Inferno astral de PH Ganso atinge a seleção
Leandro Quesada
Não bastasse ter se envolvido nesta grande confusão de troca de time, provocado a revolta da torcida e aumentado a desconfiança da direção de futebol do Santos, Ganso caiu também no conceito da cúpula da seleção e da CBF (leia Mano Menezes, Andrés Sanches e Marín).
A falta de disposição nos Jogos de Londres marcou de forma negativa a passagem do meio-campista pelo time nacional. Na disputa com Oscar, o santista se escondeu e perdeu a vaga. Visto a partir daí como um jogador desmotivado, desligado e sem vibração.
E mais: sem iniciativa, com personalidade abalada e fora de sintonia com a importância da seleção do Brasil.
A imagem que ficou do meio-campista na seleção foi exatamente esta. Mas Mano não vai desistir de Ganso.
Ganso é um talento nato mas se perdeu nestes dois anos. Por maus conselhos, seguidas lesões e, consequentemente, atuações apagadas. A nova lesão o afasta por um período indeterminado dos campos. Tempo para se recuperar, pensar na vida profissional e ouvir aqueles que querem ajudá-lo, como Muricy Ramalho.
Há dois anos discutia-se quem era melhor: Ganso ou Neymar? Hoje a pergunta está, totalmente, fora de contexto.