Houve um tempo em que os estádios recebiam as enormes bandeiras. As arquibancadas ficavam mais bonitas e vivas. Uma era mais produzida que outra e as torcidas faziam uma competição à parte para confeccionar a mais chamativa.

A Assembleia Legislativa de São Paulo* aprova a volta deste símbolo do futebol brasileiro, aos estádios paulistas, e os jogos ficam mais coloridos.

Por outro lado, a polícia deverá ter mais atenta por causa do uso indevido dos mastros que seguram as bandeiras. Feitos de bambu ou de tubos de plástico, eles eram usados para esconder armas, bombas caseiras e drogas.

Em 96, as autoridades vetaram as bandeiras depois da briga entre torcedores na final da Supercopa São Paulo de juniores, entre São Paulo e Palmeiras. Os mastros serviram de armas para os encrenqueiros no Pacaembu, além das pedras e paus das obras no local, à época.

Eu sou favorável ao retorno das gigantes bandeiras aos estádios.

Enquanto as bandeiras estão bem perto das arquibancadas, as bebidas alcoólicas continuam proibidas dentro das arenas esportivas.

* A votação está prevista para quarta-feira (dia 24), na Assembleia Legislativa de S. Paulo.

Assim como na saga do mítico herói britânico, o Corinthians tira dos ricos e dá aos pobres.

É impressionante a falta de capacidade do Timão de fazer o mais fácil em casa e, por outro lado, a luta e a vontade que sobram para construir o mais difícil fora.

Contra o Figueirense foi o exemplo claro da incompetência corinthiana atuando no Pacaembu. Em contrapartida, a virada em Ipatinga sobre o Atlético-MG, é a demonstração óbvia de que com o Corinthians tudo pode acontecer, até alcançar as missões mais árduas. Os tropeços nos jogos com Avaí, Atlético-PR e Ceará arrebentaram a boa fase corinthiana.

As desculpas alvi-negras não colam:  o Figueirense jogou na retranca, o time veio de uma viagem cansativa ou o tempo chuvoso atrapalhou a equipe mais técnica. Ainda assim, a campanha é excelente do ponto de vista do aproveitamento.

Já com a análise dentro de uma visão macro, pensando no campeonato como um todo, os rivais tiveram a chance de encostar no líder, neste domingo.

Fla, São Paulo, Palmeiras e Vasco não passaram de empates na penúltima rodada do turno. Eles perderam pontos preciosos para incomodar mais um pouco o líder. O Botafogo foi o grande vitorioso da rodada.

O motivo para o adiamento do duelo entre Corinthians e Fla, de 7 para 8 de setembro, é o fato dos dois clubes contarem com Ralf e Ronaldinho na seleção brasileira.

Como o Brasil pega Gana em Londres, dia cinco, os dois jogadores chegariam cansados ao país para o confronto no Pacaembu.

Considero plausível o cuidado com os selecionáveis e a proteção aos clubes, mas a regra deve ser aplicada aos outros times que emprestaram jogadores ao técnico Mano Menezes.

Os jogos de Cruzeiro, Botafogo, Santos e Inter estão mantidos para a quarta-feira.  Corinthians, Flamengo, São Paulo e Vasco atuam na quinta-feira.

Dez atletas que atuam no país foram chamados por Mano: Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo; Ralf, do Corinthians; Neymar, Paulo Henrique Ganso e Danilo, do Santos; Lucas, do São Paulo; Jefferson, do Botafogo; Fábio, do Cruzeiro; Dedé, do Vasco; e Leandro Damião, do Internacional.

Felipão quer ver o diabo mas não Roberto Frizzo pela frente.

O técnico ficou furioso quando soube do interesse por Carpegiani. Frizzo conversou com o filho do treinador, Fabiano, que empresaria o pai.

Carpegiani, ao saber da sondagem, ligou para o amigo Felipão e explicou que não aceitaria o convite. O ex-técnico do São Paulo negocia com o futebol árabe para fazer nova fortuna.

Não há duvida que Frizzo não morre de amores por Felipão, com reciproca verdadeira. O vice de futebol do Palmeiras tirou os poderes extra-campo, limitando o trabalho do pentacampeão ao time apenas.

Felipão exigiu do presidente Arnaldo Tirone, após uma longa conversa, maiores participações no gerenciamento do futebol palmeirense.

Jargão velho e surrado, mas sempre real: seleção é momento.

O momento de Ronaldinho gaúcho é muito bom e a convocação para a seleção brasileira foi acertada.

Mano Menezes traz de volta um craque, um dos poucos que ainda restam no futebol brasileiro, na atualidade. É verdade que Ronaldinho não é mais o Ronaldinho consagrado duas vezes o melhor do mundo, no auge pelo Barcelona e pela própria seleção. Não importa! Entre um jogador comum, que joga bem de vez em quando e Ronaldinho, eu prefiro Ronaldinho. Os adversários olham de forma diferente para ele e têm mais respeito quando desafiam um gênio, campeão do mundo. Ronaldo é genial.

Quem sabe Ronaldinho não arrebente no time nacional e ajude afastar a pressão enorme sofrida pelo técnico, depois de uma série de péssimos resultados e futebol de gosto duvidoso.

Ronaldinho, o salvador de Mano Meneses.

O empresário Rodolfo Forte desmentiu a negociação do meio-campista chileno com o Al Ain. O twitter falso do clube dos Emirados Árabes propagou a venda de Valdivia nesta terça-feira.

¨Não chegou nada oficial. Clubes do Catar e da Turquia estão interessados no jogador mas nenhuma proposta foi oferecida¨, explicou Forte.

O agente garante que ¨Valdivia está com  a cabeça 100% no Palmeiras. Sei do esforço ele que fez para voltar e não tem o desejo de sair¨.

É fato: se uma grande proposta fosse apresentada, o clube da Turiassu venderia o mago. Nos bastidores o verdão aceitaria receber algo em torno de seis milhões de euros (quase a dívida de 6,5 mi com o banco Banif). Mas como o mercado de transferências está tão fraco, dificilmente, algum clube do exterior investiria tal quantia por um atleta que está em baixa.

Forte acredita que Valdivia tenha um valor maior: ¨No mínimo, para um jogador de seleção, de copa do mundo e eliminatórias, são milhões de euros¨.

Agora também na Rádio Bandeirantes, o craque Neto, durante o Esporte em Debate, que eu apresento com Alexandre Praetzel (de segunda à sexta), analisou a queda e projetou o Corinthians, no Brasileirão.

A possibilidade de escalar Adriano foi contestada pelo comentarista: ¨Não dá para pensar em um jogador que não joga faz quase um ano. Vai tirar Willian, Liédson ou Jorge Henrique para botar o Adriano? Ele tá mais gordo que eu, pô!¨.

Cara-a-cara com o atacante Willian, o ex-camisa 10 do Timão, afirmou que Tite ¨precisa variar as jogadas no ataque, criando opções diferentes. Os jogadores devem fazer isso espontaneamente¨.

William disse que a saída de Liédson atrapalhou bastante o desempenho do ataque: ¨Até pela função que ele faz. Eu jogava pela ponta com ele e o Jorge Henrique na outra. Liédson e Emerson são bons mas têm características diferentes. O Emerson também vai pelas pontas¨.

Neto elogiou Willian e vê o jogador titular mesmo com Adriano de volta. ¨Poucos jogadores batem na bola como Willian e tem visão do jogo. O gol perdido contra o Ceará foi por ter abaixado a cabeça¨, sentenciou o comentarista.

Corinthians, Flamengo e São Paulo – cada um de um jeito  – desperdiçaram pontos preciosos nesta rodada do Brasilerão. 
Um indício de que a disputa será intensa até o final, com jogos difíceis e adversários equilibrados. As oscilações dos três explicam a diferença pequena de pontos entre os principais postulantes ao título.

O tricolor, se tivesse vencido o Atlético-PR, seria líder pelo critério de número de vitórias. Em casa, onde sempre foi forte, o time de Adilson Batista vem acumulando tropeços e mais tropeços. Pior: o São Paulo sempre esteve atrás no placar contra os paranaenses.

O empate do Flamengo em Floripa foi lamentado pelos cariocas. Mesmo fora de casa, o Fla perdeu uma excelente oportunidade, já que vencia por 2 a 0, o Figueirense.

Na capital paulista, o Corinthians mantém a queda livre. Depois do início fulminante quando venceu nove de dez jogos, o Timão nas últimas seis partidas ganhou apenas seis pontos. Média de um ponto por jogo.

Durante feira esportiva, em São Paulo (Brazil Sports Show), eu conversei com um dos papas do esporte brasileiro. José Carlos Brunoro, homem do vôlei, do futebol, da F1, do basquete, do gerenciamento e marketing esportivos, mostrou-se atento aos processos de organização da Copa de 2014.

A palavra sempre importante de quem viajou e ainda viaja pelo mundo – são quase 60 países no currículo – trabalhando, efetivamente, nos grandes eventos do esporte.

Organização e estádios ¨A parte esportiva não me preocupa. As seleções, a bola rolando, o staff treinado para atender tudo. O atendimento ao grande público é a questão, a partir do momento em que o turista pise no Brasil. Os estádios vão sair e os lugares para treinos não serão problemas. A infraestrutura é o que preocupa. Estamos carentes de mobilidade urbana também¨.

Aeroportos ¨Faltam voos regulares hoje e durante a Copa vai afogar tudo. Depois do show do U2 em São Paulo, no dia seguinte o aeroporto de Congonhas tinha filas gigantescas. Na Copa será um show por dia… O Aeroportos não comportam tanta gente nas praças de alimentação e nas salas de espera¨.

Legado turístico ¨As cidades vão ser divulgadas na Copa. As doze sedes devem tratar bem os turistas-torcedores para que eles voltem e também divulguem as cidades. Não é apenas organizar o jogo de futebol, que é o mais fácil, mas também deixar a boa impressão nos lugares que serão visitados¨.

Sofrível. Santos e Corinthians empobreceram um pouco mais o futebol, nesta quarta-feira, dia em que a seleção brasileira também fez feio em terras alemãs.

Bem diferente do histórico Santos 4 x Flamengo 5, disputado na mesma Vila, recentemente, santistas e corinthianos realizaram um pobre jogo de futebol. Faltas exageradas, finalizações tortas, técnicas discutíveis e nenhum gol.

Neymar, Ganso e Liédson foram ausências sentidas. Eles são diferentes, têm talentos e dariam brilho ao duelo. O dinheiro dos ingressos deveria ser devolvido aos torcedores.

Aquele ''Santos e Flamengo'' será difícil de ver outra vez.

Bem, já a seleção… Sem suspiros. Como pode o Brasil levar três gols da Alemanha??? Pode, sim. A Alemanha se prepara para ser campeã em 2014.

Queda corinthiana Líder, mesmo contabilizando apenas cinco pontos, em cinco jogos. Aproveitamento caiu de 93% para 33%.

Peixe fora d'água O Santos decepciona até aqui no Brasileirão. Longe do time campeão da Libertadores.

Seleção antipática No futebol e no trato com a história. Time cada vez mais distante da torcida