O pobre futebol da América do Sul
Leandro Quesada
Você ainda não entendeu a decisão de levar o duelo Brasil x Argentina para a desconhecida cidade de Resistencia, na Argentina, localidade que não tem tradição no futebol e nenhum time na primeira divisão da nossa vizinha.
Eu explico: o Superclássico das Américas serve no fundo para os interesses políticos da CBF e da AFA e, consequentemente, dos governos dos dois países.
Como o UOL Esportes noticiou, Resistencia, capital da província do Chaco, governada por Jorge Capitanich, é um dos principais aliados políticos do governo Kirchner.
Como a AFA (Associação de Futebol da Argentina) e os clubes argentinos passam por uma crise financeira, o Governo Federal perdoou a dívida de R$ 200 milhões. Na moeda de troca, a presidente Kirchner usa a seleção da Argentina para uso político.
Por isso, Resistencia receberia o clássico se a luz do estádio não tivesse se apagado. O jogo foi cancelado. Uma falta de respeito com os torcedores e veículos de comunicação que cobriam o evento.
Vergonha para a Argentina e por tabela para a seleção do Brasil que se submete a este tipo de conchavo político.
Nem mesmo na várzea, sem condições financeiras, teríamos tal situação.