Blog do Quesada

Arquivo : janeiro 2013

Paulo Nobre: A reconstrução
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Leandro Quesada

O mandato de Arnaldo Tirone terminou hoje. Com ele, o Palmeiras foi ao céu e desceu ao inferno. Com Tirone veio a conquista da Copa do Brasil e a queda para a serie B. Durante a administração, o time do Palmeiras viveu sérias crises de relacionamento entre a comissão técnica comandada por Felipão e alguns jogadores. A direção de futebol com Roberto Frizzo também teve relações complicadas com atletas e o treinador.

Tirone ficou isolado, sem apoio dentro da própria diretoria. Politicamente, ele sofreu do mesmo veneno pelo qual passaram outros mandatários: a insana oposição que esquece a instituição e ataca o indivíduo, algo histórico no Palestra Itália.

No campo de jogo, uma equipe razoável, longe da grandeza do Palmeiras, enganou muita gente com a conquista do primeiro semestre e naufragou com o rebaixamento no Brasileirão já no final de 2012.

A esperança agora é de uma administração mais profissional no futebol e na parte social, com menos disputas políticas no clube e a formação de um time forte e competitivo.

O novo mandatário vai tocar o novo projeto apoiado por uma torcida de vinte milhões de pessoas, contratos milionários de transmissão de TV e patrocínios na camisa e a nova arena prevista para ser inaugurada em setembro.

Por outro lado, o novo presidente terá de resolver problemas financeiros: as cotas do Paulistão de 2017 foram antecipadas e parte das do Brasileirão 2014, também. Cerca de 80 % das receitas estão comprometidas. A dívida alcança o patamar de 200 milhões de reais.

Boa sorte ao novo presidente do Palmeiras, Paulo de Almeida Nobre.

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Luan: “Tô de saco cheio”
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Leandro Quesada

As vaias da torcida palmeirense tiraram a paciência e o humor do atacante. Ao ser substituído, Luan indagado sobre a reação dos torcedores que o cobraram, disparou: “Tô de saco cheio”.

O estreante Fernando Prass acredita que as cobranças têm ligação com a queda do ano passado. “Foi o que aconteceu no Brasileirão. É normal a postura da torcida”, disse o goleiro.

O Palmeiras jogou mal na estréia do Paulistão mas as vaias foram feitas apenas no final da partida contra o Bragantino. “Tentamos fazer o melhor. Não há dúvida que precisamos corrigir (reforçar) o elenco. Deveríamos ter visto isto bem antes do início da temporada”, reclamou o técnico Gilson Kleina.

Depois da estreia, fica a pergunta: O torcedor não tem razão de mostrar a insatisfação com a atuação do time?

Com a eleição do novo presidente, rumos diferentes e dias melhores são esperados pela nação palestrina.

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Riquelme: Prós e contras
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Leandro Quesada

A tentativa de contratação do argentino divide opiniões no Palestra Itália, mexe com o imaginário do torcedor e cria a expectativa do surgimento de um novo ídolo na Academia de Futebol.

Contra o jogador Riquelme pesa o fato de não jogar há seis meses desde que resolveu deixar o Boca Jrs após a final da Libertadores 2012. A idade de 34 anos também é entrave no momento em que o meiocampista exige contrato de três anos para assinar com o Verdão.

A dúvida sobre o comprometimento de um jogador de difícil trato com os companheiros é algo que deve ser observado. Riquelme é um cara fechado no quesito relacionamento. Pergunte aos brasileiros que jogaram com Roman no Boca como é o argentino no dia-a-dia.

A alto salário não deve ser levado em conta. Jogador bom é jogador caro. O Palmeiras é grande e rico, consequentemente, deve arriscar com contratações deste quilate.

A favor do craque, o talento com a bola nos pés, a inteligência e a carreira vitoriosa. Em La Bombonera ele ganhou muitos títulos, sendo três Libertadores. No Villarreal levou o desconhecido time espanhol ao terceiro lugar na Liga 2004/05. Antes no Barcelona sucumbiu ao ser mal aproveitado.

A experiência de um craque que chama sempre a responsabilidade é o que o Palmeiras mais precisa. Jogador que não foge da raia, é respeitado e reconhecido pelos rivais, decisivo e com história no futebol.

Eu acho o máximo a contratação de Juan Roman Riquelme.

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Mano recusou R$ 1 milhão do Internacional
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Leandro Quesada

Nem mesmo a proposta astronômica convenceu Mano Menezes a assumir o colorado após a demissão da seleção brasileira. A proposta de 1 (um) milhão de reais (salário/mês) foi recusada por ele. Com o “não” de Mano, o clube do Beira-Rio abriu negociações com o ídolo Dunga.

O ex-técnico do Brasil resolveu “dar um tempo” até voltar a comandar algum time.

Penso que Mano fez o certo. É melhor sair de cena, deixar a poeira baixar e depois retornar sem muito alarde.

Dunga fez o mesmo após fracassar com a seleção na Copa de 2010. Ele quase caiu no ostracismo mas foi ressuscitado pelo Inter.

Ano que vem, Mano estará no mercado outra vez e, certamente, bem empregado. Mano não fez história na seleção mas não devemos tratá-lo com um treinador qualquer. Os trabalhos feitos no Grêmio e Corinthians foram reconhecidos à época em que dirigiu as duas equipes.

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O lance errado de Armstrong
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Leandro Quesada

As revelações feitas pelo ciclista Lance Armstrong ao programa de TV de Oprah Winfrey não aliviam a mancha que ele carregará na carreira para sempre. O americano confirmou o uso de doping durante algumas competições. Ele ganhou, por exemplo, sete vezes a tradicional Volta da França.

Atuar “turbinado” e tirar proveito de substâncias proibidas para alcançar o topo acaba com a dignidade de qualquer esportista de qualquer esporte. Uma vergonha.

Fico aqui me perguntando o que leva um esportista a fazer este tipo de “maracutaia”.

A causa social dele contra o câncer também não limpa as ações anti-desportivas que realizou de forma consciente e premeditada.

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Fato é que outros tantos esportistas já tiveram os nomes envolvidos com o doping. Nos EUA mesmo há uma série de casos.

Durante os Jogos Olímpicos de Londres o tema doping foi notícia. Eu abordei este assunto quando os americanos suspeitaram dos resultados de uma jovem nadadora da China.

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Os norte-americanos não suportam perder. Em jogos olímpicos, então, nem se fala. Os altos investimentos no esporte não permitem tropeços. E perder para a potência chinesa provoca uma pressão enorme na equipe de natação. Em Pequim, a China bateu o EUA, não nos esqueçamos!

A reação americana ao sucesso da chinesinha Ye Shiwen, de 16 anos, foi acusá-la de doping para alcançar as vitórias nos 400m medley e 200m medley.

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Golpe baixo de quem não sabe perder.

Os EUA já se envolveram em casos de doping. Um dos monstros do atletismo, Carl Lewis, teve o nome flagrado na seletiva meses antes das Olimpíadas de Seul, em 88. Mesmo assim, Lewis disputou os 100 metros rasos e ficou com a medalha de ouro já que o vencedor Ben Johnson foi pego no doping.

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A velocista Florence Griffith-Joyner se retirou das competições internacionais quando os exames antidoping ficaram mais intensos. Os tempos de Florence não foram superados até hoje, mesmo com todos os avanços na preparação dos atletas. Florence morreu jovem, aos 38 anos, vítima de asfixia.

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Outros atletas americanos foram flagrados na história olímpica. Em 2000, em Sidney, Marion Jones confessou o uso de anabolizante tempos depois, devolvendo as medalhas. Antes, em Barcelona 92, Bonnie Dasse (lançamento de martelo) e Jud Logan (salto com barreiras) foram pegos.

Seul-88 teve o famoso caso de doping de Ben Johnson e outros nove. Los Angeles-84 terminou com 12 dopings. Barcelona-92 (5 casos), Atlanta-96 (2), Sidney-2000 (10), Atenas-2004 (25) e Pequim-2008 (21 casos).


Corinthians mantém 10% de Martinez; Boca Jrs. terá maior parte
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Leandro Quesada

A passagem do argentino pelo Corinthians foi rápida e não deixará muitas marcas. A projeção era de que o argentino seria um sucesso no Timão. Não foi. Ele veio do Velez Sarsfield com muito cartaz mas fracassou.

Martinez não teve paciência, forçou a barra para ser titular, gritou via imprensa e pediu para sair. A cúpula corinthiana não queria um jogador insatisfeito com a reserva e decidiu liberá-lo. Uma atitude digna.

O Corinthians tinha 75% dos direitos econômicos de Martinez. Após a negociação com o Boca Jrs. ficará com 10% e o time de La Bombonera com a parte maior (o pai do jogador tem uma porcentagem dentro destes direitos).

O clube do Pq. São Jorge receberá cerca de 3 milhões de dólares nesta transação.

A ida de Martinez para o Boca Jrs. é um pedido de Carlos Bianchi. A curiosidade é que Martinez era torcedor do River Plate quando criança e afirmara que não vestiria a camisa do maior rival.

O hermanito já começou bem.

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Na mira de brasileiros, Nenê fica perto do Catar
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Leandro Quesada

O nome do atacante do PSG esteve envolvido no noticiário de alguns clubes brasileiros nos últimos meses. Ma mira do Corinthians, passando por Flamengo até chegar ao Santos.

Mas o destino do jogador de 31 anos deve ser mesmo o do futebol de um centro sem expressão mas com muito dinheiro.

O Al Gharafa fez proposta tentadora. Nenê considera que as chances de ser convocado pela seleção brasileira são pequenas (era sonho dele) e, neste caso, é melhor pensar no “pé de meia”.

Nenê seria boa opção para o Santos. Ao lado de Neymar e com as criações de Montillo e Marcos Assunção, o resultado seria excelente em campo.

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Nenê em ação pelo Santos (2002-2003)


Quem vai ficar com Marcos Assunção?
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Leandro Quesada

Parece até título de filme, não? Vale a pergunta depois que o experiente jogador ficou livre no mercado.

Como o Palmeiras não fez esforços para segurar o atleta mais importante na temporada de 2012, Marcos Assunção está solto e desimpedido. Ele espera uma boa proposta para atuar nesta temporada.

Ele se encaixa em qualquer time, creio. No Santos, por exemplo, para atuar no meio-campo com Arouca, Adriano e Montillo. No São Paulo, ao lado de Denilson, Wellington e Ganso. No Grêmio ou Atlético-MG, para citar mais algumas opções.

A experiência de quem atuou na Itália, Espanha e Emirados Árabes tem um peso muito importante.

O Palmeiras vai sentir a ausência deste meia de 36 anos, que cobra faltas como poucos (no Verdão foram 23 gols marcados em cobranças de faltas), tem passes precisos e organiza o setor em que atua.

A idade, infelizmente, gera certo preconceito mas isso não é nada perto do que Marcos Assunção já ultrapassou em matéria de outros preconceitos, inclusive racistas. Assunção é um guerreiro e um cara do bem.

Sorte do clube que contratá-lo. O Santos pode ser o destino mais provável. Ele teve duas passagens na Vila, onde conquistou o Rio-São Paulo em 97 e a Conmebol em 98. Identificação com as coisas do Peixe, Assunção tem de sobra. Este é um bom motivo para o retorno ao time que o projetou.

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Novidade: Messi é o melhor do mundo
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Leandro Quesada

Pela quarta vez o argentino leva o prêmio de melhor do mundo. No entanto, ele não é e não será melhor que o compatriota Maradona e muito menos se comparado a Pelé.

Lionel Messi é o mais destacado jogador desta atual geração que conta com Cristiano Ronaldo, Xavi, Iniesta e Neymar. Destes, Neymar é único com chances de ultrapassar o argentino.

Messi é genial, fantástico e decisivo. Se parar agora de jogar já terá inscrito o nome para sempre na galeria dos grandes craques do futebol. Messi tem muito “chão” pela frente. Outra tantas Champions, ligas espanholas e Copas do mundo.

Em 2014 ele estará em ação nos gramados brasileiros. Será um grande prazer vê-lo de perto. E, justamente, no Brasil, Messi poderá coroar a brilhante carreira com o título que ainda falta.

Parabéns, Lionel!

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Robinho: Milan libera, leiloa e endurece
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Leandro Quesada

O Milan vai arrancar até a última gota do Santos para ceder Robinho. A notícia de que o atacante não deixa Milão coloca pressão no clube paulista e também no Atlético-MG, outro interessado. A propósito, a entrada do Galo na disputa “estragou” o negócio que caminhava para o Santos. Os italianos vibraram quando apareceu outro time na disputa por Robinho. Eles cresceram os “olhos”.

Ao oferecer pouco mais de 9 milhões de euros, não aceitos pelo Milan, o time mineiro obrigou o Peixe a elevar a proposta para 10 milhões. O Milan, então, iniciou o leilão, algo comum quando clubes têm interesse por um jogador.

É fato: mais cedo ou mais tarde, Robinho será do Santos, com possibilidades ainda nesta janela de transferência. Como no caso de Pato no Corinthians, Robinho no Santos é uma “questão de tempo”, me disse hoje pela manhã uma pessoa que está envolvida na negociação, na Itália. A vontade do jogador de voltar ao Brasil tem um peso considerável.

A cúpula de futebol do Santos trabalha firme para repatriar o ídolo. É preciso reconhecer os esforços que o clube realiza para fechar este negócio. O Santos não está investindo mil reais nesta aquisição mas milhões e milhões de euros. Os torcedores santistas devem ficar esperançosos pois, ao contrário, da “negativa” da diretoria do Milan, via imprensa, o negócio não pode ser dado como encerrado.

O jogo segue do jeito como sempre foi: O Milan esfria a negociação e diz que Robinho fica, espera o Santos procurá-lo outra vez e volta a conversar sobre valores. A diferença financeira entre as partes não é grande suficiente para que a transação não seja feita. O vice do Milan, Galliani, retorna ao país dele, com a certeza de que o Santos não desistirá. Se puder arrancar mais dinheiro dos santistas, melhor. No caso de Ronaldinho Gaúcho foi assim também. “No quem dá mais”, o Flamengo superou Grêmio e Palmeiras.

Robinho, por sua vez, aceita até diminuir os salários para jogar na Vila.

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