Blog do Quesada

O desejo de Barcos era sair

Leandro Quesada

Quando o jogador quer algo não tem jeito. O argentino botou na cabeça, após a queda do time para a Série B do campeonato Brasileiro, que teria pouco reconhecimento atuando nesta temporada pelo Palmeiras.

O irmão e empresário de Barcos, David, colocou vários empecilhos para o goleador seguir no Palestra ainda no ano passado. A principal reclamação é a de que na segunda divisão, Barcos não seria visto e teria poucas chances de continuar na seleção da Argentina. Uma bobagem, claro.

O antecessor de Paulo Nobre, Arnaldo Tirone, garantia que o argentino não sairia do Palmeiras. A alta multa rescisória parecia ser a garantia para segurá-lo mas nem isso foi suficiente.

Apesar do risco de perdê-lo, o clube renovou o vínculo até 2016. o aumento salarial também foi dado e até uma comissão para o irmão foi feita.

Quando tudo parecia certo para a permanência de Barcos, surge a proposta do Grêmio. O clube gaúcho pagará cerca de dois milhões de euros (mais cinco jogadores do Grêmio), além de assumir uma parcela atrasada – devida pelo Palmeiras – da compra do atleta da LDU, no valor de 750 mil euros.

Barcos no fundo, no fundo, não fez tantos esforços para ficar. A paixão que a maioria achava que ele tinha pelo Verdão, se transformou em simples ato financeiro na hora de trocar o Palestra pelo Olímpico.

No mundo do futebol cada vez mais ligado aos interesses econômicos, o tal ''amor pela camisa'' fica em segundo plano.

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