¨Boneca de pano é gente, sabugo de milho é gente, o sol nascente é tão belo… sitio do picapau amareloooo, sitiiiiiooooooooo do picapauuuu amarellloooooo…¨

Não é novela como muitos andam dizendo por aí. É de fato uma ¨estorinha¨ de criança que causaria inveja ao mestre da literatura, Monteiro Lobato, autor da obra massificada e eternizada pela série da TV Globo, onde tudo é um ¨faz de conta¨.

Na vida real, a negociação também é um ¨faz de conta¨, em que leitores-ouvintes-telespectadores-torcedores são tratados como criancinhas que acreditam nas fantasias.

A dona Benta é o Galliani, dona do sítio. Hahaha…. Eles são bem parecidos! O Grêmio pode ser a Emília, a boneca de pano feita de palhaça sempre. O Flamengo e Palmeiras são as crianças da história, Pedrinho e Narizinho, que acreditam no ¨pó mágico¨.

Assis está mais para a Cuca, a bruxa da história, a gorda malvada. Já Ronaldinho, bem, o verdadeiro saci-pererê, uma figura brincalhona, agora como o folclórico craque do futebol brasileiro, uma lenda. Ah! A tia Nastácia, a cozinheira, é a dona da churrascaria carioca, onde ¨tudo¨ acontece…

Mas faltou um personagem importantíssimo, como vocês perceberam: o Visconde de Sabugosa, ou seja, o sábio, aquele que deveria ter impedido que as coisas fossem conduzidas como um conto infanto-juvenil.

Vamos levar na brincadeira e tal ¨estorinha¨, é melhor assim. Uma grande brincadeira chamada sítio do pica-pau amarelo. Dá licença, agora, que eu vou apreciar uma jabuticaba em Taubaté. ¨Marmelada de banana, bananada de goiaba, goiabada de marmelo… sítio do picapau amarelooooo…¨