Quando ressurge o alviverde imponente…
Leandro Quesada
… com Luis Felipe Scolari.
Doze anos sem conquistas nacionais foram acompanhados por dores, derrotas, quedas e tristezas. Poucos momentos de felicidade, pouquíssimos. Brigas políticas, administrações confusas, contratações razoáveis, relacionamentos ruins entre técnicos, jogadores e dirigentes detonaram a força e o ambiente de um dos grandes clubes do futebol mundial.
O Palmeiras teve como maior adversário o próprio Palmeiras neste período.
A partir de agora o Verdão ressurge no cenário brasileiro com o título da Copa do Brasil. Leva a taça pela segunda vez, se garante na Libertadores do ano que vem, recupera o tempo perdido, ergue a auto-estima e traz de volta ao torcedores o sentimento de que ''aqui é Palmeiras''.
Como a torcida palmeirense não leva em conta a conquista da série B em 2003, foi com a Copa dos Campeões de 2000, em Maceió, o último momento vitorioso. Com Sérgio, Neném, Agnaldo, Paulo Turra, Galeano Fernando, Lopes, Basílio, Pena e Asprilla em campo e Murtosa, fiel escudeiro de Felipão, no banco.
Outros palestrinos consideravam apenas a conquista mais relevante, a de 99, na Libertadores, com Felipão e São Marcos, fato que aumentava o jejum de títulos de grandeza internacional.
Eis que com Felipão, o velho e eterno mestre, o alviverde ressurge imponente. O Palmeiras renasce com Felipão. O técnico volta ao topo com o Palestra. Felipão mostra que não está ultrapassado ao conduzir uma equipe com limites mas com garra de sobra.
Foi a conquista de Felipão, de Bruno, o melhor goleiro da competição, do zagueiro-volante Henrique, de São Marcos Assunção, de César Sampaio que trouxe a paz ao elenco, do desconhecido Betinho, de Arnaldo Tirone, o presidente criticado, injustamente, por todos os insucessos dos últimos dez anos.
Que os bons ares desta glória tragam melhores ideias e pensamentos, reforços consideráveis e investimentos mais inteligentes para o futebol. Afinal, no ano que vem tem Libertadores, palestrinos! Avante Palestra!