Lúcio deve seguir a vida longe do Morumbi
Leandro Quesada
O pentacampeão quis ganhar no 'grito' e se deu mal com o técnico Paulo Autuori. Lúcio desrespeitou a hierarquia, postura inconcebível, principalmente, de um jogador experiente e vivido. O zagueiro não gostou de ouvir de Autuori que não deveria se lançar ao ataque, de forma estabanada, deixando a zaga desprotegida. Lúcio teve uma discussão áspera com o comandante do time, por causa da enquadrada que levou.
''Temos de manter as posições. Precisamos parar de tomar gols'', foi o recado de Autuori para o jogador. Depois veio o afastamento: ''Aqui não vão prevalecer questões pessoais'', decretou o treinador.
Lúcio já havia tido problemas com Ney Franco. Ao ser substituído na derrota para o Arsenal, na Libertadores, o zagueiro não ficou no vestiário após o encerramento do jogo, algo que não agradou o treinador. Depois de algumas pressões, Ney cedeu e escalou o zagueiro outra vez.
Conhecendo Muricy Ramalho, diria que Lúcio não teria espaço no grupo com este tipo de atitude. E Muricy já tem muito trabalho pela frente, 'meu filho'. Eliminar problemas é uma tarefa necessária.
Em campo, Lúcio teve atuações discretas e preocupantes. Lento em alguns lances, fora de ritmo e se 'achando' o melhor zagueiro do mundo. Ele pagou pela petulância.
Rodrigo Caio, Antônio Carlos, Miranda, Tolói e Edson Silva são os zagueiros do Tricolor no momento.