Duprat está proibido de pisar no Corinthians
Leandro Quesada
Ao saber que o fundo de investimento inglês Doyen Sports, interessado em contratar parte dos direitos econômicos de Cleber, era representado pelo empresário Renato Duprat, o Corinthians ameaçou desistir do negócio.
As participações de Duprat em várias negociações à época em que o presidente do Corinthians era Alberto Dualib deixaram a atual diretoria em uma posição desconfortável. ''Não podemos aceitar a presença dele na transação (Duprat)'', afirmou Roberto Andrade.
A Ponte Preta estava vendendo 60% dos direitos aos ingleses, representados por Duprat. O Corinthians ficaria com 20% e o jogador com outros 20%.
''Agora a DIS (grupo de investimento) ficará com sessenta por cento dos direitos e assim o negócio será concluído'', garante o diretor de futebol.
Renato Duprat costurou a parceria entre Corinthians e a MSI em 2004. O grupo era comandado pelo iraniano Kia Joorabchian. Mais de 30 milhões de dólares foram investidos no futebol do clube, com contratações de impacto como Carlitos Tevez, Mascherano, Carlos Aberto, Roger e Nilmar, que levaram o Timão ao título do Brasileirão 2005.
Três anos depois, o contrato com duração de dez temporadas foi desfeito, provocou o impeachment de Dualib, virou caso de polícia, com denúncias de lavagem de dinheiro, crime de contrabando, formação de quadrilha e malversação das finanças do clube.
Os ex-presidente Alberto Dualib, o ex-vice Nesi Curi, o iraniano Kia Joorabchian, o magnata russo Boris Berezovsky e Renato Duprat foram os alvos da investigação.
Nos bastidores, os dirigentes afirmam que ''querem ver o Diabo mas não o Duprat''.