Blog do Quesada

Arquivo : setembro 2012

Multa de Ganso para o exterior é de € 60 milhões
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Leandro Quesada

Se algum clube do exterior estiver interessado no futebol de Ganso terá de pagar a quantia acima, desde que o jogador não queira mais defender o São Paulo antes do encerramento do contrato de cinco anos.

No mercado brasileiro, o valor da rescisão de contrato é astronômica e impraticável: R$ 300 milhões de reais – ou seja, duas mil vezes o valor do salário do atleta em carteira (como reza a legislação desportiva). Ganso pela CLT receberá 150 mil reais mês.

Os outros “ganhos”, como direitos de imagem, não entram nesta conta para definir o valor da rescisão.

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Ganso assina agora com o Tricolor
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Leandro Quesada

Ganso assinou o contrato com o São Paulo por volta de 0h55 desta sexta-feira.

A novela acabou! Uma das negociações mais demoradas e intensas da história do futebol brasileiro terminou no fim da tarde de hoje. Depois de incontáveis reuniões, discussões sobre o valor do negócio e a forma de pagamento, as partes chegaram ao consenso.

O acordo final foi selado e assinado na cidade de Santos.

O desfecho agrada o meiocampista que desejava atuar no São Paulo. Sem clima na Vila Belmiro, Ganso retomará a carreira no Morumbi. O Tricolor contrata um talento “adormecido” no momento e aposta na recuperação. Já o Santos leva a parte dele em dinheiro nesta transferência mas desfaz uma das duplas mais elogiadas do futebol nacional: Ganso e Neymar, agora, jogarão juntos apenas na seleção brasileira. A DIS aumenta a participação nos direitos econômicos do craque e o mantém na vitrine.

Valor da negociação – 23,9 milhões de reais. Desta quantia, 7,5 milhões são pagos pela própria DIS.

Direitos econômicos – O São Paulo fica com 32% e a DIS com 68%.

Contrato – Ganso assina por cinco temporadas com o Tricolor.

Nova venda – O Santos terá 5% do valor total na próxima negociação de Ganso.

Estreia de Ganso – O craque está contundido e ainda não sabe quando veste pela primeira vez a camisa do tricolor.

Seleção Brasileira – No São Paulo, Ganso inicia uma nova fase na carreira para voltar ao time de Mano. Ao lado de Lucas, Luis Fabiano, Jadson, Rodholfo e Rogério Ceni, ele deixa a equipe dirigida por Ney Franco mais forte e competitiva.

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Fotomontagem de Ganso no São Paulo


Consenso entre Felipão e Palmeiras definiu demissão
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Leandro Quesada

O Palmeiras não queria mais Felipão. Felipão não queria mais o Palmeiras também. O casamento acabou em comum acordo.

A “notícia” de que o clube demitiu o técnico sem consultá-lo foi desmentida pelo presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, em entrevista exclusiva que ele me concedeu no Esporte em Debate, da Rádio Bandeirantes.

“Houve o consenso entre as partes. Conversamos com Felipão e concordamos que o contrato deveria ser encerrado. A decisão foi tomada em conjunto e não apenas pelo clube”, explicou Tirone.

O mandatário revelou que “a multa rescisória foi deixada de lado pelos dois lados” mas Felipão “recebeu uma parte dos últimos quatro salários que teria até o final do ano”.

Durante a entrevista, Tirone não deu certeza de que o novo treinador Gilson Kleina permanecerá no cargo caso o time não escape da degola.

Tirone concorda com as cobranças da torcida mas critica as tentativas de agressão de “torcedores” sofridas pela direção de futebol: “Esta postura não pode ser aceita. Eu fiquei com medo da reação. O torcedor pode protestar mas de uma maneira mais equilibrada”.

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Ganso está furioso com Laor
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Leandro Quesada

A relação entre o presidente e o meiocampista é a pior possível. Ganso não esconde de ninguém a raiva com a postura do mandatário do Santos. O craque tentou falar com Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro mas o dirigente não atendeu o celular.

O staff do atleta (leia família e DIS) também estão irritados com as dificuldades impostas pelo clube da Vila Belmiro. A DIS garante ter cumprido todas as exigências para fechar o negócio.

A DIS e o São Paulo aceitaram até repassar 5% do valor de uma possível venda de Ganso do Tricolor para outro clube.

Quando tudo parecia certo para oficializar a transferência para o São Paulo, o Santos exigiu a anistia da dívida de 8 milhões de reais com o desafeto grupo DIS ou que o tricolor do Morumbi assumisse os valores.

Do total de 23,9 milhões de reais – investidos para comprar 45% dos direitos econômicos do Santos – cerca de sete milhões seriam bancados pela própria DIS. No final das contas, o São Paulo ficaria com 33% dos direitos econômicos de Ganso.

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Ganso e Laor, juntos, em momento bem diferente do atual


Falcão encerra conversas com o Palmeiras
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Leandro Quesada

Em uma conversa rápida com o jornalista Alexandre Praetzel, da Rádio Bandeirantes, por telefone, Falcão encerrou a possibilidade de dirigir o Palmeiras.

A questão financeira foi o entrave.

No texto anterior, eu expliquei a situação:

No caso de Falcão, a diferença entre o valor oferecido pelo Palmeiras e a quantia pedida pelo técnico encerrou por hora as conversações entre as partes.

Falcão pediu R$ 450 mil por mês para dirigir o Palmeiras (valor total para a comissão técnica com os assistentes Julinho e Ivan). Arnaldo Tirone não concordou e ofereceu 250 mil. Esbarrou neste quesito.

O diretor financeiro do Palmeiras, Marcos Bagattella, conversou com o empresário do treinador, o ex-jogador Titi sobre a vinda de Falcão.

Bagattella ouviu que Falcão ganhava “mais de 250 mil reais” no Bahia e “não era possível receber menos” para comandar o Verdão.

Falcão exigia contrato até o final de 2013 mas aceitaria discutir a saída, sem multas, caso o time não consiga se livrar do rebaixamento.

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Tirone: Cristóvão Borges e Falcão no páreo
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Leandro Quesada

“Falcão está de stand by. Ainda não desistimos dele. Cristóvão Borges é um nome interessante. Queremos definir o mais rápido possível”, disse o presidente Arnaldo Tirone, em entrevista à Rádio Bandeirantes, ao apontar os nomes para assumir o posto de Felipão.

A “pressa” em definir o novo técnico existe, segundo Tirone. “Ele pode chegar pela manhã e dirigir o time à tarde”, indicou o mandatário sobre a possibilidade de estreia no duelo entre Figueirense x Palmeiras, em Floripa, no sábado.

No caso de Falcão, a diferença entre o valor oferecido pelo Palmeiras e a quantia pedida pelo técnico encerrou por hora as conversações entre as partes.

Falcão pediu R$ 450 mil por mês para dirigir o Palmeiras (valor total para a comissão técnica com os assistentes Julinho e Ivan). Arnaldo Tirone não concordou e ofereceu 250 mil. Esbarrou neste quesito

O diretor financeiro do Palmeiras, Marcos Bagattella, conversou com o empresário do treinador, o ex-jogador Titi sobre a vinda de Falcão.

Bagattella ouviu que Falcão ganhava “mais de 250 mil reais” no Bahia e “não era possível receber menos” para comandar o Verdão.

Falcão exigia contrato até o final de 2013 mas aceitaria discutir a saída, sem multas, caso o time não consiga se livrar do rebaixamento.

Já Cristóvão Borges fez um trabalho reconhecido no Vasco da Gama e seria “mais barato” que Falcão.

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A “ponte” para levar Ganso ao PSG
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Leandro Quesada

O “jogo duro” do Santos nas negociações de venda de Ganso ao São Paulo não se resume aos valores discutidos pelas partes.

Outro fator é discutido dentro da cúpula de futebol do alvinegro. O temor é que Ganso seja repassado depois pelo São Paulo para algum clube da Europa. O PSG da França, dirigido por Leonardo, tem canal aberto com o tricolor após a compra de Lucas.

Certamente, Ganso seria negociado por valores maiores que aqueles apresentados neste negócio envolvendo Santos e São Paulo. A possibilidade do rival fazer muito dinheiro com Ganso nos próximos anos deixa a direção santista em uma situação difícil com investidores e conselheiros.

O pensamento é simples: Ganso pode não ser a solução dentro de campo no momento, mas tem valor de mercado e o Santos não pode perder dinheiro.

A bola continua com Ganso. Ele é quem vai definir o futuro. E Ganso quer jogar no Morumbi.

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Os fantasmas do rebaixamento
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Leandro Quesada

Condenar qualquer time ao rebaixamento é prematuro neste momento. São treze rodadas para o final do Brasileirão. São 39 pontos em disputa até lá.

O risco existe, claro, mas daí dizer que o destino está selado é um exercício de futurologia que não cabe.

Veja o caso do Palmeiras. A vitória contra o rival Corinthians não veio mas outros times como Coritiba, Figueirense e Lusa também estagnaram e Sport e Flamengo não avançaram muito. O Atlético-GO venceu mas ainda corre risco.

Bahia e Náutico, por outro lado, vão se distanciando das últimas posições.

Se na matemática ainda é possível se apegar para fugir da segunda divisão no ano que vem, no aspecto psicológico a leitura é outra. A falta de confiança na hora do passe, o desespero de um chute ou a indecisão de uma defesa são adversários mais terríveis que os próprios rivais de fato. O descontrole emocional provoca reações que normalmente não são vistas. Além disto, nas arquibancadas, os torcedores são contaminados pelo ambiente pesado. Em vez de ajudar, eles atrapalham, cobram além do necessário e aumentam o peso nas costas dos já pressionados jogadores.

A capacidade de equilibrar com inteligência as pressões é uma das armas vitais para escapar da degola. E, basicamente, jogar tudo que não jogou até aqui.

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Na próxima rodada, as emoções seguem. Figueirense e Palmeiras farão um duelo nervoso, em Floripa. Não menos nervosas serão as partidas Sport x Coritiba e Atlético-GO x Flamengo.

A propósito, estes três encontros envolvem os seis últimos colocados do Brasileirão 2012.

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Jorginho: “Jamais pediria demissão do Bahia”
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Leandro Quesada

Um dos cotados para assumir o Palmeiras não foi liberado para deixar o Bahia e assumir outro posto. “É respeito ao time que dirijo. Meus princípios falam mais alto. Eu jamais pediria para sair do clube. O presidente disse que eu poderia pedir para sair mas eu não faria isso. Se tivesse um acordo, talvez”, explicou Jorginho.

Jorginho admite que nem sempre os clubes “bancam” a permanência dos treinadores, principalmente, quando os resultados não aparecem. “Hoje eu sou técnico do Bahia. Amanhã vai saber… Eu tomo duas porradas e to fora”, reclamou.

A situação do Bahia, com 28 pontos, oito a mais que o Palmeiras, é menos delicada no campeonato brasileiro. Jorginho assumiria um time na zona da degola, em situação crítica. Mas isso não o preocuparia. “Do décimo colocado pra baixo, todos correm risco de rebaixamento. O Bahia e o Palmeiras estão nesta situação”, avalia.

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Jorginho, em 2009, quando foi treinador do Palmeiras


Saída de Felipão não é garantia de reação
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Leandro Quesada

A demissão de Felipão por si só não basta para salvar o Palmeiras da degola. A decisão tomada pela diretoria palmeirense repete a filosofia antiga de demitir o técnico e preservar o grupo de jogadores, entendendo que tal atitude é a maneira mais correta para mudar o rumo das coisas.

A maioria dos conselheiros pressionava o presidente Arnaldo Tirone a mandar embora o pentacampeão mundial. Deu certo.

Eu, sinceramente, não penso que a saída do técnico será suficiente para que a equipe possa reagir no Brasileirão. É uma aposta perigosa que em vez de dar certo pode complicar, definitivamente, a situação da equipe. Um verdadeiro tiro no pé.

O Palmeiras, no entanto, considera que a demissão de Felipão e a chegada de um novo treinador poderá mexer com o elenco na reta final do campeonato.

A impressão é que Felipão é o único culpado pela campanha sofrível realizada pelo Verdão no Brasileirão 2012. Não é!!! O time está abaixo do nível que o clube merece. É fato. Mesmo assim, a presença na zona de rebaixamento não se justifica. Outros times são inferiores ao Palmeiras e estão em uma posição melhor na classificação.

A questão da saída de Felipão é uma repetição de outras quedas de treinadores nos últimos anos. Luxemburgo foi demitido na calada da noite, Antônio Carlos teve pouco tempo e Muricy não emplacou. É inexplicável o Palmeiras contar com profissionais reconhecidos e fracassar na maioria dos torneios.

A demissão livra a “cara” de Felipão. Se o time cair, ele poderá dizer que tiraram a possibilidade de ajudar o time a fugir da segundona.

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