ser muito bem traduzidos para não nos levar ao ponto errado de análise.

Finalizações A seleção chutou mais vezes contra a Inglaterra (31) no Rio e fez um gol apenas. Diante da França, a seleção finalizou 19 vezes (oito chutes certos e onze errados) e marcou três gols. Vai entender!? A qualidade e não a quantidade, neste caso, explica a goleada.

Passes No primeiro tempo do amistoso em Porto Alegre, o time de Felipão errou 29 passes. Já na etapa final diminuiu para onze. Tradução: a seleção errou menos e evitou que a bola chegasse aos pés franceses. Assim, o desgaste é menor pois não é preciso correr atrás do rival para recuperar a bola. Daniel Alves (6), Marcelo (4) e David Luiz (3) foram aqueles que mais erraram passes.

Desarmes Além disto, no quesito desarmes, no segundo tempo, os brasileiros tiraram 23 vezes a bola da equipe de Deschamps. No 1º tempo foram dezesseis.

A marcação mais eficiente e a evolução na troca de passes foram preponderantes para alcançar a vitória contra a França.

Não há dúvida que o futebol da seleção brasileira evoluiu no segundo tempo, justamente, quando trocou alguns jogadores.

David Luiz discorda O zagueiro David Luiz do Chelsea não concorda que a atuação do Brasil tenha sido melhor no segundo tempo: ''Não concordo com você. O time foi muito coeso e seguro em toda a partida. Tivemos muitas oportunidades no primeiro tempo. É claro que quando saem os gols, a gente fala que foi melhor. Mas como sou um jogador defensivo e taticamente tento entender antes das ações acontecerem, acho que acertamos mais passes na primeira etapa''.

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