Não vamos chutar o traseiro de Jerome Walcke
Leandro Quesada
Guardem bem este nome: Jerome Walcke, secretário geral da Fifa, segundo homem mais forte da entidade, atrás de Joseph Blatter.
É dele a frase: “Vocês precisam se pressionar, levar um chute no traseiro e fazer a Copa do Mundo”, disse Jerome Walcke, irritado com a demora na organização da Copa e a aprovação da Lei geral da competição.
O Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo reagiu às declarações desrespeitosas do dirigente.
O deselegante e malcriado secretário deveria expor a própria região glútea se assim preferir já que deu a infeliz ideia.
A falta de respeito de Walcke com o Brasil, ao criticar a condução da Lei Geral da Copa, cria um mal-estar que beira o insustentável na relação da entidade com o País da Copa de 2014.
A Fifa quer prevalecer o acordo com o governo brasileiro sobre a venda de bebidas alcoólicas, por exemplo. Na minha visão, se o Brasil aceitou antes as regras da organizadora do mundial, deve agora cumprir a palavra.
O impasse não pode, no entanto, provocar a ira de Walcke. Partir para as ofensas não resolve nada e ainda aumenta a rusga no relacionamento entre Brasil e Fifa.
A presidente Dilma Roussef deveria dar um “cala boca” nesta figura. Assim mostraria que não aceitamos este tipo de tratamento com o futebol pentacampeāo mundial e com o nosso país.
O senhor Walcke deveria saber que o Brasil é uma nação soberana e democrática, com liberdades de expressão, com direitos humanos, a lei Maria da Penha e leis contra o racismo.
E para ratificar o sugerido na manchete deste texto, os brasileiros não chutarão o traseiro dele.