Blog do Quesada

Arquivo : dezembro 2011

‘Quero ir ao Japão em 2012’, diz Tite
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Leandro Quesada

Ao ser questionado, em entrevista à Rádio Bandeirantes, se ganhar a Libertadores é obsessão para ele, como é para o Corinthians, o técnico campeão brasileiro contestou: “Não deve ser obsessão. Já começa errado se pensar deste jeito. É preciso ter ambição, isso sim”.

O Corinthians nunca ganhou a Libertadores. Tite também não. “Eu disputei sete vezes o torneio. Com Grêmio e São Caetano eu cheguei perto nas semifinais e quartas”, lembrou Tite.

Dentro do estúdio da Rádio Bandeirantes, durante a entrevista, olhando para um dos televisores ligados, Tite viu imagens do Japão e disparou: “Quero ir pra lá no ano que vem”.

Pelo visto, as conquistas da Libertadores e do Mundial são as obsessões de Tite e do Corinthians em 2012.


Tite é o técnico do Corinthians em 2012
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Leandro Quesada

A renovação de contrato do técnico  com o clube está “bem encaminhada”, segundo o vice de futebol Roberto Andrade.

Eu conversei com gente da cúpula corinthiana e apurei que faltam poucos detalhes para o acerto. As discussões sobre a valorização salarial e o tempo de contrato estão quase concluídas.

A permanência de Tite já era certa com a expectativa de conquista do Brasileirão. Como a taça veio, de fato, os dirigentes do Corinthians, rapidamente, iniciaram as conversações. 

Desta forma, antes mesmo do encerramento da atual temporada, Tite e a direção de futebol iniciam o planejamento de 2012.

O clube queima etapas na conclusão dos trabalhos para o ano que vem. A decisão sobre a confecção do elenco começa já, sem prejuízos de uma espera de definição do nome do treinador que, geralmente, acontece na maioria dos clubes, na virada de um ano para outro.

O Corinthians acerta ao manter o vitorioso Tite no comando. “O trabalho deu certo, pra que mudar?”, indaga o diretor Duílio Monteiro Alves.


O provinciano futebol europeu ignora Neymar
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Leandro Quesada

A ausência de Neymar da lista de três jogadores finalistas do prêmio “Bola de ouro Fifa-France football” demonstra a falta de conhecimento daqueles que votam (leia jornalistas, técnicos e capitães das seleções nacionais).

Pior ainda quando o provincianismo é baseado não na falta de informação, na era digital, mas por conta da preguiça em observar o que acontece fora do “mundinho” do Velho mundo.

O jovem atacante do Santos figurou na lista de 23 jogadores indicados, mas não foi incluído entre os três finalistas. Messi, C. Ronaldo e Xavi disputam o prêmio de melhor do mundo.

Neymar jogou mais que Xavi nesta temporada.

Suprema lástima a falta de reconhecimento com um craque de bola.


O título do Corinthians para Sócrates e a Fiel
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Leandro Quesada

O dia 4 de dezembro de 2011 ficará marcado nos corações corinthianos. Dia da morte de Sócrates e da quinta conquista do Brasileirão. Dia de sofrimento, dor e alegria para a Fiel torcida.

Torcida fiel que esteve o tempo todo vibrante nas arquibancadas, apoiando uma equipe que se não foi brilhante, mostrou muita garra e espírito de vencedor, repetindo o que fizera ao longo de toda a disputa.

O quinto título foi construído com um início arrasador (nas dez primeiras rodadas foram nove vitórias) e, depois, muitas oscilações. O ponto positivo é o fato de não ter se desesperado em nenhum momento da competição, mesmo diante de resultados ruins e uma queda de rendimento de causar inveja a qualquer rebaixado.

O Corinthians superou tudo, como está escrito nas páginas da história do clube. Superou o início de temporada terrível, quando foi eliminado na Libertadores pelo Tolima, a saída de Roberto Carlos do pq. São Jorge e a aposentadoria de Ronaldo.

O presidente Andrés Sanchez acertou ao manter o técnico no Brasileirão, em meio aos tropeços e turbulências. Tite acertou ao montar um grupo coeso e consistente, administrando egos e confusões. O conjunto se destacou sobre os valores individuais. A equipe foi a que mais vitórias obteve e teve a defesa mais sólida, além das 27 rodadas de 38, na liderança.

Foi uma vitória de todos, sem uma grande estrela, como em outras temporadas. O quinto título não contou com o talento do craque Neto em 90, as facilidades do esquadrão bi-campeão 98/99 com Marcelinho, Edilson, Rincón, Dida, Luizão, Ricardinho, Vampeta e cia. E nem o iluminado Carlitos Tevez, em 2005.

Parabéns ao Corinthians, pentacampeão brasileiro.


O meu ídolo Sócrates
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Leandro Quesada

A morte do doutor da bola me fez voltar no tempo. Coisa de garoto, peladeiro, com pés descalços jogando bola na rua e nos campinhos de terra, imitando o calcanhar de Sócrates e comemorando o gol com o braço erguido.

Lembrei dos melhores momentos da minha vida no início dos anos 80. Do futebol de botão com meu irmão Lourenço e meu tio Humberto (eu não ganhava uma deles), da santa macarronada de todos os domingos da minha mãe Izahyra (mamma mia) e do meu velho pai Lourenço (careca), comigo, nas arquibancadas do Pacaembu e do Morumbi.

Anos dourados de uma vida que não volta mais. Que saudade! 

Saudade daquela seleção brasileira de Sócrates.

Saudade de um futebol que também jamais voltará a ser o mesmo. Sem saudosismos, mas era diferente, emocionante, comprometido, atuante e rebelde. E Sócrates foi, talvez, o maior símbolo deste futebol.

Jogadores como ele, dificilmente, surgirão, no plano técnico e na conduta de pensamento. A figura física de Sócrates era imponente, alta, esguia e com uma classe incomparável para jogar bola. Fora dos campos, Sócrates foi um dos caras mais inteligentes do Brasil. Politizado, contestador, idealista, socialista e filósofo.

Ele foi líder da democracia corinthiana. E foi além como partícipe do movimento Diretas-já. Sócrates se inseriu em um contexto maior no cenário brasileiro.

Com a morte de Sócrates vai um pouco da nossa luta, das nossas dores e alegrias, das nossas lembranças e das pessoas que amamos (pausa para o choro…).

Descanse em paz, Doutor.


Palmeiras, o franco atirador
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Leandro Quesada

Sem nenhum objetivo, no final de uma temporada pobre, o verdão fecha o ciclo no domingo, contra o maior adversário.

Encerrar o trabalho de 12 meses sem títulos é um duro golpe para a imagem desta histórica Societá Palestra Itália. O Palmeiras sem títulos é algo que não combina. Na década, o time levou apenas um campeonato paulista (2008).

Se não tem chance de levantar a taça, o Palmeiras pode ao menos estragar a festa do Corinthians. Na pele de franco atirador, o verdão não tem nada a perder. Vale muito para o torcedor palmeirense dividir a dor de uma temporada de insucessos com os rivais alvinegros.

No ano que vem, como projeção, fica a certeza de que é preciso melhorar bastante. A começar por um time mais forte e um ambiente mais saudável. E quem sabe a nota “seis” dada pelo professor Felipão neste ano não melhore em 2012.


Com times na Libertadores e Copa do Brasil, CBF dá bola dentro
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Leandro Quesada

A CBF acerta ao permitir que os clubes brasileiros que disputam a Libertadores também estejam na Copa do Brasil, a partir de 2013.

O erro foi reparado depois de anos de discussão. 

Não tinha o menor cabimento uma equipe ficar fora da segunda mais importante competição nacional por conta da participação no torneio sulamericano.

Veja o caso do Corinthians, eliminado pelo Tolima e fora da Copa do Brasil, teve a presença resumida apenas ao Paulistão no primeiro semestre.

Na Europa, os grandes clubes disputam, simultaneamente, as Copas nacionais e a Champions League, por exemplo.