Suado, sofrido, difícil, complicado, aos trancos, no tropeço, na raça, empurrado pela Fiel, com nove em campo, depois das expulsões de Liedson e Ednílson, o Timão na superação venceu na estreia do returno do Brasileirāo.

O Corinthians “sujou o calção, arrastou a bunda no chão”, disse o treinador Tite.

Mais uma vez, a equipe corinthiana, nāo fez uma partida boa no aspecto técnico, abusando dos erros de passes e finalizaçōes.

Como os rivais  estão na cola, é bom ficar ligado com as próximas performances no BR 2011. Ainda restam longas dezoito rodadas para o término do torneio.

A tolerância zero no evento ¨futebol¨ pode tirar a vida do torcedor Roberto Vieira de Castro Filho (talvez quando você estiver lendo este texto, a mãe dele que virá de Recife, esteja chorando a morte do filho).

Antes do clássico Palmeiras x Corinthians, o palmeirense foi atingido por um tiro, na porta do estádio Prudentão. Testemunhas dizem que o disparo foi feito por um policial.

Tolerância zero, despreparo, falta de cultura e educação defasada explicam o fato do policial em vez de proteger, disparar contra o torcedor. A política de prevenção de confrontos das torcidas não existiu aqui em Presidente Prudente.

É a banana comendo o macaco neste mundo cada vez mais violento. Um absurdo! Uma vergonha! Depois vamos dar razão aos pessimistas de plantão que querem bem longe do Brasil, a realização da Copa do mundo. Imagine o torcedor alemão sendo tratado como bandido nos estádios brasileiros… Meu Deus!!!

Roberto Vieira – que vive em Itapetininga – passou por uma cirurgia após ser atingido na barriga por um tiro. ¨O estado é grave. Ele está na UTI¨, me contou Sérgio do Prado, gerente administrativo do Palmeiras, que ficou em Prudente para dar assistência ao torcedor. A mãe que mora em Recife já foi avisada e chega nesta segunda-feira ao interior paulista.

O Palmeiras foi o fiel da balança na última rodada do turno do Brasileirão.

A vitória em Prudente, além de inserir o verdão na briga pela taça, também esquentou a disputa, ao não permitir que o Corinthians disparasse na liderança. A atuação do time de Felipão fez bem ao torneio.

A diferença entre os rivais é de apenas cinco pontos, com insignificante vantagem alvi-negra.

O Corinthians tem 37 pontos e o Palmeiras está com 32. Entre eles, Flamengo (36), São Paulo (35), Vasco (35) e Botafogo (34).

Cariocas e paulistas dominam as seis primeiras posições do campeonato. O equilíbrio até aqui transforma o Brasileirão no mais disputado da história dos pontos corridos.

A equipe de Tite caiu nas últimas rodadas, mas é a campeã simbólica do turno. O Botafogo e o Vasco se superaram, o Flamengo e o São Paulo mantiveram certo nível e o Palmeiras terminou a primeira etapa do torneio entre os melhores.

O segundo turno promete uma briga intensa e quem sabe histórica, com vários times tentando o título.

A Justiça federal de Santa Catarina concedeu liminar que permite manifestações contra Ricardo Teixeira, durante o clássico entre Figueirense e Avaí, em Floripa.

A decisão contraria a posição da Federação Catarinense de Futebol, que repudia a iniciativa das torcidas organizadas, no estádio Orlando Scarpelli, de usarem cartazes contra o presidente da CBF.

Como já noticiou o UOL, a intenção de protestar dentro das dependências dos estádios, porém, esbarra em um artigo do Estatuto do Torcedor, que determina ser proibido “portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenofóbico”.

Felizmente, a censura ridícula caiu

Nos vestiários da Academia de futebol, os colegas de time reagiram com bom humor, quando souberam que Kléber foi sócio da Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians, grande rival palmeirense.

‘Doutor, eu  não me engano, o Kléber é corinthiano”, cantaram alguns jogadores. Kléber fechou a cara mas entendeu o bom tom da brincadeira.

Felipão havia dito que o episódio motivará ainda mais o gladiador para o clássico em Presidente Prudente.

Kléber é “macaco velho” e não vai mesmo se entregar ao caso. Se fosse um juvenil qualquer, a consequência seria outra. Kléber é craque, descolado, maluco (no bom sentido) e um cara que nāo foge do “pau”.

O interessante é que Kléber é amado por palmeirenses e corinthianos. E menos por sāo-paulinos, mesmo tendo defendido o tricolor.

Acelera… Klebāo…

Sobrou vontade ao Palmeiras de Felipão no confronto com os vascaínos. No quesito técnico, a boa atuação poderia ter dado a vaga na segunda fase do torneio.

Mas o time correu, vibrou, brigou pela posse de bola, chutou muito, arriscou e venceu por 3 x 1. Mas o placar não foi suficiente para seguir na Copa Sul-Americana.

Se é possível encontrar algo bom depois da eliminação, eu destacaria o equilíbrio entre os setores, ao analisar a parte tática.

A defesa está sólida com Marcos e a zaga agora reforçada por Henrique. Cicinho é um lateral que incomoda bastante. Chico e Marcos Assunção protegem o sistema defensivo. Assunção ainda faz gols. Valdívia destoou e pela qualidade que tem, poderia ter criado mais. A bola assim mesmo chegou até Kléber e Maikon Leite. Luan foi a força e a vontade.

O Palmeiras, se jogar assim, tem chances de brigar pelo título do Brasileirão.

Aplausos para o guerreiro verdão.

Sou favorável a todo tipo de manifestação, campanha, passeata e ¨panelaço¨. Qualquer cidadão pode, se quiser, com uma simples inscrição na cartolina ou de uma forma mais pomposa, mostrar o descontentamento com o status quo, em público. Pode e deve, sempre! Democracia com responsabilidade.

Sou favorável às passeatas importantes para aumento de salários para professores, policiais e médicos, em setores vitais de educação, segurança e saúde. Mas jornalistas, embora, cidadãos, não devem se envolver com tal movimento. Não, mesmo. A contribuição jornalística é investigar, com responsabilidade, e informar. Posteriormente, cobrar as esferas competentes.

No caso de Ricardo Teixeira é válido discutir a ¨longevidade¨ do dirigente na CBF. São vinte e um anos comandando a entidade, que representa a seleção de futebol mais popular do mundo. A rotatividade da presidência da Confederação Brasileira de Futebol, creio eu, traria ideias novas com gente mais preparada.

Tanto tempo no poder faz o sujeito ¨se achar¨ o dono do pedaço, dono da bola, do futebol, da seleção… Mas faz com o apoio de federações, clubes, políticos e afins.

Para os arautos, no entanto, que acham que eu deveria ir à Av. Paulista, no sábado, dia da minha sagrada folga, fazer ¨som¨ contra Ricardo Teixeira, a minha resposta: tenho mais o que fazer, gente!

Minha contribuição foi dada, se vocês não sabem, na CPI CBF-Nike. Em 2000, lá na Câmara dos deputados, em Brasília, eu fui informante dos ¨podres¨ do futebol brasileiro. A Comissão Parlamentar de Inquérito, comandada por Aldo Rebelo e Silvio Torres investigou a relação da CBF com a NIKE, além de outros assuntos ¨obscuros¨ do nosso futebol. Muita gente foi denunciada, inclusive dirigentes como Teixeira. Se nada aconteceu depois, se ninguém foi para a cadeia, a culpa não foi da CPI, que fez, brilhantemente, o papel dela. Nem culpa minha, pois não tenho poder de polícia como ¨certas¨ pessoas pensam quem têm ou que eu tenho.

Eu prefiro servir ao trabalho sério da investigação de uma CPI e não às passeatas, com todo o respeito aos que foram. Uma questão de posição. Quantos de vocês estiveram lá em Brasília na CPI? Quantos jornalistas, torcedores, dirigentes e jogadores ajudaram diretamente a limpar o futebol brasileiro?

Quem quiser saber sobre minha participação na CPI, é simples: no site www2.camara.gov.br vejam o ícone ¨notas taquigráficas¨, na 15a reunião, do dia 5 de dezembro de 2000.

Houve um tempo em que os estádios recebiam as enormes bandeiras. As arquibancadas ficavam mais bonitas e vivas. Uma era mais produzida que outra e as torcidas faziam uma competição à parte para confeccionar a mais chamativa.

A Assembleia Legislativa de São Paulo* aprova a volta deste símbolo do futebol brasileiro, aos estádios paulistas, e os jogos ficam mais coloridos.

Por outro lado, a polícia deverá ter mais atenta por causa do uso indevido dos mastros que seguram as bandeiras. Feitos de bambu ou de tubos de plástico, eles eram usados para esconder armas, bombas caseiras e drogas.

Em 96, as autoridades vetaram as bandeiras depois da briga entre torcedores na final da Supercopa São Paulo de juniores, entre São Paulo e Palmeiras. Os mastros serviram de armas para os encrenqueiros no Pacaembu, além das pedras e paus das obras no local, à época.

Eu sou favorável ao retorno das gigantes bandeiras aos estádios.

Enquanto as bandeiras estão bem perto das arquibancadas, as bebidas alcoólicas continuam proibidas dentro das arenas esportivas.

* A votação está prevista para quarta-feira (dia 24), na Assembleia Legislativa de S. Paulo.

Assim como na saga do mítico herói britânico, o Corinthians tira dos ricos e dá aos pobres.

É impressionante a falta de capacidade do Timão de fazer o mais fácil em casa e, por outro lado, a luta e a vontade que sobram para construir o mais difícil fora.

Contra o Figueirense foi o exemplo claro da incompetência corinthiana atuando no Pacaembu. Em contrapartida, a virada em Ipatinga sobre o Atlético-MG, é a demonstração óbvia de que com o Corinthians tudo pode acontecer, até alcançar as missões mais árduas. Os tropeços nos jogos com Avaí, Atlético-PR e Ceará arrebentaram a boa fase corinthiana.

As desculpas alvi-negras não colam:  o Figueirense jogou na retranca, o time veio de uma viagem cansativa ou o tempo chuvoso atrapalhou a equipe mais técnica. Ainda assim, a campanha é excelente do ponto de vista do aproveitamento.

Já com a análise dentro de uma visão macro, pensando no campeonato como um todo, os rivais tiveram a chance de encostar no líder, neste domingo.

Fla, São Paulo, Palmeiras e Vasco não passaram de empates na penúltima rodada do turno. Eles perderam pontos preciosos para incomodar mais um pouco o líder. O Botafogo foi o grande vitorioso da rodada.

O motivo para o adiamento do duelo entre Corinthians e Fla, de 7 para 8 de setembro, é o fato dos dois clubes contarem com Ralf e Ronaldinho na seleção brasileira.

Como o Brasil pega Gana em Londres, dia cinco, os dois jogadores chegariam cansados ao país para o confronto no Pacaembu.

Considero plausível o cuidado com os selecionáveis e a proteção aos clubes, mas a regra deve ser aplicada aos outros times que emprestaram jogadores ao técnico Mano Menezes.

Os jogos de Cruzeiro, Botafogo, Santos e Inter estão mantidos para a quarta-feira.  Corinthians, Flamengo, São Paulo e Vasco atuam na quinta-feira.

Dez atletas que atuam no país foram chamados por Mano: Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo; Ralf, do Corinthians; Neymar, Paulo Henrique Ganso e Danilo, do Santos; Lucas, do São Paulo; Jefferson, do Botafogo; Fábio, do Cruzeiro; Dedé, do Vasco; e Leandro Damião, do Internacional.