Blog do Quesada

Arquivo : julho 2013

Gobbi confirma doação de US$ 50 mil à família de Kevin
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Leandro Quesada

O presidente revelou que o Corinthians doará a quantia aos pais do garoto que faleceu após ser acertado por um sinalizador da marinha, disparado por um torcedor que estava na área destinada aos corinthianos, no estádio em Oruro, durante o jogo San José e Corinthians, pela Libertadores.

“O conselho do clube decidiu ajudar a família de Kevin. Este é o momento certo, depois de tudo que aconteceu. Vamos proceder da forma legal, passando pelo Banco Central. O valor é de 50 mil dólares”, confirmou Mário Gobbi.

Gobbi ainda se mostrou “confiante na liberação dos cinco torcedores que seguem presos” em Oruro.

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Kevin Espada, 14 anos, foi atingido por artefato e morreu na hora.


São Paulo e Corinthians, pós-fracasso na Libertadores, reiniciam temporada com esperanças e desconfianças
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Leandro Quesada

Depois da parada do Brasileirão, por causa, da Copa das Confederações, dois dos grandes rivais paulistas voltam a campo tentando provar aos torcedores e a si mesmos que já absorveram as eliminações na Libertadores.

Os dois apostaram bastante na competição sulamericana, mas fracassaram no torneio. O Corinthians ainda levou o Paulistão para minimizar os efeitos da queda no torneio da Conmebol.

O fato é que Tricolor e Timão estão devendo neste ano. Fato incontestável. São gigantes que precisam mostrar mais do que apresentaram em 2013.

Na volta aos jogos deste segundo semestre, logo de cara, eles disputam a primeira partida da final da Recopa, no Morumbi, com muitas expectativas e outras tantas desconfianças.

No caso do São Paulo, as esperanças caem nos ombros, ou melhor, nos pés de Luis Fabiano, Ganso e Jadson. Deles, se espera muito, por serem diferenciados. Jadson e Ganso, criadores de jogadas, e Luis Fabiano, o goleador. Passou da hora de enterrar as desconfianças que ainda rondam as atuações deles. Se estes três não resolverem, ficará difícil recuperar o caminho dos títulos.

Do lado do Corinthians, a perda de Paulinho foi um duro golpe. As perguntas ficam no ar: Como será sem ele? Quem poderá fazer a função parecida? É preciso trazer outro jogador ou Tite se vira com o elenco que tem? Pato segue sendo uma incógnita, Renato Augusto está voltando de contusão e Emerson deve mostrar que está focado.

O jogo desta quarta, no Morumbi, pode começar a responder algumas destas questões e tirar algumas destas dúvidas.

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¿Qué Pasó? Passou e passeou o Brasil…
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Leandro Quesada

Dizer que a seleção brasileira foi violenta é a tradução mais exata de quem não tem fair play para aceitar a derrota. Ao contrário, a defesa espanhola é que foi dura, inclusive com o cartão vermelho de Piqué depois da falta em Neymar.

O Brasil fez menos faltas duras que a Espanha. Para quem tem dificuldades com a matemática – talvez os espanhóis – La Roja bateu mais.

Foi uma das grandes atuações da seleção na história. Os 73 mil que estiveram no Maracanã e os milhões em frente aos televisores viram uma atuação de gala.

O time de Felipão foi senhor das ações na maior parte do tempo. Embora tenha tido 48% de posse de bola contra 52% da Fúria, o Brasil foi mais objetivo e preciso na hora de atacar.

Oscar e Fred perderam duas chances reais de gol ainda no primeiro tempo. O placar poderia ter sido 4 x O nesta etapa. Ou melhor, 4 x 1, já que David Luiz salvou o gol de Júlio César. Mas o placar de dois a zero (com gols Fred e Neymar) deu a segurança para chegar ao título.

No segundo tempo, logo aos dois minutos Fred fez o terceiro e último gol.

A Espanha de Del Bosque parecia não acreditar no que estava vendo. Felipão deu um banho tático no colega espanhol: Marcação forte e leal, velocidade, precisão nos passes e vontade de ganhar explicam a vitória histórica contra a melhor seleção do planeta.

Com a conquista, a seleção brasileira recupera a imagem, volta a ter reconhecimento internacional e dá a Felipão o suporte para seguir o trabalho sério rumo ao hexa.

Neymar, Fred, Paulinho, Júlio César, David Luiz, Thiago Silva, Luiz Gustavo ficam em alta na seleção depois da competição. Hoje podemos dizer que temos um time, que sabemos como ele joga e que conhecemos a força que tem para vencer a melhor seleção do momento.

Já a Espanha percebeu que se não inventar outras formas de jogar, voltará mais cedo para casa em 2014, quando a Copa for disputada aqui no Brasil.

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Hoje não tem ‘Maracanazo’ e nem as ‘Touradas de Madrid’
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Leandro Quesada

Esqueçam 1950.

Barbosa não estará aqui no Maracanã e nem Máspoli, Ghiggia e Schiaffino. Friaça, Zizinho e Ademir Menezes, idem. O capitão Obdulio Varela não comandará a Celeste em campo. O soldado Zagallo não espiará a partida. As duzentas mil pessoas do duelo decisivo também não. Este encontro foi uma das mais sentidas derrotas do futebol brasileiro em todos os tempos. Ficou no passado!

Antes do ‘Maracanazo’, a seleção brasileira goleou a Espanha no quadrangular decisivo também no velho Maraca – ops! novo e recém-construído. A época, a ‘Fúria’ era uma equipe mediana que não botava medo em ninguém. Aquele cenário não tem nenhuma ligação com o atual. O placar de 6 x 1 construído pelo Brasil de Flávio Costa, dificilmente, será repetido. A canção que embalou aquela goleada, ‘Touradas de Madrid’, de Braguinha, cantada por todo o estádio é outro símbolo do passado.

Na Copa de 50, o futebol brasileiro aprendeu com o duro golpe, cresceu, ficou adulto e iniciou o aprendizado para oito anos depois iniciar a maior hegemonia de uma seleção na história. De 58 a 70, o Brasil de Pelé conquistou três Copas do mundo e levou para sempre a Jules Rimet. Ah! Jules Rimet. Este sim o maior presidente da Fifa em todos os tempos.

Hoje, não teremos o ‘Maracanazo’ e as ‘Touradas de Madrid’ que fazem parte das páginas mais importantes do livro da história do futebol nacional.

A finalíssima desta noite tem Felipão, Del Bosque, Neymar, Iniesta e cia. O futebol brasileiro vive uma fase de reconstrução da equipe e da recuperação da auto-estima perdida nos últimos quatro anos com o seguidos fracassos da seleção. Do outro lado, os espanhóis – melhores do mundo na atualidade – apreensivos com o duelo diante do time mais famoso do planeta.

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Brasil recupera status; Espanha segue ‘melhor do mundo’
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Leandro Quesada

Um jogo de futebol nem sempre diz tudo sobre a força de dois gigantes. Exatamente, no duelo deste domingo no Rio, até podemos mas não deveríamos elevar e nem diminuir o que estas duas seleções representam no cenário futebolístico de hoje. A Espanha é a atual campeã mundial e bicampeã européia. O Brasil, o maior campeão de todos os tempos, estagnou nos últimos quatro anos, acumulando fracassos nas principais competições disputadas na África do Sul, Argentina e Inglaterra.

Uma derrota para a Espanha não terá impacto suficiente no aspecto ‘acerto tático’ da equipe, algo que Felipão conseguiu construir em um mês seguido de trabalho. A tal ‘cara de Felipão’ foi dada ao time. Hoje, todos sabem como a seleção brasileira joga. Ponto para Felipão.

Uma vitória do Brasil no Maracanã devolve a autoestima ao selecionado mais famoso do planeta, claro. Neste aspecto seria fundamental ganhar no cenário composto por Rio, Maracanã e setenta mil torcedores.

A Espanha é a melhor seleção da atualidade, não há dúvida, e seguirá sendo assim. Já o Brasil está sendo configurado por Felipão e a participação na Copa das Confederações o recoloca entre os melhores, novamente.

O título coroa a recuperação do futebol da seleção brasileira. Seria bom para o currículo de cada um levantar a taça no velho novo Maraca. Mas se não vier, uma semente para a Copa de 2014 está plantada.

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Brasil x Espanha. Agora eu quero ver!
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Leandro Quesada

O jogo mais esperado entre seleções nos últimos cinco anos, finalmente, será disputado. Na Copa das Confederações de 2009 na África do Sul, os EUA tiraram a Espanha da final contra o Brasil de Dunga. No ano seguinte, na Copa do mundo, na mesma África, foi a vez da Holanda eliminar a seleção brasileira e mais uma vez, o tão esperado duelo entre Brasil e Espanha foi adiado.

Agora não tem conversa. Domingo no Maracanã, a prova de fogo será dada.

No Castelão, os italianos tentaram e quase desbancaram os espanhóis da finalíssima. O principal quesito do futebol espanhol, a posse de bola, por pouco não foi igualado pelos italianos: 46% contra 54%.

A Itália segurou a Espanha com forte marcação. Assim, o time de Del Bosque falhou mais na troca de passes. Iniesta, bem marcado, errou mais do que, normalmente, erra.

Esta é uma lição importante para a seleção de Felipão. Ao atrapalhar as ações do craque Iniesta, os italianos impediram a criação de jogadas mais perigosas. O Brasil pode fazer o mesmo e com um ponto positivo: o ataque brasileiro é muito mais atuante e perigoso que o da squadra azzurra.

Depois do empate sem gols no tempo normal, os europeus foram para a prorrogação. Dois times cansados pelo fim da temporada européia e o calor de Fortaleza não conseguiram chegar ao gol. Nos pênaltis, além do desgaste físico, teve o mental. A Espanha se superou, não perdeu uma cobrança e ficou com a vaga.

Brasil x Espanha decidem a Copa das Confederações, domingo, dia 30, 19 horas, no novo Maracanã.

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Felipão preserva zagueiros e destaca menos faltas que Uruguai
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Leandro Quesada

Foi dramático como sempre, nervoso como nunca, suado, acirrado e disputado. Assim foi no Mineirão, no duelo Brasil 2 x 1 Uruguai.

Antes mesmo de responder a primeira pergunta, feita por mim na coletiva, Felipão abriu um papel com as estatísticas do jogo. Mais tarde, ele lembrou que a seleção fez menos faltas que os uruguaios. “Olha! Posse de bola: 65% para o Brasil, 35% para o Uruguai. Fizemos 14 faltas, catorze! Viu! Uruguai fez 24, vinte e quatro. Ah! Eu não estou ignorante, tá!”, respondeu, com um leve sorriso no rosto, o técnico do Brasil.

Dois momentos que poderiam ter sido cruciais para a classificação foram minimizados pelo treinador. O pênalti de David Luiz em Lugano e o “passe” dado por Thiago Silva para Cavani marcar não foram tratados por ele. Uma forma de preservar os zagueiros brasileiros. “Não jogamos bem, todos viram e sabem. Os jogadores também sabem. Nós precisamos melhorar alguns aspectos. A David e Thiago sentiram dores nas pernas”, finalizou.

David Luiz explicou que fez “o pênalti pois o Lugano poderia fazer o gol”.

Já Thiago Silva admitiu o erro: “Eu senti uma pancada na perna e não conseguiria chutar pra longe. Foi um erro passar a bola”.

Sem levar em conta estes dois lances, David Luiz e Thiago Silva fazem uma boa Copa das Confederações, na minha visão.

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Júlio César descarta favoritismo de Brasil e Espanha nas semifinais
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Leandro Quesada

As seleções brasileira e espanhola fizeram campanhas com aproveitamento total de pontos até aqui. Elas venceram as três partidas na fase de grupos da Copa das Confederações. Inclusive, bateram a Itália, no caso do time de Felipão, e Uruguai, no caso da equipe de Del Bosque.

Júlio Cesár, goleiro da seleção brasileira, não vê favoritismo para brasileiros e espanhóis nos jogos das semifinais, Brasil x Uruguai e Espanha x Itália.

“Não vejo favoritismo. É um clássico sulamericano. Eu lembro da Copa América de 2004 e a de 2007, quando ganhamos nos pênaltis. Sempre é uma partida equilibrada e difícil, decidida nos detalhes. Apesar de jogarmos em casa, não somos favoritos. O Uruguai conhece bem o Brasil”, comentou.

“A Espanha, com todo respeito, vem jogando um futebol lindo e encantando o mundo inteiro, mas no futebol é onze contra onze e vai encontrar a seleção italiana, que também deve ser respeitada. A Itália tem história, quatro títulos mundiais. A Espanha está muito bem entrosada mas tem este desafio pela frente que é a Itália”, completou.

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Uruguai bate Brasil na final da Copa de 5020130624-223925.jpg
Espanha trucida Itália na final da Euro 2012


Brasile e Italia, il grande gioco di calcio
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Leandro Quesada

É sempre assim quando os maiores campeões mundiais se encontram em jogos importantes. A nova arena Fonte Nova viu a suada vitória brasileira por 4 x 2 sobre os italianos.

Foi um grande jogo, intenso, disputado, com 45 faltas e vibrante com seis gols.

Logo no início o time de Felipão mostrou que não seria fácil para a squadra azzura. No ataque, bem ofensivo, os brasileiros insistiram em chegar ao gol que veio apenas no final da primeira etapa com Dante. A seleção teve 67% de posse de bola nesta etapa.

No segundo tempo, a posse diminuiu e a Itália tentou ganhar os espaços. Nas estatísticas finais, a diferença foi de dez por cento a mais que os italianos no quesito bola nos pés. Embora a Itália tenha buscado o empate a todo instante, em nenhum momento do duelo, o Brasil deu mostras de que deixaria a vitória escapar. “Era natural que a Itália buscasse o controle da bola por mais tempo. Isso deixou o jogo mais equilibrado”, considerou Hernanes, único jogador desta seleção que atua no futebol italiano.

Neymar fez um golaço de falta sem chance de defesa para Buffon. Depois Fred, finalmente, desencantou ao marcar duas vezes. “Eu já estava me sentindo incomodado com o fato de ficar sem marcar gols. Agradeço os meus companheiros em campo e a fisioterapia que tem me deixado pronto para os jogos”, comemorou Fred.

A seleção brasileira fez forte marcação e até exagerou em alguns lances. Neymar fugiu um pouco das características para ajudar o sistema de marcação ainda no campo de defesa da Itália. O esforço deu a ele o cartão amarelo. Foram 27 faltas feitas pelos brasileiros contra 18 dos rivais. “Os atacantes estão aprendendo a fazer a marcação”, observou o zagueiro David Luiz.

Veja as estatísticas da Fifa:

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Viva a COPA das MANIFESTAÇÕES!
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Leandro Quesada

A Fifa deveria se curvar ao momento histórico vivido nas ruas das mais importantes cidades do Brasil e mudar o nome da Copa das Confederações para COPA das MANIFESTAÇÕES. Mas as pessoas não deveriam culpar o futebol pelos problemas sociais do país. A seleção brasileira não tem culpa e a Copa das Confederações também não pelos problemas sociais do Brasil. Não devemos ter raiva de Felipão, Parreira, Neymar e cia. Eles são brasileiros como todos nós. As seleções da Espanha, Itália, Uruguai, Taiti, México, Japão e Nigéria não merecem ser tratadas com raiva. Não nos esqueçamos que milhares de brasileiros vivem no exterior, por favor.

É compreensível que o futebol chame tanto a atenção da mídia e usá-lo pelos manifestantes, no melhor sentido da palavra, como o canal mais amplo para atingir os objetivos das manifestações populares é o ideal. As tevês, rádios, jornais e portais de internet ainda seguem como veículos de comunicação fundamentais para a propagação das notícias. O facebook, me desculpem, não atinge com o mesmo poder da dita “imprensa clássica”.

A ‘imprensa’ ainda é e será por muito tempo o quarto poder. E feita também por gente como a gente, que anda de ônibus, paga impostos, toma pileque e por aí vai.

A Fifa é dona do ‘negócio futebol’ mas deve entender que o esporte mais popular do mundo faz parte do nosso dia a dia. Portanto, ele está inserido no nosso contexto cultural e histórico. Como leva milhares de pessoas aos estádios e coloca milhões em frente aos televisores ou com os radinhos de pilha colados aos ouvidos, o futebol é também um canal para reivindicações.

Nós brasileiros devemos entender que o Brasil se candidatou ao posto de sede da Copa do Mundo de 2014. O processo, ao que consta, foi lícito, no entanto, devemos discutir os custos desta festa. As autoridades têm a obrigação de dar explicações sobre os quase 28 bilhões de reais de dinheiro público gastos nas obras dos estádios. Aproveitemos para cobrar também o superfaturamento nas construções de escolas, hospitais, estradas, pontes e aeroportos, para citar alguns. Outros aspectos como alto custo de vida, criminalidade e vandalismo que assustam os brasileiros merecem uma solução imediata.

Voltemos ao futebol. O futebol na Suíça, terra do presidente da Fifa, talvez tenha outro contexto, mas aqui em terras Brasilis a conversa é outra. Blatter precisa entender que o fair play nem sempre é possível aplicar dentro de campo e fora dele, nas arquibancadas e nas ruas, também.

A Copa das Confederações no Brasil já entrou para a história do esporte mundial. Nas próximas décadas, as escolas do mundo todo, contarão que o povo do país do futebol vestiu as chuteiras da pátria, foi às ruas, gritou, levou cartazes e questionou as coisas erradas do Brasil. E vão dizer também que não somos mais tão bobos como antes.

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