Blog do Quesada

Ricardo Teixeira ainda ‘habita’ a CBF

Leandro Quesada

Em meio ao processo turbulento da demissão de Mano Menezes, a saída forçada de Andrés Sanchez e as voltas de Felipão e Parreira, poucos notaram que estes profissionais foram símbolos da era Ricardo Teixeira na CBF. O ex-presidente ainda sobrevive na entidade, de alguma forma.

Felipão e Parreira foram técnicos vitoriosos sob o comando do ex-dirigente que deixou o cargo após uma série de denúncias.

Parreira, por exemplo, sempre foi tratado como o homem que poderia solucionar os problemas na seleção. Teixeira via neste profissional um sujeito preparado para assumir as responsabilidades quando a coisa esquentasse. Foi assim em 94, na pressão sobre a seleção que não vencia a Copa desde 70. Também em 2006, para dar continuidade ao trabalho vitorioso de Felipão.

Já Felipão, na primeira passagem, assumiu o cargo depois de Luxemburgo e Leão. A seleção vivia a preocupação de não conquistar a vaga na Copa Coreia-Japão. Ronaldo era tido como acabado para o futebol.

Teixeira deu plenos poderes ao gaúcho. Felipão barrou Romário, trouxe Ronaldo de volta e criou a Família Scolari. Final da história: Brasil, pentacampeão.

Outros nomes que passaram pela seleção e estão cotados agora, trabalharam na era Teixeira: Américo Faria, Flávio Murtosa, Paulo Paixão e Carlos Pracidelli.

O tempo passou mas alguns resistem às mudanças e voltam aos cargos quando as pressões atrapalham, as cobranças ficam mais exageradas e a necessidade de vencer aumenta.

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