Corinthians, o legitímo bi-campeão do mundo
Leandro Quesada
Doze anos depois da conquista no Maracanã, o Corinthians levanta o segundo título mundial de clubes da Fifa. Foi em Yokohama, palco da conquista do penta da seleção brasileira na Copa de 2002. No local, outros brasileiros também foram campeões: São Paulo em 2005 e Internacional no ano seguinte. O local é fonte de inspiração para o futebol do Brasil.
Tática perfeita O técnico armou o esquema baseado no equilíbrio da defesa e do ataque. Passando pelo meio-campo ágil e criativo. É lógico que nem tudo deu certo. Dou outro lado estava o forte time do Chelsea, campeão da Europa.
O clima de Pacaembu esteve dentro do Yokohama Stadium. Milhares de corinthianos criaram uma atmosfera favorável no local. Os jogadores do Timão sentiram isso, com certeza. A fiel torcida é um caso à parte nesta vitória.
Cássio fez uma monstruosa atuação. Ele defendeu até vento no jogo final no Japão. No estádio em que Marcos (pela seleção na Copa de 2002) e Rogério Ceni (no Mundial de clubes de 2005) fecharam o gol, Cássio repetiu as performances dos outros goleiraços. “Petr” Cássio foi escolhido o melhor jogador do Mundial.
Paulo André teve atuação firme. O zagueiro jogou sério, na bola o tempo todo. Liderou a defesa na tarefa de parar Torres, Mata, Hazard e depois Oscar.
Jorge Henrique cumpriu todas as missões. Na marcação, na cadência do jogo e na parte ofensiva. Jogadorzaço.
Danilo foi fundamental pela frieza com que dita o ritmo da equipe. É o jogador mais europeu do Corinthians. Ele causou inveja ao Chelsea.
O predestinado Guerrero foi o herói da conquista. Ele viajou ao Japão correndo o risco de não disputar o Mundial de clubes por causa de uma contusão no joelho. Mas ele se recuperou, jogou e fez os gols nas partidas contra Al Ahly e Chelsea. Guerrero faz jus ao sobrenome que carrega.
Tite é o cara. No intervalo de um ano e doze dias, o técnico conduziu o Timão nos títulos do Brasileirão (4 de dezembro de 2011), Libertadores (4 de julho de 2012) e Copa do mundo de clubes (neste 16 de dezembro).
O segundo título coloca o Corinthians no mesmo patamar do Santos, também bi mundial.