Paulo Nobre: A reconstrução
Leandro Quesada
O mandato de Arnaldo Tirone terminou hoje. Com ele, o Palmeiras foi ao céu e desceu ao inferno. Com Tirone veio a conquista da Copa do Brasil e a queda para a serie B. Durante a administração, o time do Palmeiras viveu sérias crises de relacionamento entre a comissão técnica comandada por Felipão e alguns jogadores. A direção de futebol com Roberto Frizzo também teve relações complicadas com atletas e o treinador.
Tirone ficou isolado, sem apoio dentro da própria diretoria. Politicamente, ele sofreu do mesmo veneno pelo qual passaram outros mandatários: a insana oposição que esquece a instituição e ataca o indivíduo, algo histórico no Palestra Itália.
No campo de jogo, uma equipe razoável, longe da grandeza do Palmeiras, enganou muita gente com a conquista do primeiro semestre e naufragou com o rebaixamento no Brasileirão já no final de 2012.
A esperança agora é de uma administração mais profissional no futebol e na parte social, com menos disputas políticas no clube e a formação de um time forte e competitivo.
O novo mandatário vai tocar o novo projeto apoiado por uma torcida de vinte milhões de pessoas, contratos milionários de transmissão de TV e patrocínios na camisa e a nova arena prevista para ser inaugurada em setembro.
Por outro lado, o novo presidente terá de resolver problemas financeiros: as cotas do Paulistão de 2017 foram antecipadas e parte das do Brasileirão 2014, também. Cerca de 80 % das receitas estão comprometidas. A dívida alcança o patamar de 200 milhões de reais.
Boa sorte ao novo presidente do Palmeiras, Paulo de Almeida Nobre.