Blog do Quesada

Arquivo : junho 2012

O penta que eu vi
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Leandro Quesada

A Copa de 2002 jamais sairá da minha memória. Jamais!

As conquistas marcam a gente. Mesmo vestindo a pele de jornalista, analista e crítico da situação vivida, não escondo a emoção de ter visto o Brasil campeão do mundo, no outro lado do mundo.

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Yokohama, bem ao lado da capital Tóquio, foi palco da finalissima entre brasileiros e alemães. Uma decisão inédita, com dois gigantes do futebol, donos de duas escolas bem distintas.

Decisão inédita, na Copa mais diferente de todos os tempos. A começar pelas sedes. Japão e Coréia do Sul dividiram a organização do evento e, ao contrário do que se imaginava, tudo funcionou muito bem nas áreas de transportes, estádios, comunicação e hotéis. A Copa pela primeira vez na Ásia foi um sucesso. Japoneses e coreanos se preparam para realizar a grande festa do futebol e cumpriram a missão.

Não me esqueço das viagens de shinkansen, o trem bala, pelas cidades nipônicas, da telefonia celular que não falhava e de dois povos disciplinados e educados.

Dentro de campo, o Brasil fez sete jogos e venceu os sete. O melhor aproveitamento de pontos da seleção na história do torneio.

Na Copa se destacaram Ronaldo, Rivaldo, Marcos e um senhor chamado Felipão. A escolha do alemão Oliver Kahn como o melhor jogador da Copa foi a aberração. Marcos, o nosso São Marcos, foi o melhor goleiro sem dúvida e o destaque da competição ao lado de Ronaldo e Rivaldo.

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Felipão teve méritos ao montar o grupo mais unido da seleção brasileira em um mundial de futebol. Embora surrado, o termo “família Scolari” foi a base da campanha vitoriosa. Felipão ganhou a Copa com aquele discurso “unidos, jamais serão vencidos”. Deu certo. O técnico acreditou em Ronaldo, descobriu a dupla Gilberto Silva e Kléberson, apostou no esquema com três zagueiros e confiou no goleiro Marcos. Ao deixar de fora Romário, algo que agradava o elenco convocado, o treinador ganhou a confiança e o respeito de todos.

Cafu e Roberto Carlos foram monstros na Copa. Rivaldo e Ronaldo, os craques da disputa. Ronaldinho teve grande destaque e era apontado como futuro melhor do mundo. Se o futebol não foi brilhante, vão dizer alguns, na tática e no talento individual, no entanto, o Brasil sustentou a conquista da quinta Copa.

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Ronaldo, dois anos antes, era dado como acabado para o futebol. O fenômeno superou as dúvidas e incertezas, se recuperou, marcou oito gols, dois deles na final, e se consagrou na terra do sol nascente. Ronaldo foi histórico e fenomenal.

Contra a Turquia, dois jogos tensos e nervosos, na estreia, em Ulsan e na semi, em Saitama. O duelo contra a China na ilha de Jeju contou com o apoio em peso da torcida chinesa mas o Brasil goleou. Outra goleada, sobre a Costa Rica, foi o momento mais tranquilo para os brasileiros. Nas oitavas, em Kobe, diante dos belgas, na opinião de Felipão, o jogo mais difícil, decidido por Rivaldo e Ronaldo. Em Shizuoka, o clássico com a Inglaterra foi marcante. De virada, com gols de Rivaldo e Ronaldinho, o Brasil tirou os ingleses do mundial. Na final, por duas vezes Ronaldo estufou as redes alemãs e garantiu a taça para o Brasil.

A conquista manteve a soberania do Brasil nas Copas do mundo de futebol.

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‘A taça do mundo é nossa’ ou foi…
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Leandro Quesada

Eu sou de uma geração que viu o Brasil ser campeão apenas em 94, nos EUA. Tetracampeão sob o comando de Parreira com Romário, Bebeto, Taffarel, Aldair, Márcio Santos, Dunga e Mauro Silva em campo.

Antes disso, o Brasil se consagrara tricampeão do mundo nas Copas de 58 na Suécia, 62 no Chile e 70 no México.

Em gramados suecos, a seleção brasileira levantava no dia 29 de junho daquele a primeira Copa. O Brasil era apresentado ao planeta como país e Pelé, ainda moleque, já era rei.

A vitória por 5 x 2 na final no estádio Rasunda, em Estocolmo, veio com dois gols de Pelé, dois de Vavá e um do eterno Zagallo.

“A taça do mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa…”, os brasileiros cantavam a marchinha para embalar a conquista.

A taça do mundo, no entanto, deixou de ser nossa, de fato, em dezembro de 83, quando foi roubada da sede da CBF, no Rio. A Jules Rimet, por direito adquirido, será do Brasil para sempre.

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‘Ser Campeão moral não interessa’, diz Tite
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Leandro Quesada

O Corinthians se for campeão da Libertadores, será campeão invicto. Mas corre o risco de ser vice também invicto, desde que a decisão vá para os pênaltis e, neste caso, sofra a derrota.

Ser “campeão moral” não interessa afirmou o técnico Tite:“Tô fora, não quero isso. Eu quero o título, nem que seja nos pênaltis. Mas desta forma não é legal para os jogadores”.

O termo “campeão moral” surgiu na Copa da Argentina, em 78, quando o Brasil, invicto, foi eliminado pela anfitriã no saldo de gols na goleada armada por 6 x 0 sobre o Peru.

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O heróico Corinthians na Bombonera
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Leandro Quesada

Não foi a atuação técnica dos sonhos, bem distante daquela na Vila contra o Santos de Neymar, parâmetro para as comparações.

Suor, empenho e aplicação compensaram os passes errados, as falhas de marcação e a pontaria tímida no duelo com o Boca Jrs.

O Corinthians não “encaixou” o jogo como definiu Alessandro. Os passes errados superaram o limite aceitável. Chutões para as arquibancadas, passes de dez metros não concluídos e finalizações que não fizeram cócegas no rival marcaram a participação corinthiana em Buenos Aires.

Certamente a atmosfera criada na Bombobera, com o estádio lotado por uma torcida vibrante, contribuiu para a queda de rendimento da equipe de Tite. A pressão foi forte. O Corinthians acusou o golpe.

Quem não sentiu o clima adverso foi Romarinho. Depois dos dois golaços no clássico com o Palmeiras, o atacante voltou a estufar as redes, desta vez para empatar o jogo com o Boca. Um gol de categoria, com leve toque por cima do goleiro Orion. Romarinho parecia estar na sala de casa vendo TV, voltando da cozinha com uma cerveja, tamanha a tranqüilidade com que entrou para defender o Timão, no segundo tempo.

O Boca foi ao ataque desde o início mas já na metade da primeira etapa viu que o adversário tinha uma tática definida, poderosa e consistente. A torcida boquense percebeu as dificuldades e diminuiu os cantos de incentivo.

A explosão argentina veio com o gol de Roncaglia. O anti-clímax dos donos da casa com Romarinho. A torcida do Boca deixou a Bombonera preocupada com a partida de volta na capital paulista.

O grande passo do Corinthians para a conquista da Libertadores, pela primeira vez, foi dado aqui em Buenos Aires. O próximo e mais importante pode vir na quarta que vem no Pacaembu.

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Mourinho, Bianchi e Guardiola… a tacada do São Paulo
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Leandro Quesada

Já que no Morumbi, o nome de um técnico do exterior é sempre bem-vindo, o do português José Mourinho (foto) cairia como uma luva no tricolor.

Na comunicação, Mourinho não teria problema nenhum com o idioma. Na parte tática, Mourinho é um dos maiores do planeta. No quesito financeiro, no entanto, Mourinho custa caro.

O lusitano André Villas-Boas foi descartado. Um novato nesta função que não seria a escolha ideal para colocar o time nos eixos.

O argentino Carlos Bianchi, vitorioso e super campeão, têm várias propostas mas não deseja trabalhar agora e, dificilmente, aceitaria ficar longe da família. Imagine Bianchi no São Paulo?

E o excelente Guardiola, histórico no Barcelona, campeão de tudo?

O São Paulo tem um histórico de interesse por treinadores de fora. Os holandeses Rinus Michels e Johan Cruijff foram nomes cotados no passado mas os sonhos não se concretizaram.

Se for para trazer um técnico do exterior, que seja top, que ensine algo e troque conhecimentos. Que venham Mourinho, Guardiola e Bianchi. Com eles viriam boas ideias, novas táticas e conceitos diferentes.

Juvenal Juvêncio gosta da idéia de trazer um treinador do exterior para dirigir o tricolor do Morumbi.

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Eu não tenho ingressos, Neto!
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Leandro Quesada

A busca por um bilhete para acompanhar o jogo entre Boca Jrs. e Corinthians, na final da Libertadores, em Buenos Aires, vira a cabeça do torcedor corinthiano.

As 2.450 entradas fornecidas pelo time argentino foram parar nas mãos das torcidas organizadas, do fiel torcedor e da CVC Turismo (na foto) que vendeu pacotes por valor bem alto.

Mesmo sem os bilhetes garantidos, centenas de torcedores viajaram com a expectativa de adquiri-los com os cambistas argentinos. Por cerca de 300 dólares alguns conseguiram o ingresso no mercado paralelo. A questão é saber se são verdadeiros ou falsos, algo que será respondido na hora de entrar em La Bombonera.

Os dirigentes do Corinthians, membros da diretoria e conselheiros têm recebido inúmeros telefones com o pedido de ingressos. “Meu telefone não para de tocar. É todo mundo pedindo ingresso. Políticos, Governador de outro Estado e também Prefeitos, além de torcedores e empresários”, revelou o ex-presidente Andrés Sanchez.

O atual presidente Mário Gobbi e os diretores de futebol Roberto de Andrade e Duilio Monteiro Alves também não escaparam de amigos, torcedores e conselheiros do clube.

Sobra até para quem é ídolo do Corinthians. O comentarista Neto disse ter recebido várias ligações. “Uma sobrinha que não vejo faz tempo me pediu três ingressos… brincadeira!”, reclamou.

No programa Os Donos da Bola que apresenta na Band TV, Neto fez uma traquinagem. “Quem quiser ingresso ligue para o Quesada”, brincou o craque.

O meu telefone começou a tocar e adivinhem o pedido: ingressos para a final.

Pena que eu não consiga ajudar o fiel torcedor a entrar no estádio do Boca Jrs.

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O bom clássico Palmeiras x Corinthians
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Leandro Quesada

Mesmo ligados nas finais da Libertadores e Copa do Brasil, Corinthians e Palmeiras não “abandonaram” o duelo da tarde deste domingo, no Pacaembu. Ao contrário, realizaram um jogo disputadíssimo, com disposição e muita correria.

O Palmeiras usou os titulares, enquanto o Corinthians preferiu guardar o time principal.

Felipão, como sempre faz, surpreendeu e escalou o que tinha de melhor no clássico. Até Barcos, que não estava relacionado, iniciou a partida mas foi Mazinho o autor do primeiro gol palestrino.

Com 1 x 0 no placar, o Palmeiras se retraiu e esperou o oponente. A postura foi preponderante para a virada do Timão.

A resposta corinthiana veio com um gol de “letra” de Romarinho. Um golaço! E como a tarde era de Romarinho, ele fez outro gol bonito e definiu o placar contra o maior rival.

A zaga corinthiana, com Paulo André e Wallace, atuou bem e esteve segura na marcação.

O Corinthians deixa a lanterna do Brasileirão. O Verdão tem dois pontos apenas e segue também em situação delicada.


Cambistas vendem aos corinthianos ingressos por 300 US$
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Leandro Quesada

Acompanhar na Bombonera o primeiro jogo da final da Libertadores não tem preço. Ou melhor: tem um preço alto.

Muitos corinthianos já estão em Buenos Aires. E estão na capital argentina sem ingressos para assistir o duelo desta quarta. Outros tantos viajam sem a certeza de conseguir entrar no estádio.

A saída é pagar um alto valor aos cambistas argentinos. Ingressos no mercado negro chegam a custar 300 dólares ou mais.

Estima-se que além das oficiais 2.450 entradas que estão disponíveis aos torcedores do Corinthians, cerca de 1500 ingressos estão sendo vendidos, de maneira informal, nas proximidades do bairro “La Boca”.

O torcedor, no entanto, corre o risco de adquirir bilhetes falsos.


Hyundai e Caoa brigam; SP, Fla e Corinthians perdem patrocínio
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Leandro Quesada

A empresa automobilística sul-coreana patrocinaria três grandes clubes brasileiros.

Corinthians, São Paulo e Flamengo estampariam na camisa a marca de automóveis da Coréia do Sul. A briga envolvendo a Hyundai e o grupo Caoa, que controla a marca aqui no Brasil, no entanto, obrigou a rede asiática a abandonar a idéia de investir no futebol.

Com a inauguração da fábrica em Piracicaba, os sul-coreanos não renovarão o acordo com a Caoa. O casamento entre as duas empresas poderá ter um fim em breve.

A agência 9ine de Ronaldo intermediava o contrato de patrocínio.

O valor total de 55 milhões reais seria rateado pelos três grandes clubes. O Corinthians ficaria com 27 milhões de reais mais 3 mi em carros, enquanto, São Paulo e Flamengo dividiriam 25 milhões em partes iguais.


Catorze anos depois, Palmeiras está na final da Copa do Brasil
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Leandro Quesada

No dia 30 de maio de 1998, pouco antes da Copa do Mundo da França, Palmeiras e Cruzeiro decidiam o título da décima Copa do Brasil.

Os mineiros haviam vencido o primeiro jogo no Mineirão, quatro dias antes, por 1 x 0, gol de Fábio Jr.

Na capital paulista, o Verdão bateu por 2 x 0 e levou pela primeira e única vez a taça do torneio.

Paulo Nunes fez 1 x 0 e Oséas ampliou. O segundo gol, marcado pelo centroavante foi aos 44 minutos da etapa final. Um chute certeiro no ângulo do goleiro Paulo César garantiu o título.

Ficha do jogo:
Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro
Gols de Paulo Nunes e Oséas
Estádio do Morumbi – público de 45.237 pessoas – árbitro Sidrak Marinho

O Palmeiras de Felipão jogou com Veloso no gol; Neném, Cléber, Roque Júnior e Júnior; Rogério, Galeano, Alex (Arilson), Zinho; Paulo Nunes (Almir) e Oséas (Pedrinho)

O Cruzeiro de Levir Culpi com Paulo César; Gustavo, Marcelo Djian, Wilson Gottardo e Gilberto; Valdir, Marcos Paulo, Ricardinho, Bentinho (Caio); Elivélton (Geovanni) e Marcelo Ramos