Luxemburgo lembra injustiça com ele para defender Mano na seleção
Leandro Quesada
O ex-técnico da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo, comentou a possível saída do colega Mano Menezes depois da perda da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres. ''Eu e o Zagallo também perdemos e nem por isso deixamos o cargo. Penso que Mano deveria seguir. É a hora da CBF analisar com calma tudo que foi feito. O trabalho era de renovação''.
Luxa lembrou da ''injustiça'' sofrida nos bastidores, quando foi acusado de praticar atos ilícitos, à época em que era treinador do time nacional. Ele deixou a seleção mais pelas acusações do que pelos resultados em campo. ''Fui chamado de traficante de cocaína, de lavar dinheiro, de receber grana em negociação de jogadores. Me acusaram de tudo e nunca provaram nada. Isso me chateou muito e feriu também a minha família. Eu estive na CPI, onde sofri acusações de gente que hoje está sendo investigada. O Senador Arruda me chamou de ladrão. (pausa) Quem é o ladrão mesmo?'', desabafou após a vitória do Grêmio contra o São Paulo, no Morumbi.
Com Luxemburgo, o Brasil ganhou a Copa América e perdeu as Olimpíadas. Quando deixou o comando, a seleção estava bem posicionada nas eliminatórias da Copa de 2002.