O contraponto foi exatamente este no Pacaembu.

A alegria da vitória sobre o mineiros, que coloca o Palmeiras na semi da Sul-Americana, se contrasta com a frustração de perder outra vez o chileno por contusão.

Valdivia está carregando uma cruz enorme, pesada. Não mais que 16 minutos foi o tempo em que ele ficou em campo. Pouco para fazer a diferença para o time. Mas Lincoln e Marcos Assunção estavam lá para compensar a perda.

A situação do chileno irrita Felipão, incomoda os médicos palmeirenses e aumenta a pressão sobre o próprio Valdivia. A desconfiança paira entre os torcedores e logo vem a dúvida em relação ao aproveitamento dele nas últimas partidas.

O mago tem uma fibrose que teima em tirá-lo dos jogos. O tema polêmico quase causou o racha entre Felipão e jornalistas.

O lado positivo é saber que mesmo sem Valdivia, o Palmeiras segue firme rumo ao título e também perto da vaga na Libertadores 2011.

Chegou a hora do chileno atuar como nunca desde o retorno aos gramados brasileiros. É hoje no jogo do ano para o verdão.

Desde que a ¨maldita¨ fibrose não atrapalhe, Valdivia tem a grande chance demostrar que valeu a pena para o clube investir tudo para trazê-lo de volta ao Palestra Itália.

Como o mago é craque, ele nem precisa jogar os noventa minutos. Em meia hora pode decidir o futuro palmeirense na Copa Sul-americana.

Vamos, vamos… Valdivia, a hora é já.

O início da salvação da lavoura para o Palmeiras começa no Pacaembu nesta quarta-feira.

Depois de um ano em que as pragas tomaram conta do verde (campanhas ruins, problemas financeiros, disputas políticas, afastamento de Belluzzo e atrasos nas obras do novo Palestra Itália), o Palmeiras vê na Copa Sul-Americana, a última chance de garantir bons frutos em 2011. É assim: planta bem agora para colher melhor lá na frente.

O jogo contra o Atlético-MG garante vaga na semifinal e dá esperanças ao time de conquistar o único título desta temporada, além do mais importante que será a disputa da Libertadores do próximo ano.

O torcedor palmeirense viverá dias melhores se depender dos boleiros. ¨É o jogo do ano pra gente já que não temos pretensões no Brasileirão. Um ano de sofrimento para todo mundo que terminará com o título¨, disse o gladiador Kléber.