A queda corinthiana contrasta com a reação são-paulina
Leandro Quesada
A diferença de pontos entre os rivais é de seis pontos. O Tricolor reagiu, emplacou duas vitórias e deixou a zona da degola. O Timão caiu pelas tabelas, perdeu o rumo depois de quatro jogos sem vitórias e se complicou na tentativa de alcançar os objetivos.
A queda do Corinthians é uma das marcas negativas do Brasileirão. A goleada sobre o Flamengo foi vista como a arrancada para o título. Ledo engano. Até então, o time brigava pela taça e por vaga na Libertadores. Agora fica cada vez mais distante das metas traçadas e vê alguns rivais se aproximarem. O anti-clímax das grandes conquistas de 2012 (Libertadores e Mundial) tomou conta do elenco. Nesta temporada, na maioria das vezes, a desconcentração tomou conta da equipe. O foco foi perdido.
Do lado do Tricolor, a chegada de Muricy Ramalho chacoalhou o time, deu novo astral e chutou a fase ruim para longe. O São Paulo deixou a zona do rebaixamento depois de doze rodadas. Alívio para todos, peso menor nas costas e confiança restaurada criam o novo cenário.
Novo cenário, com outro ânimo, embala a recuperação são-paulina no Brasileirão. É apenas o começo do trabalho difícil que Muricy terá para salvar a equipe do Morumbi da degola. Mas o trabalho é consistente, sério e deverá, fatalmente, impedir que o vexame da queda para a segunda divisão fique apenas na ameaça.
O futebol é tão dinâmico que em duas semanas, o Timão deu adeus ao sonho do título e o Tricolor conseguiu espantar o fantasma do rebaixamento.