Os fantasmas do rebaixamento
Leandro Quesada
Condenar qualquer time ao rebaixamento é prematuro neste momento. São treze rodadas para o final do Brasileirão. São 39 pontos em disputa até lá.
O risco existe, claro, mas daí dizer que o destino está selado é um exercício de futurologia que não cabe.
Veja o caso do Palmeiras. A vitória contra o rival Corinthians não veio mas outros times como Coritiba, Figueirense e Lusa também estagnaram e Sport e Flamengo não avançaram muito. O Atlético-GO venceu mas ainda corre risco.
Bahia e Náutico, por outro lado, vão se distanciando das últimas posições.
Se na matemática ainda é possível se apegar para fugir da segunda divisão no ano que vem, no aspecto psicológico a leitura é outra. A falta de confiança na hora do passe, o desespero de um chute ou a indecisão de uma defesa são adversários mais terríveis que os próprios rivais de fato. O descontrole emocional provoca reações que normalmente não são vistas. Além disto, nas arquibancadas, os torcedores são contaminados pelo ambiente pesado. Em vez de ajudar, eles atrapalham, cobram além do necessário e aumentam o peso nas costas dos já pressionados jogadores.
A capacidade de equilibrar com inteligência as pressões é uma das armas vitais para escapar da degola. E, basicamente, jogar tudo que não jogou até aqui.
Na próxima rodada, as emoções seguem. Figueirense e Palmeiras farão um duelo nervoso, em Floripa. Não menos nervosas serão as partidas Sport x Coritiba e Atlético-GO x Flamengo.
A propósito, estes três encontros envolvem os seis últimos colocados do Brasileirão 2012.