Não deu “liga” na parceria Ney Franco e São Paulo
Leandro Quesada
Visto como um dos melhores técnicos da nova safra, Ney Franco tinha tudo para dar certo no São Paulo. No Tricolor ele encontraria o cenário perfeito: boa estrutura de trabalho com dois centros de treinamentos de primeira linha (Barra Funda e Cotia) e ainda o centro de recuperação de atletas (Reffis).
Em 79 jogos, Ney tentou emplacar o esquema com três atacantes mas a resposta não foi positiva. A seqüência esperada sempre emperrava em algumas atuações apagadas de Luis Fabiano, Ganso, Jadson e Lucas, quando este estava no time no ano passado. O time estava travado em campo, sem criatividade e velocidade. A defesa também bateu cabeça mesmo com as experiências dos pentacampeões mundiais Rogério Ceni e Lúcio.
O título da Copa Sulamericana amenizou a temporada passada que quase passou sem conquista. A vaga na Libertadores foi alcançada mas quando a competição começou neste ano, o Tricolor passou por apuros, perdeu para inexpressivos Arsenal e Strongest e apanhou três vezes do Atlético mineiro.
Nos bastidores, algumas crises de relacionamentos entre técnico-jogadores-diretoria contribuíram para a formação de um ambiente pesado.
Não deu ''liga'' entre Ney e o São Paulo (jogadores e diretoria).
O aproveitamento de Ney Franco em 79 jogos foi de 58,6% com 41 vitórias, 22 derrotas e 16 empates.
Entre ele e Muricy Ramalho, principal cotado no momento para reassumir o cargo, passaram outros treinadores:
Ricardo Gomes: junho/09 até agosto/10
73 jogos: 38 vitórias / 15 empates / 20 derrotas
59% de aproveitamento
Sérgio Baresi: agosto/10 até outubro/10
14 jogos: 5 vitórias / 4 empates / 5 derrotas
45,2% de aproveitamento
Paulo César Carpegiani: outubro/10 até julho/11
47 jogos: 30 vitórias / 4 empates / 13 derrotas
66,6% de aproveitamento
Adilson Batista: julho/11 até outubro/11
21 jogos: 8 vitórias / 7 empates / 6 derrotas
49% de aproveitamento
Emerson Leão: outubro/11 até junho/12
44 jogos: 26 vitórias / 6 empates / 12 derrotas
63,5% de aproveitamento