Chelsea subverte lógica na conquista da Champions League
Leandro Quesada
Os ingleses tiveram inúmeros obstáculos ao longo da disputa da grandiosa competição européia de clubes. Pedras que transformaram o caminho para o sucesso em um verdadeiro calvário.
Motivos não faltaram para dificultar a conquista pela primeira vez do pomposo torneio de clubes do velho continente.
No futebol caseiro – campeonato inglês – uma campanha muito criticada por torcedores e jornalistas. A faixa etária avançada dos jogadores era apontada como fatal para o insucesso na temporada.
A troca do técnico português Vilas Boas pelo italiano Di Matteo, ainda sem expressão no cargo, era um empecilho no objetivo de levantar a Champions League.
Antes de todas as dificuldades da própria decisão, a equipe londrina por pouco não é eliminada pelo Napoli, nas oitavas. Depois disto encontrou o melhor time do planeta, o Barcelona e, em vez de estremecer, os blues foram para a final em Munique.
No estádio, na cidade e no país do rival Bayern, o Chelsea tinha um cenário aterrador. O último muro para ultrapassar. Tudo e todos contra. Equipe desfalcada, sem Ramires, por exemplo, herói da classificação contra o Barça, Alianz Arena abarrotado de germânicos, a deliciosa cerveja Hofbräu München na geladeira e a rivalidade anglo-alemã enaltecida neste duelo, transformaram o ambiente favorável aos Bávaros.
No jogo, primeiro foi o gol sofrido, depois o empate. Momento crucial no pênalte feito por Drogba e defendido pelo gigante Cech.
Na disputa final de pênaltes, o time da terra da Rainha, reverteu o placar de 3 x 1 e levou pela primeira vez na história a tão cobiçada taça da Champions League.
Dizem que com sofrimento, o valor das coisas aumenta, mas não precisava ser tão difícil, complicado e suado como foi para os novos campeões da Europa.
O investimento de mais de 1 bilhão de euros feito pelo magnata russo Roman Abramovich, finalmente, transformou um time médio da Inglaterra em dos grandes da Europa. Dinheiro neste caso fez muito bem e deu resultado.