Uma injeção na Copa Sul-Americana
Leandro Quesada
A Copa Sul-Americana tem que sofrer um grande impacto para se transformar em uma competição mais interessante. O status de ''segundo torneio mais importante da América do Sul'' não combina com alguns dos desconhecidos times participantes.
Aurora da Bolívia, Inti Gas do Peru, Cerro Largo do Uruguai, Monagas da Venezuela, Tacuary do Paraguai e Envigado da Colômbia para citar algumas das inexpressivas equipes que despertam em nada o ''Ibope''.
O interesse do público, sempre pequeno nas primeiras fases, se traduziu nas arquibancadas na noite desta quarta nos duelos entre os brasileiros.
Apenas 944 testemunhas viram Atlético-GO e Figueirense em Goiânia. Uma vergonha, não?
Pouco menos de quatro mil acompanharam o duelo Palmeiras 2 x 0 Botafogo. Público fiel mas também pequeno pela história dos dois clubes.
Em Salvador, no entanto, 12 mil torcedores foram ao estádio Pituaçu para prestigiar Bahia vs. São Paulo.
Creio que para alcançar o nível da Copa da UEFA (a segunda competição européia, atrás da pomposa Champions League), a Copa Sul-Americana deveria ter a presença dos melhores clubes de cada país, além da diminuição do número de times com qualidade técnica duvidosa. O interesse da mídia aumentaria e os patrocinadores teriam mais disposição para investir no torneio.
O fato de classificar o campeão para a Libertadores não motiva muito a torcida, por enquanto.