Blog do Quesada

Arquivo : março 2012

Corinthians rejeitou troca de Adriano por Ronaldinho
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Leandro Quesada

No período da crise Luxemburgo-Ronaldinho no Flamengo e a dúvida sobre o retorno de Adriano em grande estilo ao Corinthians, as duas diretorias de futebol chegaram a pensar em uma troca.

Adriano voltaria à Gávea, onde tem história e é muito querido. O imperador ficaria na Vila Cruzeiro, perto da família e dos amigos do morro.

Ronaldinho Gaúcho, que não emplacou no Flamengo, viria para São Paulo, para jogar no Corinthians.

O Flamengo com dificuldades para pagar os salários de 1,8 milhões de reais, poderia substituir uma estrela por outra. E mais: Adriano é mais barato (cerca de 350 mil reais/mês).

O Corinthians, neste aspecto financeiro, elevaria os custos da folha salarial. Ao mesmo tempo, com Ronaldinho, o marketing corinthiano negociaria mais dinheiro para a camisa do time. Sem comparações, algo parecido com o projeto Ronaldo.

Enquanto o Flamengo considerava interessante a troca, o Corinthians via alguns entraves na negociação. A comissão técnica e cúpula do Timão chegaram ao consenso e vetaram o gaúcho. O alto custo para mantê-lo e o comportamento profissional, tão problemático quanto o do imperador, encerraram o tema.


Corinthians elimina “problema” Adriano
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Leandro Quesada

O imperador foi demitido pela diretoria de futebol nesta segunda-feira. A falta de profissionalismo do atacante foi decisiva para a dispensa. Um problema a menos a partir de agora.

A gota d’água foi o episódio de sexta-feira quando se recusou a pesar o grande corpo. A informação foi contada pelo médico e jornalista da Band, Osmar de Oliveira. A recusa provocou um mal-estar imenso com a comissão técnica e a cúpula de futebol do Corinthians.

No ano passado, o jogador já havia demonstrado o desinteresse pelo trabalho. Ele faltou a 42 sessões de fisioterapia.

Tite bateu o pé e não deu a Adriano privilégios.

Adriano jogou apenas oito partidas e fez dois gols.

Agora o Corinthians negocia o valor de rescisão com o atacante. A ideia é pagar uma parte apenas do valor total de quatro meses de salários (cerca de 1,5 milhões de reais).


O fim da era Havelange
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Leandro Quesada

O reinado Havelange acabou com a renúncia de Ricardo Teixeira. O dia 12 de março de 2012 é histórico para o esporte nacional. Teixeira deixa a CBF e leva com ele, quase sessenta anos de poder de Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange (ex-presidente da CBD e da Fifa).

Na metade dos anos 80, o então poderoso presidente da Fifa, preparou o terreno para que o genro assumisse o comando da CBF. Em 89, Teixeira foi indicado para o comando da Confederação brasileira de futebol.

Desta forma, Havelange garantia mais algumas décadas de domínio do futebol nacional. O velho João, no entanto, não imaginava que o discípulo conquistaria o poder além do esporte.

Teixeira aprendeu tudo com Havelange, inclusive como renunciar em momentos delicados, com o peso nas costas de acusações de corrupção. Havelange deixou o COI (comitê olímpico internacional) em dezembro de 2011, antes de passar pelo vexame da expulsão da entidade. Teixeira também saiu antes da CBF, para evitar a possível intervenção do Governo.

Por longos 23 anos, Teixeira mandou e desmandou no futebol brasileiro. Teixeira ficou maior que o tutor e sogro. Politicamente, criou a base para se manter no cobiçado cargo. Falava com governadores e prefeitos como se tivesse o mesmo status. Com os presidentes da República era assim também. Ele usou a seleção brasileira para alavancar os interesses pessoais. A presença dos pentacampeões em jogos nos Estados era parte do plano de sustentação.

Ricardo Teixeira gerenciou o time de futebol mais popular e famoso do mundo. Fez da seleção um grande negócio, com patrocínios milionários. Ao mesmo tempo abandonou os times brasileiros. Para a seleção tudo, para os clubes, a indiferença.

“Em políticos não se deve acreditar”, diria meu avô. Ricardo Teixeira confiou na bancada da bola que o sustentou e, depois, achou que não precisava mais dela. Se deu mal. Nem os deputados que o apoiavam moveram alguma ação para blindá-lo da queda agora.

Dilma Roussef ao indicar Aldo Rebelo para o ministério do Esporte desafiou Teixeira. Aldo foi um dos mentores da CPI CBF-Nike, que investigou os “podres” do futebol. Dez anos depois, na pele de Ministro, Aldo ganhou força para contestar outra vez a gestão ditatorial da Ricardo Teixeira.

Teixeira deixa a cena mas as investigações sobre corrupção continuam. Claro que devemos respeitar a doença dele, no entanto, temos de cobrar as autoridades que não deixem “prá lá” as acusações contra o ex-todo-poderoso chefão do futebol brasileiro.


Paulistão: sempre os mesmos
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Leandro Quesada

Passadas treze rodadas, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos são os quatro primeiros colocados no campeonato paulista.

Novidade zero!

O abismo entre os grandes clubes e os do interior é evidente. Forças do passado como Botafogo, Comercial e XV de Piracicaba, fazem campanhas pífias.

Guarani, Ponte, Mogi e Bragantino estão entre os oito melhores e hoje garantiriam vaga nas quartas.

A Portuguesa é um caso distinto. Tradicional time paulistano, fracassa no Paulistão, depois da conquista da série B. A Lusa está no meio do caminho da classificação e do rebaixamento.

O poder econômico explica os sucessos dos grandes times que não fazem muitos esforços para alcançar as vagas. A distância técnica provoca esta situação.

Fica uma pergunta: vinte clubes não são um número exagerado na disputa do Paulistão?


Adriano recusa balança e é afastado
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Leandro Quesada

Qual a chance da sexta-feira, véspera de jogo do Corinthians, fechar com uma notícia boa sobre Adriano?

Como se trata de Adriano, é remota a possibilidade de sair algo positivo.

Adriano foi barrado da partida contra o Guarani por ter se recusado a subir na balança. Algo corriqueiro é cada atleta se pesar antes dos treinos. Nesta sexta, ao ouvir o pedido do preparador físico Fábio Mahseredjian, o imperador reagiu: “Eu sou Adriano, não vou pesar!”, contou o médico e comentarista da Band, Osmar de Oliveira.

Mais uma polêmica que em nada contribui para o retorno de Adriano em alto nível. O tempo dele está acabando. Uma pena!


Teixeira: Licença não é renúncia
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Leandro Quesada

Na prática, o dirigente continuará mandando e desmandando na CBF.

A licença médica não é a renúncia apontada por muitos. Em sessenta dias, o todo-poderoso pode voltar ao cargo ou ampliar o afastamento por mais um tempo.

Ricardo Teixeira se afasta, alegando problemas médicos e, desta forma, tira o foco sobre ele até a poeira baixar.

O momento é propício para sair de cena. Além das acusações que sofre sobre corrupção no futebol, a crise entre o Governo Federal e a Fifa sobre a Copa, motivam um “descanso”.

O “faz de conta” de perda de poder é para inglês ver. Por sinal, da Inglaterra, surgem as principais notícias de envolvimento com atos ilícitos.

O vice mais velho da CBF, José Maria Marin, assume a entidade.


Neymar na terra; Messi no céu
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Leandro Quesada

As estrelas do Brasil e Santos, Argentina e Barcelona, brilharam nos torneios continentais.

Neymar é o melhor jogador do Brasil. Messi, o melhor do mundo. 

Como o baixinho argentino já virou hors-concours, elevado ao posto inigualável de “the best” da atual geração, craque de outra dimensão, deixemos Neymar, então, como o destaque entre os futebolistas deste plano.

Messias, ops! O editor de texto corrigiu assim, fez cinco gols na Espanha pelo Barça diante do Bayer alemão. Neymar enfiou três na Vila contra o Internacional.

Neymar fez dois golaços de placa. Com Messi, também, apenas gols bonitos.

Eles ajudaram, efetivamente, os clubes que defendem a conquistarem resultados importantíssimos na Libertadores e na Champions League.

O futebol encanta o planeta por causa destes moleques que jogam bola. Simples para eles, é jogar. Para nós, é mágico vê-los.


Copa do mundo: “Vai uma gelada aí…”
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Leandro Quesada

Não vejo a diferença em beber dentro ou fora do estádio. O torcedor ficará embriagado de qualquer maneira.

O argumento acima citado por mim, para proibir a venda de bebidas alcoólicas, usado por alguns deputados, enfraqueceu o time contrário ao comércio deste item nos estádios da Copa.

Então que se coloque um bafômetro na porta das arenas que receberão o Mundial de 2014. As pessoas fariam o teste para entrar ou não. É a lógica para mim.

Torcedores que não bebem também brigam nos eventos esportivos. A bebida é a desculpa para as faltas de educação e bom senso.

A venda de bebidas com álcool faz parte do plano financeiro da Fifa para ganhar muito dinheiro. Na França, Alemanha, EUA, África do Sul, para citar alguns, o consumo estava liberado.

A Budweiser, cerveja americana, é a patrocinadora oficial de bebidas alcoólicas da Copa do Mundo de futebol. A Budweiser foi comprada em 2008 pela belgo-brasileira InBev, donas das marcas Brahma, Antárctica, Skol e Stella Artois.


Se a Fifa tirasse a Copa do Brasil…
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Leandro Quesada

Imagine se a Fifa tirasse do Brasil a sede da Copa do Mundo por causa dos atrasos nas obras dos estádios e infraestrutura. Os impactos seriam terríveis para o futebol brasileiro e mundial.

A retaliação da Fifa seria respondida, imediatamente, pelo governo brasileiro ao impedir a seleção de disputar o torneio em outro lugar em 2014. Uma possibilidade bem razoável, creio eu. Os patrocinadores do evento, certamente, não aprovariam a ausência dos brasileiros. 

Outras nações da Conmebol poderiam seguir o mesmo caminho, como Argentina e Uruguai, apoiando o Brasil ou não, criando assim o rompimento destes países com o nosso no campo do futebol.

Outra decisão seria o desligamento do Brasil da Fifa, algo inimaginável. O país pentacampeão fora da entidade mundial.

Na Europa, a Inglaterra, contrária ao comando atual da Fifa, teria a oportunidade de, ao lado do Brasil, criar uma nova liga de futebol. Os ingleses iniciaram as acusações contra Joseph Blatter no momento das escolhas de Rússia e Catar como sedes das Copas de 2018 e 2022. Acusações que atingiram em cheio Ricardo Teixeira. Teixeira perderia neste cenário o poder sobre a CBF.

A França de Michel Platini também apoiaria a iniciativa. Platini comanda a Uefa, desafeta da Fifa. Os franceses perderam prestígio e poder na Federação internacional de futebol desde que Jules Rimet foi substituído. Já temos aí, Brasil, Argentina, Uruguai, Inglaterra e França.

Se esta aliança acontecesse, as estruturas do futebol balançariam. E uma nova ordem despontaria para fazer frente ao status quo do futebol.


Ganso, o diferente; Adriano, o pesado
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Leandro Quesada

Paulo Henrique Ganso fez a diferença no clássico Santos e Corinthians. Já o imperador teve participação discretíssima.

O primeiro tempo foi morno. Os erros de finalizações das duas equipes explicam o empate sem gols nesta etapa.

No segundo tempo, os santistas acertaram o pé. E por falar em pé, o de Ganso foi fundamental para encontrar Ibson, autor do gol da vitória, após um lançamento mágico e preciso.

Ganso ainda deu outros passes na medida para os colegas. Ganso é um termômetro do time santista. Inspirado, o talentoso meiocampista muda a história de uma partida, mesmo em um dia em que faltou inspiração para os dois rivais. Ganso tem qualidade no passe, tempo de jogo e inteligência.

Do lado corinthiano, Adriano não conseguiu imitar a atuação do craque do peixe. Pesado, lento, sem ritmo, tropeçando na bola e disperso. A figura do goleador foi sem expressão na Vila.

Adriano não lembra em nada o artilheiro que foi consagrado na Europa e na seleção brasileira. Uma pena vê-lo assim.

Adriano segue pesado.

Ganso continua diferente.