Djalma Santos e Dominguinhos estão no céu
Leandro Quesada
Quando fiquei sabendo das mortes destas duas figuras importantíssimas do futebol e da música do Brasil, fiz um comentário em pensamento: ''Tanta gente ruim por aí e vão só os bons!''.
Minha mãe diria que é pecado pensar assim, desejar o mal dos outros, mesmo que os outros sejam ruins, como muitos que estão por aqui, no nosso país.
Djalma Santos e Dominguinhos fizeram histórias nas respectivas áreas de atuação. Eles rodaram o país e o mundo, se apresentando para grandes platéias, emocionando multidões e sendo reconhecidos como craques do esporte e da música, respectivamente.
No futebol, o paulista Djalma foi um dos maiores jogadores do mundo e para os que viram de perto, o melhor lateral direito da história. Ele teve uma das carreiras mais longas: 24 anos. Fez 1079 jogos e marcou 104 gols. Foi ídolo na Portuguesa, Palmeiras e Atlético-PR. Na seleção brasileira, Djalma Santos disputou quatro Copas (54, 58, 62, 66), foi bi-campeão, fez 111 partidas e marcou onze gols. Morreu em Uberaba, aos 84 anos, onde vivia com a dona Esmeralda.
Já Dominguinhos, faleceu em São Paulo, aos 72 anos. Pernambucano de Garanhuns, José Domingos de Moraes foi cantor, compositor e instrumentista durante mais de cinco décadas. Um dos ''Reis da sanfona'', tocava muitos gêneros musicais: Baião, forró, choro, xote, xaxado…
Dono de vários sucessos, dentre eles, ♪Eu só quero um xodó♪, ♪De volta pro aconchego♪, Dominguinhos era o herdeiro musical de outro mestre, Luiz Gonzaga.
Que o jogador e o sanfoneiro, descansem em paz!