Vistos como alguns dos clubes mais ricos do país, os paulistas dão vexame neste Brasileirão 2012. Campanhas ridículas que não condizem com a força, a tradição e a história que eles têm.

Preguiça, falta de vontade, perda de foco, salto alto, desequilíbrio mental, despreparo físico e outro objetivos explicam o começo terrível.

Dos seis clubes do estado de São Paulo, três estão na zona do rebaixamento. Corinthians, Palmeiras e Lusa estariam rebaixados hoje por conta de atuações mediocres até aqui. 

O São Paulo e o Santos conquistaram três pontos no campeonato. O Tricolor, por sinal, foi o único que venceu (1 x 0 no Bahia). O peixe empatou todas as partidas e é único paulista invicto.

A Ponte Preta somou dois pontos.

O Corinthians, ao contrário, da trajetória vitoriosa do ano passado, quando teve um início fulminante, desta vez envergonha a Fiel com um mísero ponto do empate com o Figueirense.

Palmeiras e Lusa fazem ''feio'' também com um ponto cada e o risco de degola.

Juntos, os seis paulistas levaram 21 gols e fizeram apenas 11.

Os times paulistas devem abrir os olhos pois recuperar os pontos perdidos mais adiante pode se transformar em um parto complicado.

Corinthians, Santos, São Paulo e Palmeiras arrajaram a desculpa das prioridades na Libertadores e Copa do Brasil para explicar o insucesso no campeonato brasileiro. É fato que o objetivo é focar nestas disputas mas mesmo assim as campanhas poderiam ser melhores.

''Estou tentando sequestrar os passaportes de Rafael e Neymar'', brinca com a participação dos dois santistas no jogo da Libertadores, o diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez.

Nas conversas com os jogadores da seleção brasileira nos EUA, Andrés aproveita para falar sobre o duelo entre Corinthians e Santos. ''Eu não peço para Neymar maneirar pois pode ser pior (risos)''.

''Claro que Neymar é um grande jogador, diferente, mas eu acho que vão ser jogos difíceis e iguais'', projetou o ex-presidente corinthiano.

A Conmebol acertou em cheio ao definir que árbitros brasileiros comandem os dois jogos entre Corinthians e Santos na Libertadores. Mas poderia ter feito melhor se tivesse indicado juízes paulistas, mais acostumados ao encontro dos alvinegros.

''Para que complicar se podemos indicar a arbitragem brasileira nos confrontos dos paulistas'', me disse uma pessoa ligada à cúpula da Confederação Sulamericana de futebol ao explicar os nomes dos brasileiros.

No primeiro jogo, na Vila, apita o carioca Marcelo de Henrique Lima auxiliado por Dibert Pedrosa e Roberto Braatz.

Na volta, no Pacaembu, comanda o gaúcho Leandro Vuaden com Altemir Hausmann e Alessandro Rocha.

Depois da passagem conturbada pelo Rio, o gaúcho agora tenta a sorte em Minas Gerais.

O Ronaldinho ''carioca'' deixou uma imagem ruim no Flamengo. Foram poucos momentos de brilhantismo. Um deles, o show que produziu na Vila Belmiro, no duelo Santos 4 x 5 Flamengo, pelo Brasileirão. Fora dos campos vieram confusões, noitadas, atrasos em treinos e muitos privilégios que fizeram mal ao relacionamento jogador-clube.

O Ronaldinho ''carioca'' do Flamengo foi um fracasso, como foi também o Ronaldinho ''italiano'' do Milan.

Se Ronaldinho estiver comprometido e com vontade, o Atlético-MG abrirá o caminho para um segundo semestre cheio de esperanças para o sofrido torcedor do Galo.

Para ter sucesso nas Alterosas, o pentacampeão deverá ter um pouco do Ronaldinho Gaúcho do Grêmio e do Ronaldinho seleção brasileira ou o Ronaldinho ''francês'' do PSG ou o Ronaldinho ''espanhol'' do Barcelona, onde viveu o auge.

Já o Atlético Mineiro deve cumprir com as obrigações financeiras, como fizeram PSG, Barça e Milan, algo que o Flamengo não conseguiu fazer.

Resta saber se a relação Ronaldinho-Galo será baseada na filosofia de direitos e deveres.

O advogado Luís Alberto Bussab, diretor do departamento jurídico do Corinthians explicou que o exagerado valor é ''uma técnica jurídica comum nestes casos''.

''Adriano alegou prejuízo na imagem, além de multas que recebeu por atrasos nos treinos. Mas o acordo foi amigável e bom para ambas as partes'', considera Bussab.

Em vez dos astronômicos 50 milhões de reais, a justiça determinou o pagamento de dois milhões de reais em seis parcelas, a título de indenização.

A participação de Fabricio durante cerca de 50 minutos no jogo-treino dos reservas de São Paulo e Lusa, no CT da Barra Funda, deu ao técnico a certeza de que o volante ainda não está, totalmente, liberado para voltar.

''Clinicamente, liberado entre aspas, ele não está. Para os noventa minutos é uma coisa, trinta minutos outra. Ele não aguenta os noventa''.

Resta saber se Leão, pelo menos, deixará Fabrício no banco de reservas contra o Inter no Beira-Rio, na próxima quarta-feira, pelo Bradileirão.

Fabrício não suportou o jogo-treino inteiro. É fato.

Minutos antes de embarcar no Rio de Janeiro para São Paulo, a advogada Gislaine Nunes, em entrevista à rádio Bandeirantes pediu para desligar o telefone e encerrar a entrevista: ''Estou sendo ameaçada aqui no aeroporto Santos Dummond. Torcedores querem tirar satisfação. Eu preciso desligar agora''. 

A advogada confirmou que o meia-atacante ''não joga mais no Flamengo, depois da rescisão de contrato confirmada''.

Embora não divulgue, publicamente, Gislaine Nunes confirmou que ''Ronaldinho cobrará os valores que estão sendo noticiados'', ou seja, cerca de 40 milhões de reais referentes ao atraso de salários, FGTS e direitos de imagem.

Oscar é do Internacional.

Com o fim da novela, todos ganham. O Inter contrata o atacante, o São Paulo recebe uma ''bolada'' e Oscar permanece onde deseja.

O São Paulo fez um excelente negócio se levarmos em conta a vontade de Oscar de não voltar ao
Morumbi e o valor do negócio, maior que a multa rescisória estabelecida no contrato.

O Inter pagará 15 milhões de reais ao tricolor. A multa de rescisão era de 9 milhões de reais. ''Fizemos um negócio muito bom. O São Paulo receberá mais do que o valor da multa do contrato'', afirmou João Paulo de Jesus Lopes.

O vice-presidente são-paulino salientou que o desfecho foi o melhor possível: ''Todos se deram bem. Nenhuma parte perde nesta negociação''.

No dia 17 de julho, as meninas do Brasil embarcam para a terra da Rainha. Em Londres, elas buscarão a inédita medalha de ouro do futebol (sonho também compartilhado pelos rapazes).

A tal medalha terá um valor maior que o próprio ouro por conta do certo abandono vivido pelo futebol feminino no Brasil. 

Os clubes tradicionais do futebol investem pouco ou quase nada nas mulheres que praticam o esporte mais popular do mundo.

O Santos vinha se destacando com as ''sereias da Vila'' mas cortou os investimentos e encerrou as atividades.

Com apoio da importadora Casa Flora, uma das maiores da América Latina, a camisa do Corinthians foi patrocinada pela vinícola chilena Santa Carolina. Um dos donos, o empesário Adilson Carvalhal Junior, me contou que o clube conduziu sem carinho a parceria, o que afastou a empresa do futebol. Foi o ''case'' de como não fazer a coisa virar.

A secretaria municipal de esportes de São Paulo adotou a ideia de investir nas moças assim que o time feminino do Santos foi fechado. O Centro Olímpico, em uma ação do secretário Bebeto Haddad, com a ajuda de quatro patrocinadores (Marabraz, Liderrol, Interativa e AS Engenharia e Construção) montou a equipe que já está na final da Copa do Brasil contra o São José. Bebeto ''passou'' a mão no telefone e apresentou o projeto aos investidores. Simples, não?!

Jogadoras como Erika, Maurine, Debinha e Gabi foram contratadas, seguem jogando e mantendo a forma para ajudar a seleção em Londres.

Lusa, São José, Juventus, XV de Piracicaba, Vasco, Vitória-PE e Foz Cataratas são o clubes que emprestam jogadoras ao time brasileiro.

A bela Erika, por sinal, em entrevista comigo, elogiou o apoio da prefeitura paulistana. Ela me retratou a situação do futebol das meninas do Brasil. Os salários mais altos não ultrapassam a quantia de 5 mil reais, uma realidade bem diferente do futebol masculino.

Manter um time de futebol feminino não custa tanto e a mídia é excelente. A Band tem ótima audiência quando mostra os jogos das meninas com 8, 9 e 10 pontos de Ibope, por exemplo. O interesse do público é enorme e o retorno para as empresas que associam a marca ao futebol das moças é considerável.

A empolgação dos classificados nas Copas do Brasil e Libertadores coloca o Brasileirão em segundo plano neste instante.

Corinthians e Santos mentalizam os duelos que virão nas semifinais do torneio sulamericano. Não poderia ser diferente. Vasco e Flu ainda sentem na pele o amargo desfecho, mas os vascaínos já mostram a reação e lideram o Brasileirão com seis pontos.

Na Copa do Brasil, quatro times ''só pensam naquilo''. O caminho mais curto para alcançar a vaga na Libertadores 2013 deixa Palmeiras, São Paulo, Grêmio e Coritiba concentrados também na semi.

Como o campeonato brasileiro começa cedo por ser muito longo, as equipes que avançam na Copa do Brasil e na Libertadores, geralmente, ''abandonam'' a competição no início da disputa, baseadas na estratégia de que mais adiante é possível ganhar o tempo perdido.

Engano! A prioridade pode custar caro. Pontos preciosos são perdidos agora e depois estes times sofrerão lá na frente na hora de tentar recuperá-los.

A preocupação parece exagerada quando analisamos uma competição que tem 38 rodadas, mas ao observarmos a campanha do Santos no BR 2011, reforçamos a tese de que deixar para ''depois'' é uma aposta equivocada. Já campeão da Libertadores, o peixe tentou reagir mas já era tarde.

O Vasco, no entanto, quebrou a tese no ano passado, ao ganhar a Copa do Brasil e brigar pelo título do Brasileirão até a última rodada.