O Haras Gaviões do Palestra do mestre Chico Anísio
Leandro Quesada
No dia em que vândalos, vestidos com as camisas de times e torcidas organizadas de Corinthians e Palmeiras, se confrontaram na capital paulista, conto aqui uma história que vai na contramão deste ato estúpido.
O futebol apaixonante do nosso dia-a-dia não deve pagar esta conta que não é dele. A questão é de segurança pública. Futebol deve ser alegria, prazer e disputa sadia. E não deveria ser manchado por vandalismos deste tipo.
Um dos maiores humoristas do Brasil, que nos deixou na sexta-feira, ensinou como é possível respeitar o rival, sem violência, usando do bom humor e o senso desportivo. Ensinou a brincar com os oponentes, a uni-los com a arte dele.
Chico Anísio (palmeirense e vascaíno) e Adilson Monteiro Alves (corinthianíssimo) líder da democracia corinthiana, mantinham um criador de cavalos árabes de corrida no Rio.
Por sugestão de Chico, me contou o próprio Adílson, o haras ganhou o nome de Gaviões do Palestra. Os jóqueis usavam as cores verdes, brancas e pretas.
Assim, ele fez o trocadilho com os nomes da torcida Gaviões da Fiel do Corinthians e do Palestra Itália, primeira denominação do Palmeiras.
Genial palmeirense e vascaíno, Chico!