Fifa deveria criar o árbitro eletrônico
Leandro Quesada
A imagem da TV foi usada para anular o gol do Palmeiras contra o Inter. A imagem não mente e mostra Barcos colocando a mão na bola. Ponto.
A discussão é o uso de recursos eletrônicos para ratificar ou corrigir decisões da arbitragem na hora em que o jogo está sendo disputado. O árbitro é soberano para comandar a partida e não deve ter nenhuma influência externa. O Palmeiras foi a cobaia e ''moralmente'' prejudicado. Então, a partir de agora está aberta a possibilidade de criar jurisprudência nos lances polêmicos. Se é para usar uma vez, então, que se oficialize tal recurso em todos os jogos.
Além do trio de arbitragem, a Fifa deveria instaurar o árbitro eletrônico. A nova era seria assim: Um árbitro acompanha o jogo com vários monitores, em um local do estádio, e nos casos de dúvida do árbitro de campo, ele teria o poder de decidir sobre o lance. A regra seria para todos, sem exceção.
Na final da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, aconteceu algo parecido. O árbitro Horácio Elizondo não viu a cabeçada de Zidane em Materazzi. Depois de informado por um dos assistentes, que por sua vez recebeu a informação de alguém que via o jogo pela TV no estádio Olímpico de Berlim, Elizondo expulsou o craque francês.
Este é um caso clássico do uso do recurso eletrônico que ajudou a ''ver'' algo que passou despercebido pela arbitragem daquele jogo.
A cabeçada de Zidane em Materazzi não foi vista pelo árbitro. Uso da imagem ''expulsou'' o craque da França