Paulo Miranda é bode expiatório
Leandro Quesada
O São Paulo afasta zagueiro, revolta elenco e desafia Leão.
O tricolor paulista não sabe mais administrar crises. A derrota para o Santos, um dos melhores times do Brasil, deveria ter acabado nos vestiários do Morumbi. Ao contrário deste ato, a cúpula de futebol aumentou a crise que se anunciou no domingo.
Leão bem que tentou proteger alguns jogadores mas a decisão de afastar Paulo Miranda provocou a indignação dentro e fora do tricolor. Os jogadores ficaram revoltados com a atitude. O técnico foi traído por uma decisão de cima para baixo, que contestou a autonomia do cargo. A repercussão foi muito negativa no meio do futebol.
Paulo Miranda não fez uma grande partida, todos viram, mas colocá-lo como o único “culpado” pelo insucesso no Paulistão é uma falta de respeito profissional. Denis, Jadson e Piris também não tiveram atuações boas e nem por isso foram afastados.
A diretoria fala na preservação de Paulo Miranda mas na realidade joga nas costas do zagueiro o fracasso diante do Santos. Paulo Miranda é o bode expiatório.
Juvenal Juvêncio mais uma vez atira contra o próprio time e acerta em cheio o alvo. Ele diminui a importância do treinador, desconsidera os diretores de futebol e aperta a tecla “dane-se” para o grupo de jogadores do SPFC.