Blog do Quesada

Santos e Corinthians fazem “final” antecipada
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Leandro Quesada

Dois dos favoritos ao título da Libertadores se enfrentam na semifinais da Libertadores. Semi com cara de decisão, histórica, dramática, cardíaca e imperdível. 

Corinthians e Santos medem forças na tentativa de chegar ao título. O Timão pela primeira vez e o Santos para alcançar o quarto troféu.

Os dois jogos entre Santos e Corinthians comprovam a boa fase destes times que nas últimas três temporadas estão entre os melhores. 

Os dois rivais encontrarão, justamente, os oponentes mais fortes até aqui.

A classificação Santos foi tão dramática quanto a do Corinthians. Nos pênaltis, o Santos venceu o Velez Sarsfield, na Vila Belmiro, depois de devolver nos 90 minutos a derrota na Argentina por 1 x 0.

Em dois jogos, o atual campeão da Libertadores não se apresentou bem. 

O futebol brasileiro garante mais uma vez a participação na finalíssima da Copa Libertadores. E tudo levar a crer contra o argentino Boca Jrs, favorito na outra semi.


Corinthians no suor, na raça e no sofrimento
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Leandro Quesada

O Corinthians está na semifinal da Libertadores da América.

E pra chegar lá, o Timão sofreu com uma atuação de pouca técnica mas com muita vontade, suor e raça.

Dizer o óbvio aqui é inevitável: mais uma vitória com o quesito sofrimento já comum na história deste centenário Corinthians paulista.

O time de Tite mandou bola na trave, errou nos passes, falhou na marcação, executou mal os chutes e teve no lance crucial do arremate de Diego Souza a chance de continuar vivo no jogo. 

Este lance foi marcante. O lateral Alessandro perdeu a bola e deu o contra-ataque para Diego Souza. O meia vascaíno avançou para o campo de ataque e ficou cara-a-cara com o goleiro corinthiano, que por sua vez fez uma defesa sensacional e inacreditável. 

Se não bastasse tudo isso, Tite foi expulso por reclamação. O técnico admitiu o erro: ''Não vou reclamar mais. Não deveria estar alí''. Tite, em cena inusitada, foi para a arquibancada e depois ficou colado no alambrado do Pacaembu, onde dava instruções aos jogadores. Em alguns momentos, Tite se confundia no meio da fiel torcida.

Aos 43 minutos do segundo tempo, Alex cruza na área para Paulinho de cabeça marcar o gol da classificação. 

O Corinthians deu um grande passo para chegar ao título. Faltam quatro jogos apenas. Na semi virá Santos ou Libertad do Paraguai ou Universidad de Chile. Uma certeza fica: sobra disposição mas é necessário se apresentar melhor para alcançar o maior sonho que é a conquista da Libertadores, pela primeira vez na história.


Drogba tem proposta de 12 mi euros da China
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Leandro Quesada

Quem quiser concorrer na disputa pelo futebol do atacante da Costa do Marfim terá de desembolsar mais do que a bagatela citada no título deste post.

Um time chinês, o Shangai Shenhua, ofereceu 12 milhões de euros livres de impostos. Ou seja, os valores serão maiores ainda para contar com o goleador.

A informação é importantíssima para os clubes brasileiros que ficaram sabendo da saída de Drogba do Chelsea, após o encerramento do contrato com os ingleses e, mesmo que por alguns minutos de devaneio, sonharam com tal reforço.

O jogador africano exigia a confecção de contrato por duas temporadas, enquanto o time londrino oferecia apenas um ano de vínculo.

Se o ''negócio da China'' sair, Drogba será companheiro do francês Anelka, ex-colega de Chelsea.


Leão não mordeu a isca
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Leandro Quesada

Juvenal Juvêncio pensou que Leão é peixe mas Leão é Leão.

Ao passar por cima da decisão do técnico e decidir pelo afastamento de Paulo Miranda, o presidente do São Paulo achou que Leão ficaria furioso e provocaria alguma briga que culminasse na saída do cargo.

Ledo engano do mandatário são-paulino. Leão não mordeu a isca. Ao contrário, engoliu o sapo, segurou a ''bronca'' e apostou na permanência dele que poderá render a Copa do Brasil inédita, na galeria de conquistas do tricolor. 

Ah! Paulo Miranda foi o ''boi de piranha'' desta história.

Depois do episódio, o mal-estar tomou conta da relação do técnico com a cúpula de futebol. Tudo errado no relacionamento que deve ser marcado pela sintonia, respeito e confiança. Se faltar um destes preceitos, o risco de não dar certo aumenta. No caso de Leão e São Paulo talvez não exista mais estes mandamentos citados.

Em breve, a ligação profissional entre os dois lados ficará insustentável.


Paulistas estreiam sem vitórias no BR 2012
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Leandro Quesada

A primeira rodada do campeonato brasileiro de 2012 foi cruel com as seis equipes do estado de Sao Paulo. Nenhuma vitória! Ainda é muito cedo para projetarmos os caminhos destes paulistas no Brasileirão, mas algumas dicas foram dadas. Corinthians e Santos são fortes quando escalados com os principais jogadores. Os reservas não seguram a ''bronca''. O Palmeiras sente muito os desfalques de Marcos Assunção e Valdivia. O São Paulo, a Lusa e a Ponte jogaram com o que têm de melhor, fracassaram e deixaram todos com a pulga atrás da orelha.

Palmeiras e Portuguesa empataram no Pacaembu, ainda no sábado, em jogo morno. A Lusa e o Verdão deixaram as torcidas preocupadas com a baixa qualidade das respectivas equipes. A do Canindé deve ficar atenta com o risco de rebaixamento outra vez e a da Academia com as poucas chances de conquistar título ou vaga na Libertadores, se o produto final não melhorar, consideravelmente.

O Corinthians reserva decepcionou contra os cariocas do também reserva Fluminense. Depois do primeiro tempo com muita disposição, o time de Tite errou passes, chutou sem mira e mostrou-se displicente. Os titulares foram guardados para o duelo com os vascaínos na Libertadores. Final da história: Flu 1 x 0.

A pior participação paulista foi a do Sao Paulo no Rio. O tricolor teve a vitória na mão com 2 x 1 no placar contra o Botafogo. A estrela de Herrera, no entanto, brilhou e o argentino, autor de três gols , ajudou o Fogão a vencer por 4 a 2.

A Ponte Preta tomou o tombo em casa. Mesmo no Moisés Lucarelli, a macaca foi derrotada pelo Atlético-MG.

O Santos sem Neymar, Ganso e cia. não passou de um empate sem gols com o Bahia, em Salvador.


Chelsea subverte lógica na conquista da Champions League
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Leandro Quesada

Os ingleses tiveram inúmeros obstáculos ao longo da disputa da grandiosa competição européia de clubes. Pedras que transformaram o caminho para o sucesso em um verdadeiro calvário. 

Motivos não faltaram para dificultar a conquista pela primeira vez do pomposo torneio de clubes do velho continente.

No futebol caseiro – campeonato inglês – uma campanha muito criticada por torcedores e jornalistas. A faixa etária avançada dos jogadores era apontada como fatal para o insucesso na temporada.

A troca do técnico português Vilas Boas pelo italiano Di Matteo, ainda sem expressão no cargo, era um empecilho no objetivo de levantar a Champions League.

Antes de todas as dificuldades da própria decisão, a equipe londrina por pouco não é eliminada pelo Napoli, nas oitavas. Depois disto encontrou o melhor time do planeta, o Barcelona e, em vez de estremecer, os blues foram para a final em Munique.

No estádio, na cidade e no país do rival Bayern, o Chelsea tinha um cenário aterrador. O último muro para ultrapassar. Tudo e todos contra. Equipe desfalcada, sem Ramires, por exemplo, herói da classificação contra o Barça, Alianz Arena abarrotado de germânicos, a deliciosa cerveja Hofbräu München na geladeira e a rivalidade anglo-alemã enaltecida neste duelo, transformaram o ambiente favorável aos Bávaros.

No jogo, primeiro foi o gol sofrido, depois o empate. Momento crucial no pênalte feito por Drogba e defendido pelo gigante Cech.

Na disputa final de pênaltes, o time da terra da Rainha, reverteu o placar de 3 x 1 e levou pela primeira vez na história a tão cobiçada taça da Champions League.

Dizem que com sofrimento, o valor das coisas aumenta, mas não precisava ser tão difícil, complicado e suado como foi para os novos campeões da Europa. 

O investimento de mais de 1 bilhão de euros feito pelo magnata russo Roman Abramovich, finalmente, transformou um time médio da Inglaterra em dos grandes da Europa. Dinheiro neste caso fez muito bem e deu resultado.


Hooligans assombram final da Champions League
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Leandro Quesada

Por Arthur Quezada

Sábado, dia 19 de março, os olhares do mundo inteiro se voltarão para o estádio Allianz Arena, em Munique. A cidade alemã será palco da final da UEFA Champions League 2011/12 – principal competição de clubes da Europa. Chelsea e Bayern de Munique medirão forças, em apenas uma partida, para definir o melhor time do velho continente. 

Dentro das quatro linhas um espetáculo imperdível para quem tem o mínimo de apreço por futebol. Fora do campo de jogo, o “hooliganismo”, um problema crônico da Europa chama atenção de todos e preocupa as autoridades. O termo começou a ser associado ao esporte na década de 1960 no Reino Unido, mas, rapidadamente, espalhou-se pelo continente europeu. Os Hooligans são uma espécie de gangues que ao longo dos últimos 50 anos promovem brigas e confrontos usando o futebol como desculpa para tais atos. 

A final da UEFA Champions League deste ano coloca frente a frente um time alemão e outro inglês. Assim como referência de bom futebol, os dois países são considerados polos de incidentes com Hooligans. 

Em 1985, por exemplo, o Estádio de Heysel, na Bélgica, foi cenário de uma das maiores tragédias do futebol mundial. Liverpool, da Inglaterra, e Juventus, da Itália – dois timaços, diga-se de passagem –  tinham tudo para fazer uma final de Champions League inesquecível. No campo, vitória italiana, 1×0, gol do lendário meio-campista francês Michel Platini. Mas os eventos que sucederam a partida tornaram aquela final inesquecível em outro sentido. Um ataque brutal de Hooligans ingleses contra a torcida da Juventus ocasionou 38 mortes e dezenas de pessoas feridas. Como punição, os clubes ingleses ficaram cinco anos afastados da competição – o Liverpool foi punido por seis anos. 

O incidente foi a gota d’água para as autoridades inglesas tomarem medidas enérgicas contra o vandalismo nos estádios e desde então uma espécie de “Caça aos Hooligans” foi iniciada. Mudanças radicais na legislação britânica, com punições extremamente severas, controlaram os incidentes envolvendo os vândalos ingleses. 

Entretanto, os Hooligans estão longe de serem extintos. Em 2006, na Copa do Mundo da Alemanha, confrontos entre vândalos alemães e ingleses foram registrados durante a competição. Nos últimos anos, os atos de “hooliganismo” cresceram no leste europeu, estendendo a preocupação para a disputa da Eurocopa 2012, que será realizada na Polônia e Ucrânia. 

De fato, os Hooligans ainda assombram as competições européias. Esperamos que no próximo sábado, o único confronto seja dentro de campo, com um jogo para ser lembrado pelo bom futebol de duas grandes equipes, como deve ser.

*Arthur Quezada é jornalista e está na Europa acompanhando a final da Champions League.


Santos e Flu bailam em ‘noches argentinas’
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Leandro Quesada

Santos e Fluminense se deram mal em Buenos Aires. Nenhuma novidade ao não ser pelas performances dos dois times abaixo da crítica. Mas nada para achar que o mundo acabou, ao contrário, com derrotas por resultados magros que podem ser revertidos nos jogos de volta no Brasil.

O Flu perdeu por 1 x 0 para o Boca Jrs. e comemorou o resultado. A comemoração se explica pelos vários desfalques no time carioca e pelas várias chances que os argentinos desperdiçaram.

Diego Cavalieri salvou o Flu de uma goleada, em La Bombonera, casa dos xeneizes. O goleiro teve grandes momentos e fez defesas difíceis.

Também na capital argentina, no estádio José Amalfitani,  o Santos fez uma atuação apática, longe da realidade técnica da melhor equipe do Brasil. Neymar e Ganso nem pareciam Neymar e Ganso. Também pela frente estava um adversário forte tática e tecnicamente. O Velez venceu por 1 x 0.

Mesmo com as derrotas diante dos ''hermanos'', eu aposto nas classificações de Santos e Flu para as semifinais da Libertadores.


Bayern x Chelsea: contagem regressiva para grande decisão
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Leandro Quesada

Por Arthur Quezada

A maioria dos clubes europeus está praticamente de férias. Os principais campeonatos e copas nacionais do continente chegaram ao fim. Uma temporada marcada por surpresas e títulos emocionantes, como a conquista do Manchester City, que depois de 44 anos se sagrou campeão da Premier League. A campanha avassaladora do Real Madrid, que com 100 pontos desbancou o Barcelona e faturou o caneco espanhol. O título impecável da Juventus, que de maneira invicta venceu o Campeonato Italiano. E o triunfo do Atlético de Madrid sobre o rival Athletic Bilbao, que garantiu o título da Liga Europa ao time da capital espanhola. 

Dentre todos estes títulos, ainda resta saber quem será o melhor time europeu da temporada 2011/12. Para conquistar a UEFA Champions League deste ano, Chelsea FC e Bayern de Munique se enfrentam neste sábado, às 15h45min (horário de Brasília). 

Os números dos dois times na competição são extremamente parecidos. Os alemães jogaram 14 vezes e somam 10 vitórias; um empate e três derrotas – com 25 gols marcados e 10 sofridos. Os ingleses, por vez, realizaram 12 partidas e contabilizam sete vitórias; três empates; e duas derrotas – com 24 gols a favor e 11 contra. 

Se neste ano as duas equipes possuem uma campanha parecida, historicamente, o Bayern de Munique leva uma vantagem enorme diante do rival. Os alemães faturaram 4 vezes a UEFA Champions League – a última conquista em 2001. Já o Chelsea tem como melhor colocação o vice-campeonato na temporada 2007/08. Não apenas a desvantagem histórica preocupa os ingleses. Apesar da vitória impressionante sobre o Barcelona na semifinal, o confronto com os catalães resultou em quatro desfalques importantes por suspensão, os titulares John Terry, Ramires, Ivanovic e Raul Meireles estão fora da final. Mas a campanha surpreendente, cautelosa e defensiva dos “Blues” parece ser a arma do técnico Roberto di Matteo para o confronto. Além disso, os ingleses precisam da vitória e do título para assegurar uma vaga na próxima edição da Champions – já que a equipe não conseguiu uma vaga pelo Campeonato Inglês. 

Pelos lados do Bayern, o otimismo tomou conta das ruas de Munique nesta semana. A equipe tenta repetir um feito que não ocorre desde 1965, quando a Inter de Milão conquistou a Champions dentro de seus domínios. Além da vantagem de jogar em casa, os alemães não possuem nenhum desfalque significativo e apesar do futebol, com características defensivas, apresentado ao longo da competição, o Bayern de Munique conta com um sistema ofensivo de respeito, com o francês Frank Ribery, o holandês Arjen Robben e o alemão Mario Gomez – vice artilheiro da competição com 12 gols. 

Por este fatores, os alemães podem ser apontados como ligeiros favoritos para o confronto. Mas de certo, podemos esperar uma final equilibrada e imprevisível – que virou febre em todas as manchetes dos veículos de comunicação europeus e se transformou no assunto principal nas ruas do velho continente.


A filosofia de Tite
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Leandro Quesada

O técnico encontrou uma forma de manter o elenco motivado e disposto na ''briga'' por lugar no time titular.

Quem está dentro sabe que apenas deslizes sérios podem custar a titularidade. Quem está fora da equipe tem a certeza de que uma hora a chance vai chegar. Justo, não?

Quem está em boa fase fica e perde a vaga apenas por motivo maior, uma contusão ou indisciplina, por exemplo. Já os reservas trabalham duro, na expectativa de conquistar o espaço.

Assim todos sabem que se não suarem a camisa não terão vida longa na equipe ou não encontrarão uma ''vaguinha''. 

Vejo Tite, hoje, como um dos melhores técnicos brasileiros. A honestidade dele no trato com os jogadores explica em boa parte o sucesso do Corinthians. Não tem sacanagem, como se diz na gíria dos próprios boleiros.

Alessandro deixou a equipe contundido. Volta agora por causa da contusão de Edenílson, que fazia atuações de nível.

Júlio César perdeu o lugar no gol, depois de um momento ruim. Cássio virou o dono da posição.

Jorge Henrique saiu da equipe por causa de lesão e, recuperado, reassume o posto no lugar de William que não emplacou.

Liedson só está fora por questão de condicionamento físico.

A filosofia de Tite tem dado resultado até aqui. Todos ligados, trabalhando com afinco e cientes das obrigações profissionais.