Atletas e Federação de atletas devem trabalhar juntos
Leandro Quesada
A união faz a força, diz o ditado. Que seja assim. A discussão de quem fez primeiro ou deixou de fazer parece fora de contexto neste momento em que um movimento forte começa a ganhar corpo.
Se o sindicato dos atletas não fez mais não foi por falta de esforço, mas pela falta de maior participação dos atletas nas últimas décadas. A alienação acompanha a classe de boleiros faz tempo, opinião compartilhada pelos próprios jogadores. Que o digam Afonsinho, Sócrates (já falecido) e cia.
Neste momento é preciso unir forças no sentido de discutir um calendário mais humano, que respeite o tempo necessário para descanso (férias) e preparação e não alimentar a postura de trocar farpas ou coisa do tipo.
O sindicato não deveria ficar ofendido com a reivindicação dos jogadores, liderados por Paulo André, do Corinthians. Já os atletas deveriam agora usar melhor o sindicato para atingir os objetivos. Vejo assim. Sem frescuras, com inteligência, participação de todos e liderança.
Os clubes têm papel importante nesta discussão, por causa das várias obrigações de empregador, dentre elas a de pagar os salários dos jogadores em dia e, ao mesmo tempo, a de cuidar mais do próprio patrimônio.
E quando falo todos, incluo também a CBF, que poderia ter bom senso para repensar o calendário do futebol brasileiro.