Paulistão menor é a solução
Leandro Quesada
A ideia de se realizar o campeonato paulista mais enxuto tem sido pensada faz tempo e após as declarações do técnico Tite, volta ao centro das discussões. A participação de vinte times – o mesmo número do Brasileirão – não é exagerada?
Se para os grandes clubes, o Paulistão é um estorvo com este modelo de 23 rodadas (contando a final), para os pequenos é a salvação da lavoura.
Os grandes poderiam entrar na fase final, disputando assim menos jogos. Dez rodadas no máximo seria o ideal para os times de ponta que participam na mesma temporada da Libertadores, Copa do Brasil, Libertadores e Copa Sulamericana. Já os pequenos fariam mais partidas pois têm mais datas disponíveis por não disputar as outras competições.
Desta forma se preservaria o Paulistão com a presença dos times da elite e dos outros.
A saída definitiva dos grandes do torneio seria um golpe na história destes próprios clubes. O Paulistão é uma das competições mais antigas do mundo e em nome desta tradição não deve ser jogada na lata do lixo e sim recriada.
É fato que os tempos são outros. O futebol globalizado – aqui nenhuma referência ao canal de TV dono dos direitos de transmissão – exige jogos mais interessantes e pomposos, com times cheios de craques, estádios melhores, grandes patrocinadores e por aí vai.
É também verdade que os grandes não têm a obrigação de sustentar os “outros”. Por outro olhar, o Paulistão rende uma grana “considerável” – maior que a Libertadores – e serve de preparação também no início da temporada.
Vejo a necessidade do Paulistão se encaixar ao novo contexto ou estará em breve apenas nas páginas dos livros de história do futebol.