Blog do Quesada

Arquivo : junho 2013

Neymar rivaliza com a própria seleção brasileira
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Leandro Quesada

Enquanto a seleção treinava no CT do Goiás, no Pq. Anhanguera, acompanhada por uma centena de jornalistas, Neymar, vindo de Barcelona, era esperado por outros tantos repórteres no hotel que concentra a equipe nacional. O ex-craque do Santos, no entanto, driblou alguns homens da imprensa e apareceu no treino comandado por Felipão.

Neymar é tão grande no quesito mídia que consegue despertar o mesmo interesse da “marca” seleção brasileira. Um único jogador rivalizando com a próprio time do qual faz parte. Neymar é assim: o grande produto de um grande produto.

Claro que as questões midiáticas não resolvem os problemas de campo, não fazem gols ou ganham jogos. Aqui, estamos analisando apenas a força de uma personalidade do esporte que movimenta milhões e milhões de curiosidades e interesses, desperta a atenção de crianças e velhos, de homens e mulheres, dos mais humildes e dos mais letrados.

As principais redes de TV do Brasil colocaram Neymar em todos os programas, além dos esportivos. Não é por acaso, óbvio, pois Neymar está sempre ao lado dos grandes veículos de comunicação.

O temor é que o talento que produz toda esta fama não seja prejudicado pelo mundo “Caras” que o cerca.

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Política atrapalha a logística da seleção brasileira
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Leandro Quesada

A parada em Goiânia, nesta semana e a volta na próxima, é a mais pura demonstração de falta se bom senso.

O “favor” político obriga o time brasileiro a passar pela capital de Goiás. Como ficou fora da Copa das Confederações e Copa do Mundo, Goiânia foi presenteada com parte da preparação da seleção antes da estréia contra o Japão, em Brasília. Goiânia não tem culpa. Na realidade ela foi vítima dos bastidores que confirmaram as doze sedes do Mundial de 2014.

O acerto que definiu a visita da equipe de Felipão foi feito ainda no mandato de Ricardo Teixeira, antes mesmo da definição dos amistosos contra Inglaterra e França e antes mesmo da volta de Felipão e Parreira ao selecionado.

Parreira é político e pisa em ovos para abordar o tema: “Já era compromisso acertado antes, bem antes, pela administração anterior. Não podemos fazer nada. Investiram muito nas obras e nas reformas da Serrinha e do CT do Goiás e posso garantir que estão em ótimas condições”.

Algo que começa errado não terminaria bem. A exclusão de Goiânia da Copa foi um dos maiores erros do Governo e da Fifa. Goiânia tem um futebol vivo, com o Goiás sendo um dos símbolos do Brasil central, ao contrário de Cuiabá e Brasília, sem o mesmo peso esportivo. Atletico e Vila Nova também têm história. As rivais deixaram a capital goiana fora da festa sem usar nenhum artifício do esporte mas todos no campo político.

Um vergonha esta politicagem do “quem dá mais” para ganhar a sede de um evento. A tradição futebolística teve relevância zero na escolha de Goiânia para a Copa.

E a seleção, que não nada com o assunto, é prejudicada por viagens desnecessárias. A delegação jogou no Rio, agora está em Goiânia, depois segue para Porto Alegre e volta para Goiânia, antes de estrear em Brasília, na Copa das Confederações.

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Serrinha, um dos locais de treino da seleção


Seleção Brasileira e Maracanã precisam de ajustes
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Leandro Quesada

As histórias do time de futebol mais famoso do mundo e do ‘maior’ estádio do planeta se confundem faz tempo. Neste domingo, 2 de junho de 2013, não foi diferente. Eles se encontraram, interagiram e foram abraçados pela torcida carioca.

O novo Maraca recebeu a equipe de Felipão em amistoso contra o English Team. Depois do jogo, a conclusão é a de que ambos, estádio e seleção, passarão por ajustes.

Seleção Felipão testou vários jogadores. Neymar rende mais atuando pela ponta e não centralizado como atuou. Paulinho não pode ser nunca o primeiro volante pela qualidade que tem e nem Hernanes, também. A marcação deve começar no campo do rival no futebol moderno de hoje. Neymar, Oscar e Lucas ainda não apresentaram tudo que sabem. Os laterais foram tímidos de uma forma geral.

Felipão está propenso a repetir a escalação de hoje, na estreia da Copa das Confederações. Antes de tomar a decisão, fará os últimos testes contra a França.

Novo Maracanã O ex-maior do mundo está menor em capacidade de público, mas ao mesmo tempo mais confortável e aconchegante. No visual, mais bonito com as cores branca, azul e amarela. O novo estádio conservou o “gigantismo”. A cobertura de teflon, iluminada quando a noite chegou, deu um ar futurista. O Maracanã não lembra mais aquele antigo concreto cinzento, sujo e defasado. Gramado perfeito, bem cuidado e aparado é uma referência na nova arena.

Pontos falhos A falta de informação dos voluntários, a sinalização imprecisa, longas filas para entrar, desrespeito com os lugares marcados nas arquibancadas, a ação dos cambistas, alguns banheiros fechados ou ainda inacabados, a poeira por todo lado e os alimentos e bebidas caros (um simples hot dog custava 8 reais) foram alguns dos pontos negativos observados.

O Governo carioca e o consórcio terão certo trabalho para deixar o estádio pronto para a Copa das Confederações.

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