Palmeiras tenta mas “acha difícil impugnar” jogo
Leandro Quesada
O diretor jurídico do Palmeiras , Piracy de Oliveira, afirmou que ''acha muito difícil impugnar o jogo'' entre Inter e Palmeiras. ''Se provarmos que houve erro de direito, conseguimos anular, mas as chances são pequenas'', desabafou.
Para abafar o caso, a CBF divulgou, oficialmente, que foi o quarto árbitro que viu o lance em que Barcos coloca a mão na bola para marcar o gol. Ou seja, desta forma não configura interferência externa e, assim, o jogo não pode ser impugnado. A atitude da entidade esvazia as reclamações justas dos palmeirenses.
Eu, sinceramente, não acredito nesta versão. Explico: se fosse o quarto árbitro, não levaria seis minutos para o árbitro Francisco Carlos Nascimento anular o gol do Palmeiras. Com o comunicadores usados pelo árbitro e assistentes, a decisão seria rápida.
É óbvio para mim que alguém, que não faz parte da arbitragem, informou sobre a mão de Barcos na bola. Repórteres de TV e rádios e o delegado Gérson Baluta podem ter passado os detalhes aos assistentes e ao árbitro. Tudo normal. Ninguém mentiu ou inventou. O errado é usar este artifício para corrigir o árbitro na hora da disputa.
''Se provar que houve interferência externa, o Palmeiras pode tentar a impugnação do jogo'', afirmou o Coronel Marinho, chefe da arbitragem em São Paulo.
''O Paulistão não terá a interferência das imagens. A recomendação é para decidir na hora, em segundos, sem a ajuda externa'', conclui o chefe da arbitragem.