Seleção com a cara de Felipão
Leandro Quesada
O nível ideal ainda não foi atingido e nem poderia com menos de três semanas de preparação, mas o que foi apresentado na estreia da Copa das Confederações já é uma mostra de que a seleção começa a ter uma cara, a cara de Felipão.
Equilíbrio foi um dos termos mais usados pelo técnico antes da competição começar. Equilíbrio dos setores e das funções de cada jogador foram alcançadas diante dos japoneses.
Tão importante quanto a goleada – sempre boa para o aspecto autoestima – foi a boa apresentação no estádio Mané Garrincha. O time de Felipão foi seguro, rápido e brigador bem do jeito que ele gosta.
Zaga firme com David Luiz e Thiago Silva que não brincam em serviço.
Luiz Gustavo e Paulinho foram, taticamente, perfeitos na proteção e na desenvoltura do jogo. O corinthiano ainda fez um gol.
Daniel Alves e Marcelo cumpriram bem o papel dos alas modernos, que marcam e atacam.
Neymar, além de fazer o gol que abriu o placar, se movimentou, buscou espaços e tentou dribles. Deixou o campo sentindo dores no corpo depois de tanto.
Oscar esteve ligado o tempo todo, tanto que deixou Jô na cara do gol no fim da partida.
A seleção evoluiu no quesito passes certos, em relação aos erros sucessivos do amistoso contra a França. A posse de bola foi de 63% durante a partida contra o Japão. Os chutes a gol foram nove, três deles fulminantes nas redes nipônicas de Kawashima.
A seleção deixou uma ótima impressão na abertura da Copa das Confederações. Méritos do senhor Luiz Felipe.