Blog do Quesada

Arquivo : setembro 2013

Muricy quer time ‘jogando feliz’ e sem pressão
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Leandro Quesada

Sem pressão, o time do São Paulo funciona muito bem. Nas últimas três rodadas, com a faca no pescoço, a primeira meta foi alcançada: sair da zona do rebaixamento. Jogadores mais leves, jogando bola sem medo, trabalhando por etapas e recuperando a confiança formam o cenário ideal para espantar a fase ruim.

Ao ser indagado por mim sobre o próximo objetivo – a vaga na Libertadores – Muricy Ramalho explicou que neste momento, o Tricolor deve pensar apenas no duelo com o Goiás, no domingo.

O grande problema é esse. Esta não é a nossa realidade (vaga na Libertadores) e devemos ter um pouco de calma. O que estava molestando muito os jogadores é a pressão. A única coisa que deixa a gente feliz é ganhar o jogo. O mais importante é ganhar… Quando perde não conseguimos sair pra rua, ficamos sem auto-estima”.

O clima menos pesado, na avaliação do treinador são-paulino, favorece a reação no campeonato. “Precisamos dar algo a mais, sem trazer nenhum tipo de pressão. Tem de ser aos poucos para não voltar a pressionar o time”, avalia o técnico.

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São Paulo ratifica reação; Corinthians amplia queda brutal
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Leandro Quesada

Os dois rivais convivem com situações bem diferentes no Brasileirão 2013. A amarga queda corinthiana é uma das marcas negativas de um dos ex-favoritos ao título. Por outro lado, o Tricolor reage de forma firme e segura e já começa a sonhar com tempos melhores.

O São Paulo faz uma campanha esplêndida no segundo turno do torneio. O time do Morumbi engatou três vitórias consecutivas, saiu da zona do rebaixamento e ficou perto do G4, com chances de pegar a vaga na Libertadores. Astral bom, sorriso nos rostos, alegria e confiança foram recuperadas com a sequencia de três resultados positivos.

O Corinthians despenca de forma inexplicável no Brasileirão. Depois da goleada sobre o Flamengo, a tão esperada arrancada se transformou em uma enorme emperrada. Em cinco jogos, quatro derrotas e um mísero ponto. O título ficou para a próxima temporada e a vaga na Libertadores está ameaçada. Ainda resta a Copa do Brasil com os dois confrontos com o Grêmio pelas quartas-de-final.

Enquanto Muricy Ramalho é elevado por todos como o responsável por reerguer o São Paulo, o colega Tite já começa a ser apontado como o principal culpado pelo fracasso de momento.

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A queda corinthiana contrasta com a reação são-paulina
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Leandro Quesada

A diferença de pontos entre os rivais é de seis pontos. O Tricolor reagiu, emplacou duas vitórias e deixou a zona da degola. O Timão caiu pelas tabelas, perdeu o rumo depois de quatro jogos sem vitórias e se complicou na tentativa de alcançar os objetivos.

A queda do Corinthians é uma das marcas negativas do Brasileirão. A goleada sobre o Flamengo foi vista como a arrancada para o título. Ledo engano. Até então, o time brigava pela taça e por vaga na Libertadores. Agora fica cada vez mais distante das metas traçadas e vê alguns rivais se aproximarem. O anti-clímax das grandes conquistas de 2012 (Libertadores e Mundial) tomou conta do elenco. Nesta temporada, na maioria das vezes, a desconcentração tomou conta da equipe. O foco foi perdido.

Do lado do Tricolor, a chegada de Muricy Ramalho chacoalhou o time, deu novo astral e chutou a fase ruim para longe. O São Paulo deixou a zona do rebaixamento depois de doze rodadas. Alívio para todos, peso menor nas costas e confiança restaurada criam o novo cenário.

Novo cenário, com outro ânimo, embala a recuperação são-paulina no Brasileirão. É apenas o começo do trabalho difícil que Muricy terá para salvar a equipe do Morumbi da degola. Mas o trabalho é consistente, sério e deverá, fatalmente, impedir que o vexame da queda para a segunda divisão fique apenas na ameaça.

O futebol é tão dinâmico que em duas semanas, o Timão deu adeus ao sonho do título e o Tricolor conseguiu espantar o fantasma do rebaixamento.

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Éhhhh!!!! Muricy…
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Leandro Quesada

Além de ser bom, o cara tem estrela. Na volta ao São Paulo, Muricy Ramalho já resolveu no primeiro jogo desta terceira passagem pelo Morumbi.

Parece que Muricy foi feito para o Tricolor e vice-versa. Como diria Carlos Alberto Parreira: “Há uma química entre as partes”.

Não foi a atuação dos sonhos, mas isso é insignificante para um tradicional time que está com a faca no pescoço. Valeu pela vitória, pela “re-reestreia” do técnico e a recuperação da auto-estima da equipe.

O caminho é árduo para escapar do vexame do rebaixamento, algo que rivais sentiram na pele. Não basta apenas este resultado positivo mas a sequencia que o antecessor, Autuori, não conseguiu emplacar. Muricy é vivido, sofrido e experiente o suficiente para dar jeito na coisa. E se deixarem e vão deixar, creio, ele resolverá a situação. No Morumbi, ninguém é louco de ‘passar a perna” em Muricy.

“Aqui é trabalho, meu filho!”

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Dez seleções já estão garantidas na Copa de 2014
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Leandro Quesada

A seleção brasileira foi a primeira a garantir a vaga por razões óbvias.

Depois, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Irã, representantes da Ásia também se classificaram.

Hoje, duas tradicionais equipes da Europa também carimbaram o passaporte: a Itália (quatro vezes campeã) e a Holanda (três vezes vice).

E hoje também mais três equipes confirmaram as presenças no Brasil, em 2014: EUA e Costa Rica, ambas da Concacaf, e a Argentina, da Conmebol, bicampeã mundial.

Colômbia, Chile, Equador, Uruguai e Venezuela estão perto da vaga. Uma delas ficará fora e outra vai para a repescagem contra a Jordânia.

Na Europa, Alemanha, Bélgica e Suíça estão com um pé no Brasil. Já Inglaterra, Espanha, França, Rússia, Portugal, Grécia, Bósnia, Hungria, Turquia, Romênia, Suécia, Bulgária, Islândia, Polônia, Ucrânia e Montenegro estão entre a classificação direta ou a repescagem européia.

Na Concacaf, Honduras precisa de dois pontos ou talvez nem isso para carimbar o passaporte. Na pior das hipóteses vai disputar a repescagem contra a Nova Zelândia, da Oceania. A situação da seleção mexicana é delicadíssima. O Panamá ainda está na briga.

Confira as dez seleções garantidas: Brasil, Itália, Argentina, Holanda, EUA, Costa Rica, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Irã. Faltam 22 vagas.

20130911-012143.jpg O craque Messi da Argentina virá ao Brasil

20130911-012236.jpg Balotelli vibra com a vaga da Itália

20130911-012334.jpg Holandeses comemoram a classificação

20130911-012424.jpg Eddie Johnson dos EUA faz a festa


Lúcio deve seguir a vida longe do Morumbi
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Leandro Quesada

O pentacampeão quis ganhar no ‘grito’ e se deu mal com o técnico Paulo Autuori. Lúcio desrespeitou a hierarquia, postura inconcebível, principalmente, de um jogador experiente e vivido. O zagueiro não gostou de ouvir de Autuori que não deveria se lançar ao ataque, de forma estabanada, deixando a zaga desprotegida. Lúcio teve uma discussão áspera com o comandante do time, por causa da enquadrada que levou.

Temos de manter as posições. Precisamos parar de tomar gols“, foi o recado de Autuori para o jogador. Depois veio o afastamento: “Aqui não vão prevalecer questões pessoais“, decretou o treinador.

Lúcio já havia tido problemas com Ney Franco. Ao ser substituído na derrota para o Arsenal, na Libertadores, o zagueiro não ficou no vestiário após o encerramento do jogo, algo que não agradou o treinador. Depois de algumas pressões, Ney cedeu e escalou o zagueiro outra vez.

Conhecendo Muricy Ramalho, diria que Lúcio não teria espaço no grupo com este tipo de atitude. E Muricy já tem muito trabalho pela frente, ‘meu filho’. Eliminar problemas é uma tarefa necessária.

Em campo, Lúcio teve atuações discretas e preocupantes. Lento em alguns lances, fora de ritmo e se ‘achando’ o melhor zagueiro do mundo. Ele pagou pela petulância.

Rodrigo Caio, Antônio Carlos, Miranda, Tolói e Edson Silva são os zagueiros do Tricolor no momento.

20130910-215306.jpgLúcio é expulso contra o Atlético-MG, na Libertadores


Candidato de oposição do São Paulo concorda com mudança de técnico
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Leandro Quesada

O advogado Kalil Rocha Abdala, candidato ao cargo de presidente do São Paulo comentou a troca de treinadores, promovida pelo mandatário Juvenal Juvêncio.

Não sei se seria da minha preferência o nome de Muricy Ramalho mas concordo que mudar o técnico é importante. A situação estava insustentável com o time desanimado. Alguma coisa estava ocorrendo“, analisou Dr. Kalil.

A volta de Muricy Ramalho é a última cartada para salvar a equipe da vexatória campanha até aqui no Brasileirão.

Muricy tem duas passagens pelo São Paulo. A primeira entre 94 a 97 com 108 jogos, 55 vitórias, 33 empates e 20 derrotas (66,1 % de aproveitamento. Ja na segunda, entre 2006 a 2009, foram 257 jogos, 140 vitórias, 70 empates e 47 derrotas (68,0 de aproveitamento).

Ele foi tricampeão brasileiro com a equipe em 2006/07/08 e conquistou a Copa Conmebol com o time formado por jovens da base em 1994.

Depois da saída de Muricy Ramalho, vários técnicos passaram pelo Tricolor, mas nenhum emplacou um trabalho de destaque. O único título de expressão foi o da Copa Sulamericana do ano passado com Ney Franco.

Ricardo Gomes: junho/09 até agosto/10
73 jogos: 38 vitórias / 15 empates / 20 derrotas
59% de aproveitamento

Sérgio Baresi: agosto/10 até outubro/10
14 jogos: 5 vitórias / 4 empates / 5 derrotas
45,2% de aproveitamento

Paulo César Carpegiani: outubro/10 até julho/11
47 jogos: 30 vitórias / 4 empates / 13 derrotas
66,6% de aproveitamento

Adilson Batista: julho/11 até outubro/11
21 jogos: 8 vitórias / 7 empates / 6 derrotas
49% de aproveitamento

Emerson Leão: outubro/11 até junho/12
44 jogos: 26 vitórias / 6 empates / 12 derrotas
63,5% de aproveitamento

Ney Franco: julho/12 até julho/13
79 jogos: 41 vitórias / 22 derrotas / 16 empates.
58,6% de aproveitamento

Paulo Autuori: julho/13 até setembro/13
17 partidas: três vitórias / quatro empates / dez derrotas. O aproveitamento do técnico foi de 25,5%

20130910-002846.jpgMarco Aurélio Cunha e Kalil R. Abdala


Cruzeiro segue firme; Corinthians tropeça e São Paulo derrapa
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Leandro Quesada

O futebol paulista oscila e faz feio no Brasileirão, de uma forma geral.

O Corinthians é o único que pode neste momento sonhar com algo. O algo seria a participação na Libertadores do ano que vem. O título ficou mais distante depois do empate contra o lanterna Náutico.

O Timão conseguiu o ‘feito’ de empatar com o pior time no torneio. A desculpa pelo tropeço não pode ser as ausências de Pato, Guerrero, Emerson, Douglas, Fábio Santos, Cássio, Renato Augusto e Guilherme. O próprio técnico Tite a todo instante defende a filosofia de que não há uma formação fixa e absoluta e que todos os jogadores devem se considerar titulares.

Alessandro, Paulo André, Gil, Edenilson, Ralf, Ibson, Danilo e Romarinho estiveram em campo. Eles são titulares, não? Com eles já seria suficiente vencer o fraco time de Recife que venceu apenas dois jogos (Flamengo e Inter), fez nove gols e levou 32.

O Corinthians agora foca a vaga na Libertadores do ano que vem enquanto que o rival São Paulo sofre a cada rodada para fugir da zona do rebaixamento.

Em Curitiba, o Tricolor levou outro golpe, desta vez do Coritiba, comandado pelo algoz Alex, autor dos dois gols da vitória do Coxa. Não é por falta de trabalho, conhecimento do técnico, qualidade de alguns jogadores e camisa. O São Paulo tem tudo isso mas a ‘inhaca” é maior e impede a reviravolta na frágil campanha.

A nona derrota são-paulina aumenta a desconfiança sobre a tal reação que estava sendo prevista depois de vitórias sobre Fluminense e Náutico. O aproveitamento da equipe de Autuori é o maior indicativo do risco de cair para a segunda divisão: 31% (em 19 jogos, 18 pontos, média menor de um ponto conquistado por partida).

Assim como o São Paulo, Portuguesa e Ponte Preta também convivem com as dores da possível queda e não reagem de jeito nenhum. Já o Santos está em uma situação de entrar no G4.
20130908-200833.jpg Alex afunda o São Paulo

20130908-201516.jpg O Náutico para Romarinho


Corinthians contesta pena de portões fechados que não existe no regulamento
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Leandro Quesada

Esta pena não existe no regulamento do campeonato Brasileiro, nem no regulamento geral das competições da CBF e nem no código brasileiro de justiça desportiva. Uma pena que o STJD tenha aplicado algo que não está previsto na norma do CBJD”, contesta Luis Santoro, advogado do Corinthians.

Santoro diz que o código é claro: “A denúncia foi feita no artigo 213 que é promover descordem e briga em praça desportiva. Para esta atitude há uma pena de perda de mando de 1 (um) a 10 (dez) jogos e não a de portões fechados”.

O advogado não acredita no cancelamento da punição ao Corinthians mas na alteração para “a perda de mando de jogos”.

Nesta sexta-feira, o recurso do clube será enviado ao STJD. “O Tribunal será ágil. A defesa será analisada nas pautas dos dia 19 ou 26″, confia Santoro.

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Maradona, Francescoli, Romário, Careca e Andrés unidos pela ‘revolução’ do futebol
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Leandro Quesada

O Pq. São Jorge será palco de um encontro que pode ser histórico no futebol, nesta quarta-feira, dia 4. O tema central da discussão é a condução do esporte mais popular do planeta na América do Sul.

A Conmebol está cada vez mais rica mas os clubes que disputam a Libertadores, por exemplo, ganham míseras cotas da entidade. A porcentagem do montante que a Conmebol recebe de patrocinadores e TVs e repassa aos clubes é insignificante. Os times argentinos estão quebrados, para citar, um país com tanta tradição.

Esta crítica é feita também no Brasil, ao analisar de uma forma geral a contribuição financeira que as Federações estaduais dão aos associados. Os grandes clubes reclamam e os pequenos ficam, em alguns casos, com as migalhas.

Além da questão financeira, outros quesitos serão discutidos. Tais como, calendário, férias, salários em dia, boa gestão e estádios.

O grupo vai peitar a Conmebol e exigir transparência e mais participação de clubes, técnicos e jogadores nas decisões do futebol sulamericano. Representantes dos principais times de todos os países da América do Sul são esperados na sede do Corinthians.

Figuras como Maradona, Romário, Careca, Francescoli e Andrés Sanchez (candidato à CBF) lideram esta possível ‘revolução’ no futebol.

20130903-232253.jpg Maradona e Andrés, em jantar na capital paulista.