Blog do Quesada

Arquivo : agosto 2013

Assessor descarta ‘ressurgimento’ de Kaká no Brasil
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Leandro Quesada

Contratado por 65 milhões de euros pelo Real Madrid em 2009 (a quinta transação de jogador mais cara da história), Kaká nunca conseguiu emplacar no time merengue o futebol de melhor do mundo praticado no Milan, o clube anterior.

O alto investimento feito pelos espanhóis não deu retorno. Ele conviveu com lesões constantes – pubalgia, joelho e musculares – que o atrapalharam bastante. A imprensa espanhola se apressou em dizer que Kaká tem “pubalgia vitalícia“. Já o Milan negou, veementemente, ter negociado o meia-atacante contundido com os madrilenhos.

Em pouco mais de três temporadas no Real, Kaká não completou cem jogos como titular no time da capital espanhola.

O retorno ao futebol brasileiro poderia marcar o ressurgimento de Kaká no futebol. Em algum clube do Brasil, ele teria a chance de ser melhor cuidado, acompanhado por profissionais de primeira categoria e altamente qualificados. Para quem sonha com a seleção brasileira, seria uma tacada inteligente jogar no país da Copa de 2014.

Mas há um entrave como destaca o assessor de comunicação de Kaká, Diogo Kotscho: “A janela de transferência está fechada para voltar ao Brasil e Kaká não pode esperar até o início do ano que vem“.

Kaká tem apenas 31 anos. A idade, portanto, não é barreira para algum time demonstrar interesse. Os salários, no entanto, estão no patamar do astro internacional que é. Kaká precisaria abrir mão de parte do dinheiro que ganha. Conhecendo Kaká, acredito que o aspecto financeiro tem menos peso do que o enorme desejo de voltar a jogar em grande estilo.

Acho difícil que ele fique na Espanha, em outro clube. O caminho seria a Inglaterra e a Itália. O Kaká tem muito carinho pelo Milan. Eu falei pra ele que se a vontade é jogar na seleção é importante resolver a situação”, concluiu Kotscho.

20130829-212914.jpg Kaká é destaque no Marca da Espanha


Perto da Copa, o Brasil se curva aos vândalos dos estádios
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Leandro Quesada

As novas arenas da Copa de 2014 já sofrem com a violência do “seleto” grupo de baderneiros, vândalos e criminosos travestidos de torcedores de futebol. Não importa o local, a cidade, o time e o jogo, eles querem é brigar com outros, depredar os patrimônios, desafiar os policiais e as autoridades e mostrar à sociedade que estão acima das leis.

As cenas do confronto envolvendo corinthianos e vascaínos no Mané Garrincha não são nenhuma novidade. Neste campeonato brasileiro, em Brasília mesmo, outras confusões foram registradas. Em outras praças esportivas em Salvador, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte, os cenários violentos ultrapassaram os interesses maiores do futebol.

Vasco e Corinthians podem pagar caro pelos atos ilícitos dos torcedores. Assim que denunciados no STJD e, posteriormente, punidos com a perda de mandos de jogos – de um a dez.

A política de tolerância zero é defendida por muitos. “Esta situação deve ser tratada como uma questão de segurança pública. A lei hoje existe mas não é aplicada“, diz Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo.

A lei diz que invadir o campo, causar tumulto e brigar no estádio têm uma pena de reclusão de um a dois anos e multa. Mas se a pessoa não tiver antecedentes pode ser proibida de frequentar os estádios no prazo de três meses a três anos. A Lei não está sendo aplicada e a prova são essas pessoas que vão aos estádios e postam fotos nas redes sociais”, questiona o advogado.

A pena deve ser criminal, com o banimento dos estádios por três anos”, defende Carlezzo.

A tentativa de dissolução das torcidas organizadas do Ministério Público Estadual será inócua mais uma vez. Por anos vimos esta postura e a violência não diminuiu. A questão não é o torcedor organizado ou não-organizado mas o torcedor violento, que deve ser tratado pela lei brasileira, sendo ou não integrante de alguma associação.

Se as autoridades públicas e policiais, governos de todas as esferas, políticos de forma geral e dirigentes de clubes seguirem com a postura de passar a mão na cabeça destes vândalos, de nada vai adiantar qualquer iniciativa de impedir as ações estúpidas dos mesmos.

Enquanto isso, as cenas se repetem:

20130827-214836.jpg Briga entre corinthianos e vascaínos

20130827-214935.jpgConfronto de torcedores do Flamengo e São Paulo, em Brasília

20130827-215306.jpgVascaínos e flamenguistas são detidos no Rio


São Paulo encerra a ‘urucubaca’
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Leandro Quesada

Depois de doze rodadas sem vencer no Brasileirão, finalmente, o Tricolor paulista chutou o jejum e encerrou a série negativa. A vitória sobre o Flu de Luxa não foi suficiente ainda para fugir da zona de rebaixamento mas o importante foi vencer para acabar com a fase de tropeços. A última vitória tinha sido contra o Vasco (5 a 1), no dia 29 de maio.

O resultado devolve a auto-estima aos jogadores são-paulinos. Os discursos mudam agora e na prática, a virada tão esperada pode ter tido início.

O futebol apresentado pelo time de Autuori, ao mesmo tempo que mostra a possibilidade de fugir das últimas posições, também abre o questionamento sobre o que teria ocorrido para queda tão brutal ao longo do Brasileirão.

Se o Tricolor paulista jogasse sempre assim, certamente, em um torneio tão equilibrado, estaria lutando por vaga na Libertadores e até pelo título.

A má condução administrativa durante os últimos meses com Adalberto Baptista, o rendimento ruim de alguns jogadores, a falta de ‘liga’ no trabalho de Ney Franco e o relacionamento ruim entre alguns atletas explicam parte do fracasso do São Paulo.

No dia em que Paulo Autuori completou 57 anos, quem presenteou os 55 mil torcedores foi o time, com uma boa atuação e a vitória no Morumbi.

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Dirigente desmente e-mail ofensivo chamando o Corinthians de gambá
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Leandro Quesada

A assessoria de imprensa do Luverdense enviou um e-mail para alguns jornalistas, dentre eles, Frank Fortes, da Rádio Bandeirantes, com ofensas ao Corinthians e insinuando que a arbitragem poderá ajudar o time paulista no jogo da volta.

Veja o e-mail:

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Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Sérgio Papellin, diretor executivo do Luverdense desmentiu que ele tenha sido o responsável pela mensagem: “Fiquei surpreso. Não sou nenhuma criança no futebol e aprendi a respeitar os outros. Não sei como saiu este e-mail, talvez um hacker tenha feito. Eu fiquei chateado com a situação. Nunca faria isso.”

Então quem é o responsável já que o endereço eletrônico é o oficial do Luverdense? A resposta de Papellin: “Vou apurar quem foi o responsável pela mensagem. Se for preciso até com a ajuda da justiça. Vamos investigar e se for o caso, demitir quem fez isso.”

Ao saber do teor do e-mail, o diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade preferiu evitar polêmicas: “Eu fico com a verdade do executivo do Luverdense. Eu acredito nele. É melhor assim.”

Sigo com a opinião de que o Corinthians é o melhor time do Brasil. Favorito no jogo da volta contra o Luverdense”, minimizou Papellin que se diz “corinthiano desde criancinha.”


Palmeiras mostra que brigará por vaga na Libertadores
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Leandro Quesada

Em boa atuação, na noite desta quarta, no Pacaembu, o Verdão encarou a situação de enfrentar um rival da série A e espantou as dúvidas sobre a força da equipe em encarar uma competição – Copa do Brasil – com qualidade superior à da Série B. “Ela (a vitória) devolve a confiança ao time depois de pegar outro que faz uma campanha boa na Série A”, comemora Gilson Kleina.

O Palmeiras jogou bem contra os paranaenses do Atlético, no setor ofensivo. Já na defesa, em alguns momentos, deu espaços para o adversário. Se o ataque atleticano tivesse mais qualidade, a história poderia ter sido outra. Este é um aspecto que será ajustado por Kleina.

O placar construído dá ao Palmeiras a possibilidade de apenas empatar em Curitiba para alcançar a fase de quartas-de-final.

O atual campeão da Copa do Brasil, ao contrário do que disse o incansável Márcio Araujo, não é um ‘azarão’ na luta pelo título da Copa do Brasil. O estágio de futebol palmeirense permite que a torcida sonhe com as conquistas do torneio e a da vaga para a Libertadores.

20130821-222337.jpgVilson, autor do gol


A volta de Ramires é a prova de que Felipão não guarda rancor
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Leandro Quesada

Felipão tem autonomia para fazer o que bem entender na seleção brasileira. No entanto, em vez de usá-la sozinho, ele prefere dividir as decisões com o fiel escudeiro Murtosa e o tetra Parreira. A sintonia entre estas figuras explica parte do sucesso da seleção brasileira na Copa das Confederações.

Felipão não tem tempo para guardar rancores ou mágoas de quem falhou com ele e com o time nacional. Ele quer manter o grupo forte, se possível melhorar a qualidade do elenco e, claro, ganhar a Copa do Mundo.

Ramires pediu dispensa por causa de uma lesão e não se apresentou na data marcada, dois dias antes do jogo contra os russos, em Londres. Mesmo entregando depois o atestado médico do Chelsea, a ausência na apresentação oficial não foi bem vista pela comissão técnica do Brasil.

Se Ramires ganhou nova chance, pode ser que outros nomes também tenham oportunidades de voltar. Por motivos técnicos ou disciplinares ou outros, Kaká e Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, não estão descartados, mas terão de jogar muita bola a partir de agora. É bom lembrar que Júlio César foi ressuscitado, Luis Fabiano, Pato, Marcelo, Fred e Hernanes são alguns dos nomes que tiveram espaço com o atual treinador. Alguns ficaram pelo caminho, outros seguem na seleção. Maicon e Henrique são as novidades de momento.

GOLEIROS
Jefferson (Botafogo)
Júlio César (Queens Park Rangers)

ZAGUEIROS
Thiago Silva (PSG)
David Luiz (Chelsea)
Dante (Bayern de Munique)
Henrique (Palmeiras)

LATERAIS
Daniel Alves (Barcelona)
Maicon (Roma)
Marcelo (Real Madrid)
Maxwell (PSG)

MEIAS
Fernando (Shakhtar Donetsk)
Hernanes (Lazio)
Luiz Gustavo (Wolfsburg)
Paulinho (Tottenham)
Ramires (Chelsea)
Oscar (Chelsea)

ATACANTES
Hulk (Zenit)
Bernard (Shakhtar Donetsk)
Neymar (Barcelona)
Fred (Fluminense)
Jô (Atlético-MG)
Lucas (PSG)

20130821-181712.jpgRamires


Julio Casares x Marco Aurélio Cunha
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Leandro Quesada

Os dois despontam como líderes do processo para a escolha do próximo presidente do São Paulo. Júlio Casares é um dos maiores defensores da atual administração. Marco Aurélio Cunha é um dos mentores da oposição. Nos últimos dias, no entanto, o clima esquentou via imprensa. Troca de farpas e ironias começam a marcar o quadro de disputa política no Morumbi.

Antecipar o processo eleitoral é legitimo. O lugar de discutir o São Paulo é no conselho. O processo democrático deve passar pelos sócios e os milhões de torcedores e não em quatro paredes“, sugere Marco Aurélio.

Nada na vida é inviável. Hoje estamos em posições diferentes. Lá na frente podemos estar juntos“, considera Júlio Casares.

Casares afirmou que sempre teve “uma relação boa com Marco Aurélio. Ele fala em continuísmo mas votou no terceiro mandato de Juvenal. Ele me chamou de mentiroso em um programa de TV (Mesa Redonda da TV Gazeta) e disse que minhas posições eram patéticas.”

Não tive nenhuma briga com Júlio. Ele saiu à minha caça. Eu dou risada. As minhas experiências no futebol estão aí“, defende-se o ex-superintendente do Tricolor.

Júlio Casares e Marco Aurélio evitam assumir o posto de candidatos da situação e oposição, respectivamente, embora o desejo de ambos seja a cadeira de presidente do SPFC.

A eleição acontece em abril de 2014.

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Trezentos dias antes da Copa, seis estádios e mobilidade urbana não estão prontos
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Leandro Quesada

Atrasado é apelido!!! Seis dos estádios da Copa de 2014 ainda não estão prontos. Além dos complexos esportivos, a ‘tal’ da mobililidade urbana, ou seja, as vias de acesso e transportes para chegar aos locais dos jogos seguem defasados e, certamente, pelo tempo curto até o início do evento, não sofrerão melhorias significativas. Portos, aeroportos e transportes públicos estão neste quesito também.

Já no quesito estádio, pelo menos dois deles preocupam muito a Fifa e o Governo Federal: as Arenas da Amazônia, em Manaus e da Baixada, em Curitiba têm 71% de conclusão cada. A Arena das Dunas tem (79%), Beira-Rio (74%) e Arena Pantanal (73%).

O estádio do Corinthians é aquele com as obras mais avançadas: 85%.

A Fifa determinou o mês de dezembro deste ano como prazo para a entrega destas seis arenas.

O Governo Federal anunciou, recentemente, os investimentos por área:

Mobilidade urbana – R$ 8,9 bilhões
Aeroportos – R$ 8,4 bilhões
Estádios – R$ 7,6 bilhões
Estruturas, equipamentos e capacitação em segurança – R$ 1,9 bilhão
Portos – R$ 700 milhões
Telecomunicações – R$ 400 milhões
Turismo – R$ 200 milhões.

20130817-170256.jpg A arena Amazonas, em Manaus

20130817-171458.jpgEm Cuiabá, a arena Pantanal

20130818-012000.jpgArena do Corinthians


Estádio de Yankees e Manchester City será mais barato que qualquer outro da Copa de 2014
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Leandro Quesada

O New York City Football Club (NYCFC), o novo time de futebol da liga profissional dos EUA, já nasceu forte, rico e com o projeto de um estádio para receber os torcedores, a partir de 2015, ano em que começará a disputar o torneio.

Na fusão entre o famoso time de beisebol americano, New York Yankees, e outro tradicional no futebol inglês, Manchester City, nasce o vigésimo time da Major League Soccer.

O New York City Football Club será rival do New York Red Bulls na primeira divisão.

Já o New York Cosmos, de Pelé, que foi reativado, por enquanto, disputará a North American Soccer League (NASL), a segunda divisão de futebol dos Estados Unidos.

O novo time ganhará uma casa nova. A arena terá um custo menor do que qualquer estádio da Copa do Brasil em 2014, algo em torno de 300 milhões de dólares. O local poderá ser no parque de Flushing Meadows, no bairro de Queens. Enquanto isso, o NYC FC mandará os jogos em algum estádio da cidade.

Ronaldinho Gaúcho é um dos sonhos dos investidores do novo clube.

20130816-145556.jpg Projeto do novo estádio do novato New York City FC


Desconectado, o São Paulo é como a internet que nunca funciona
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Leandro Quesada

Nem o mais desconfiado torcedor do São Paulo e o maior anti-são-paulino de todos poderiam imaginar que o Tricolor, tricampeão brasileiro em 2006/07/08, passaria por uma vexatória campanha no atual Brasileirão, com o risco de mudar de divisão.

Explicar a fase ruim é simples. O time está desconjuntado ou se preferir, para usar um termo mais moderno, desconectado. No mundo da internet, poderíamos entender que a conexão do Tricolor está lenta, cai a toda hora e se não contratar um pacote de dados mais potente, vai navegar com muitas dificuldades.

Tradução: o time é limitado, com jogadores bem razoáveis e caso não se reforce a tempo, poderá ser rebaixado para a Série B.

Para quem achava que o técnico era o problema, os sucessivos fracassos da equipe comprovam que a questão maior é a baixa qualidade dos jogadores. Depois da saída de Muricy Ramalho, vários treinadores passaram e não deram jeito no time. Ricardo Gomes, Sérgio Baresi, Carpegiani, Adilson Batista, Leão e Ney Franco. O atual, Paulo Autuori, histórico, campeão mundial de 2005, também não conseguiu emplacar o trabalho vitorioso.

De duas opções, uma: Os técnicos são todos ruins ou os jogadores não têm a capacidade para jogar no São Paulo. Eu fico com a segunda.

É fato que as mudanças constantes de técnicos vão na contramão da filosofia da época de Muricy Ramalho, que ficou três anos e meio no Morumbi e foi campeoníssimo. O São Paulo não mudava o comando e ganhava sempre. Quando começou a mudar muito, entrou na rota dos insucessos seguidos. Além da perda de Muricy, as saídas de Marco Aurélio Cunha, Turibio de Barros Leite, Carlinhos Neves e Luiz Rosan foram preponderantes para a queda são-paulina. Uma super-comissão foi desfeita aos poucos, sem explicações plausíveis.

Nada foi por acaso nos últimos tempos no SPFC para entender as derrapadas tricolores.

A vida política, agitada nos últimos meses, com rachas nos setores do clube, inclusive com insatisfação dentro do grupo de Juvenal Juvêncio, contribuem para atrapalhar o ambiente do time. Quando a preocupação com o processo eleitoral dentro do Morumbi tornou-se mais importante que as coisas do futebol, o desempenho do time sofreu bastante, caiu e chegou ao nível alarmante do iminente rebaixamento para a segundona.

O São Paulo esnobou o tal ditado fajuto de que “time grande não cai”. Mas, por mais perigosa que se apresente a situação deste momento, o Tricolor ainda tem como escapar da degola.

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