O apito amigo do Corinthians é ficção
Leandro Quesada
O apito amigo, termo criado pelo apresentador esportivo Milton Neves, virou sinônimo de favorecimento da arbitragem ao Corinthians. O duelo entre Corinthians e Internacional, no Brasileirão de 2005, no Pacaembu, contribuiu para fortalecer a tese. O pênalti não marcado pelo árbitro Marcio Resende de Freitas, no lance em que o goleiro Fabio Costa derrubou o volante Tinga, aumentou a polêmica.
A partir daí, qualquer decisão a favor do Timão, era vista sob o olhar da desconfiança. O esquema pró-Corinthians para muitos de fato existia ou existe. Mesmo as decisões corretas da arbitragem eram ou ainda são contestadas.
Eu, sinceramente, acho esta discussão uma grande conversa de boteco. E como todo papo de boteco, regado a muita bebida alcoólica, deveria acabar ali mesmo ou ficar apenas no imaginário do torcedor.
Qual clube na história já não foi ¨favorecido¨ por arbitragens ruins ou de má fé?
O diretor-executivo do Vasco, Rodrigo Caetano, disse que ¨são erros de arbitragem e uma série de fatores que acabam colocando o Corinthians na liderança¨.
Rodrigo Caetano desponta como um dirigente diferenciado, mas com estas declarações ressuscita os velhos vícios irresponsáveis dos cartolas do passado, que acusavam os rivais, insinuavam esquemas de arbitragem sem apresentar provas e, assim, tumultuavam o ambiente.
O próprio Vasco foi vítima destas insinuações na final da Copa do Brasil, com um suposto esquema de favorecimentos dos árbitros. Uma bobagem, sem dúvida.
No caso do Corinthians, se existe o esquema para beneficiar o time, ele está sendo muito mal executado. Nos últimos dois jogos, Leandro Castan e Alessandro foram expulsos.