A superproteção a Ronaldinho Gaúcho pode ser doentia e lembra a dos pais que fazem o mesmo com os filhos. Larguem a ¨criança¨, RG já é um marmanjo, vivido, 10 anos de Europa e trinta de vida. As babás são muitas e atrapalham: Assis, agora a Patricia Amorim, além de seguranças e dos amigos de ocasião.

A decisão, por exemplo, da assessoria do Flamengo, de filtrar as perguntas endereçadas a Ronaldinho Gaúcho, é absurda, no mínimo. Até quando os assessores de alguns clubes e jogadores serão tão desconectados com as necessidades midiáticas?

Com tantos investimentos feitos pelo clube e empresas para repatriá-lo, a censura vai contra os princípios de mídia e marketing, responsáveis por nortear as carreiras de astros da bola.

O jogador da atualidade deve, além de jogar, pensar e falar, se expressar bem, ter opinião própria, trabalhar a imagem para ser exemplo para futuros craques. Com direitos e deveres. Ele deve ser o porta-voz do time, com posições bem definidas. Não é possível que Ronaldinho não tenha ¨crescido¨ intelectualmente, nos últimos anos, quando viveu em Paris, Barcelona e Milão, três lugares que respiram cultura.

Eh! Mas eu tenho dúvidas se Ronaldinho se encaixa neste perfil. A impressão que dá é que ele não faz nada sem consultar o irmão. Pô! Parece um fantoche, manipulado por cordas. Na hora de responder a uma pergunta, Ronaldinho olha para Assis, como quem pede permissão. Lavagem cerebral, gente! Que isso! E quando estiver em campo, vai olhar pra quem?

Bem, em campo, Ronaldinho terá a obrigação de fazer o que mais sabe: jogar futebol, mas sem a ajuda do irmão, pois Assis não estará ao seu lado, viu Ronaldinho? Viu Assis?